A partir do próximo ano escolar,
homens não poderão mais dar aulas para alunas na Faixa de Gaza, e meninas não
poderão estudar junto com meninos a partir dos 9 anos. As novas regras do
Ministério da Educação do Hamas, o movimento islâmico palestino que controla da
Faixa de Gaza, impõe a separação de gênero não só para as escolas muçulmanas,
mas também para cristãs e aquelas administradas pelas Nações Unidas na região.
“Nós somos um
povo muçulmano. Estamos fazendo o que cabe ao nosso povo e à nossa cultura”,
disse o consultor jurídico do Ministério da Educação Waleed Mezher.
O Hamas tem
administrado a Faixa de Gaza desde 2007, quando ganhou a maioria nas eleições
parlamentares palestinas. A divisão política entre o grupo e o rival Fatah, que
controla a Cisjordânia, paralisou o Legislativo e, principalmente, impediu a
promulgação de novas leis nos territórios palestinos. Os parlamentares do
Hamas, no entanto, agiram sozinho para aprovar a nova lei da educação. Os
críticos acusam o movimento de tentar construir um Estado independente em Gaza.
Escolas
privadas e cristãs, onde as aulas são misturadas até o ensino médio, seriam as
mais afetadas pela decisão já que as escolas administradas pelo governo em sua
maioria são separadas pelo sexo. O Ministério da Educação Gaza disse que as
escolas particulares tinham sido convidadas para discutir a legislação antes de
ser promulgada, mas teriam falhado.
Fonte: Verdade Gospel.
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