A
bola da vez é a Igreja Batista, que na maioria das vezes, adota um modelo de
trabalho bastante tradicional.
Edir
Macedo publicou em seu site um texto escrito por um fiel que teria estado
confuso e estagnado nos tempos em que foi membro de uma igreja Batista.
“Neste
domingo, participando da reunião das 18h, quando o senhor falava sobre as
‘profetas e as profetadas no meio dos crentes’, lembrei que na Igreja Batista
era costume não tomar decisões, fazer viagens, fechar negócios ou começar um
relacionamento sem confirmar com as ‘irmãs de oração’. Tudo devia passar por
elas, pois eram o ‘vaso ungido do Senhor’”, diz o depoimento publicado por
Macedo.
O
fiel, que se identifica como Walber de Souza, afirma que sua “sogra era uma
delas”, referindo-se às “irmãs de oração”, e relata supostos insucessos na vida
da mulher: “Ela era exatamente como o senhor falava, pois estava no segundo
casamento, e o marido era um bêbado, drogado, adúltero e agressivo, tanto
psicológica quanto fisicamente”.
Walber
afirma que às vésperas de seu casamento, foi buscar “confirmação” com irmãos na
fé, e ouviu da parte de um deles que o propósito de Deus era que ele e sua
noiva se casassem, e de outro teria ouvido que Deus não aprovava o
relacionamento. “E agora? Deu empate. O que fazer?”, questiona o fiel, que
optou por se casar.
O
depoimento de Walber adota um tom crítico à forma de trabalho que supostamente
era adotado pela denominação batista, que não foi identificada, e credita à
igreja parte da responsabilidade por uma séria crise conjugal vivida por ele e
sua esposa: “Em meio a essa confusão religiosa, chegamos a casar, mas foi um
fiasco total. Pois os crentes se preocupavam tanto se era da vontade de Deus ou
não, que ninguém se preocupou em nos orientar sobre como era um casamento de verdade.
Com 6 meses, já estávamos morando de favor. Entramos em uma crise tão imensa,
que quase nos separamos em apenas 1 ano e meio de casamento”, diz o fiel no
texto.
A
chegada à Universal, segundo Walber, teria acontecido em meio à dúvidas:
“Chegamos à Universal atrás de outra confirmação: separa ou não separa”,
relata, antes de afirmar que na denominação liderada por Macedo, ele e a esposa
descobriam “que tudo o que vivíamos era puro engano do diabo. Passamos por um
longo e duro processo de libertação. Aprendi a ser um homem de verdade [...] Me
libertei deste inferno evangélico!”, pontua o fiel.
Confira abaixo, a íntegra do texto “Profetas e profetadas”,
publicado por Edir Macedo em seu site:
Prezado bispo,
Neste domingo, participando da reunião
das 18h, quando o senhor falava sobre as “profetas e as profetadas no meio dos
crentes”, lembrei que na Igreja Batista era costume não tomar decisões, fazer
viagens, fechar negócios ou começar um relacionamento sem confirmar com as
“irmãs de oração”. Tudo devia passar por elas, pois eram o “vaso ungido do
Senhor”.
A minha sogra era uma delas. Ela era
exatamente como o senhor falava, pois estava no segundo casamento, e o marido
era um bêbado, drogado, adúltero e agressivo, tanto psicológica quanto
fisicamente.
Ela passava o dia orando por pessoas
pelo telefone e, muitas vezes, depois de orar por certas “profetas”, também
pedia que a profeta orasse por ela, para ver se o marido ia mudar. Assim foram
todos os 4 anos de namoro com minha atual esposa: sempre vendo a minha sogra
humilhada pela miséria moral e sentimental, mas, ao mesmo tempo, um “vaso
ungido do Senhor”.
E quando chegou a época que decidimos
nos casar, ela resolveu nos levar a dois profetas para confirmar o casamento. A
minha sogra não era lá muito a favor, pois eu era pobre.
Então, olha só o que aconteceu: a
“irmã Joana” – “profeta” a quem sempre levávamos comida e dinheiro, pois vivia
numa casa de chão batido –, profetizou que era da “vontade de Deus” que nos
casássemos.
Depois, fomos ao “pastor formiga”
(digo assim, porque ele estava num bairro onde não havia asfalto e o carro
sempre voltava vermelho de tanta poeira).
Lá, o pastor e a esposa dele, que era
a “profeta”, oraram por nós, e foi revelado que NÃO era da “vontade de Deus”.
E agora? Deu empate. O que fazer?
Voltamos à “irmã Joana” para confirmar outra vez. Afinal, a “profetada” dela
era a nosso favor. Olha que confusão, quase não casamos!
Em meio a essa confusão religiosa,
chegamos a casar, mas foi um fiasco total. Pois os crentes se preocupavam tanto
se era da vontade de Deus ou não, que ninguém se preocupou em nos orientar
sobre como era um casamento de verdade.
Com 6 meses, já estávamos morando de
favor. Entramos em uma crise tão imensa, que quase nos separamos em apenas 1
ano e meio de casamento. E assim chegamos à Universal atrás de outra
confirmação: separa ou não separa?
Aqui, descobrimos que tudo o que vivíamos
era puro engano do diabo. Passamos por um longo e duro processo de libertação.
Aprendi a ser um homem de verdade.
Hoje, amo a minha esposa. Somos
felizes e temos certeza absoluta do nosso relacionamento, não porque alguém nos
revelou, mas pelo sacrifício diário a Deus e ao casamento.
Graças a Deus e à Universal, aprendi a
fé inteligente. Me libertei deste inferno evangélico!
Walber Barboza
Fonte: Gospel+
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