Norte-coreanos
que professam a fé cristã estão sendo mantidos em centros de detenção e
privados de alimentação por se recusarem a reconhecer o ditador Kim Jong Un
(foto) como uma divindade.
O
país, que após a guerra das Coreias tornou-se comunista, é oficialmente ateu, mas na
prática existe uma imposição de culto à dinastia Kim por parte do governo.
Kim Jong Sung,
avô do atual ditador e já falecido, é considerado um ser de natureza divina, e
seus descendentes herdaram, segundo a crença local, a divindade do líder e o
direito a ocuparem o posto de chefe da nação.
De acordo com
as leis do país, qualquer pessoa que professe uma fé que não coloque a dinastia
Kim no centro de sua adoração, deve ser presa. Há informações, de acordo com o
Acontecer Cristiano, de que imagens de satélite localizaram campos de
concentração, onde são mantidos presas as pessoas que são consideradas
criminosas de religião. Nesses campos, estariam aproximadamente 200 mil
pessoas.
A perseguição
a cristãos começou no país em 1953, e um dos casos mais emblemáticos é o
desaparecimento de bispos católicos que viviam no país. As autoridades de
Pyongyang, capital do país, negam haver a existência dos bispos e desde 1980,
ignoram qualquer pergunta sobre o caso.
Os cristãos secretos da
Coreia do Norte, grupo de pessoas que se reúnem às escondidas, somam segundo a
Missão Portas Abertas, entre 200 e 400 mil pessoas, que se mantém firmes à fé
cristã, mesmo sob o risco de serem condenados à prisão perpétua ou pena de
morte, se forem flagrados cultuando a Deus ou apenas portando uma Bíblia.
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