A Associação Amigo Bicho de Venâncio Aires é a favor do projeto de lei
21/2015, que está em discussão Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na
Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul: “Existem os dois lados, o da
crueldade e também o da sujeira, pois as pessoas não recolhem esses lixos,
deixam eles no local”, diz Naís Andrade, ativista na proteção dos animais.
No entanto, os umbandistas alegam que a proibição do sacrifício seria um
atentado contra a liberdade religiosa: “A gente precisa fazer o sacrifício dos
bichos, porque é uma forma de materializar e fortalecer a nossa religião, pois
cada religião se abastece de alguma coisa”, explica Leni Dias de Ogum,
contrária à proposta.
Para ela, os umbandistas são vítimas de um estereótipo, pois eles não
fazem “trabalhos” ruins, com objetivo de prejudicar as pessoas: “Não somos nós
que queremos fazer a maldade, é o povo que quer, pois, hoje em dia, o povo está
muito ganancioso, muito invejoso e não aceita quando alguém cresce na vida […] Sacrificar
um animal para colocar fora não pode, eu não faço isso”, afirmou, em entrevista
ao site Folha do Mate.
“Por que ela [deputada] quer proibir alguma coisa que não faz mal a
ninguém?’, diz a umbandista, criticando a parlamentar que deveria, segundo ela,
se preocupar com a saúde pública, educação e bem-estar da população.
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