Ontem Feliciano concordou em renunciar a
presidência do colegiado se os petistas João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino
(PT-SP) saíssem da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O colégio de
líderes acabou se dividindo sobre a permanência de Feliciano, o que lhe deu
ainda mais argumentos para que continuasse no cargo. Grupos militantes LGBT
criticam o parlamentar por contestar o casamento entre pessoas do mesmo sexo e
se posicionar contra a adoção de crianças por homossexuais.
A sessão iniciou às 14h26 com presença de 40
evangélicos, que apoiam o líder da igreja Assembleia de Deus Catedral do
Avivamento. Além dos evangélicos, 15 ativistas LGBT protestavam contra
Feliciano.
Na semana passada, o deputado tinha decidido
fechar ao público as sessões da comissão, devido ao tumulto provocado pelos
protestos, que impediam o debate entre os parlamentares. Após apelo do
presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), Feliciano decidiu reabrir as
sessões ao público.
Doze minutos depois de iniciada a sessão
desta quarta, o deputado determinou a transferência da sessão para um plenário
ao lado, somente com a presença de parlamentares, assessores e jornalistas.
“Neste momento, dado tudo o que está
acontecendo, eu vou suspender a sessão por 15 minutos e nós vamos para o
plenário 1 – somente convidados”, anunciou Feliciano aos integrantes da
comissão.
Os manifestantes gritavam palavras de ordem
como “Não, não me representa”, e os evangélicos aplaudiam Feliciano e gritavam
“fica, fica”.
Como as manifestações impediam o
pronunciamento dos parlamentares da comissão Feliciano optou por transferir a
sessão para outra sala. O parlamentar também justificou que a decisão de fechar
a sessão era para garantir a ordem.
“Uma vez que há tumulto, cabe a mim tomar a
decisão de viabilizar o funcionamento da comissão”, disse a jornalistas antes
de se dirigir a outra sala de reuniões.
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