Desde muito cedo Daniel Shayesteh foi ensinado sobre o islamismo, e aos
nove anos de idade era capaz de recitar trechos do alcorão e realizar rituais
islâmicos, devido a uma determinação de seu pai, que o tinha escolhido entre 12
irmãos para ser ensinado sobre a religião.
Essa característica o tornou famoso na comunidade muçulmana iraniana, e
isso o levou a uma posição de influência entre os extremistas, e ao lado deles,
fundou o Hezbollah. Aplicado, fez parte do golpe que derrubou o então rei do
país, Mohammed Reza Shah, na revolução islâmica de 1979.
A partir desse episódio, Shayesteh se tornou líder político islâmico do
Hezbollah, o que o levou a ser alvo durante o golpe de estado do aiatolá Ali
Khamenei, atual “líder Supremo do Irã”. Na ocasião, alguns revolucionários
foram mortos, mas Shayesteh foi apenas preso: “Pela graça de Jesus, eu escapei.
Mesmo que eu não soubesse, Ele tinha um plano para mim”, disse.
Tempos depois, fugiu da prisão e se exilou na Turquia, onde foi estudar
e se dedicou à conquista do doutorado em gestão internacional. Em sua tese, defendeu
uma ideia que mensurava como as religiões, culturas e filosofias impactam as
atitudes humanas.
“Fiquei surpreso e chocado ao ver como os valores do cristianismo são
superiores em todos os aspectos, nesse estudo comparativo das religiões e
filosofias”, explicou. Porém, como havia sido ensinado de forma radical no
islamismo, se recusava a aceitar o cristianismo como uma religião correta.
“Me disseram, há 32 anos, que o cristianismo era a pior religião do
mundo. Desde criança eu aprendi que o Islã é o vencedor, o Islã é o melhor, sem
qualquer lógica mais profunda sobre o assunto. O Islã deve dominar o mundo, e
para garantir isso, temos que chamar as pessoas para seguir o Islã. Se elas não
quiserem seguir, temos de ameaçar e ataca-las por meio do terrorismo. Esse foi
o ensino que obtive e que dominou a minha mente. Isso é o que todos os
muçulmanos radicais no mundo pensam, e é por isso que eles estão praticando o
terrorismo”, revelou Shayesteh.
A grande contraprova das dúvidas de Shayesteh foi um golpe financeiro
que sofreu de um colega muçulmano, que era seu sócio, mas fugiu com todo o
dinheiro que haviam juntado para fazer um investimento. Shayesteh descobriu que
embora o golpista fosse muçulmano, tinha amigos cristãos, e resolveu ir à
igreja numa tentativa de achar rastros.
Lá, foi recebido de forma acolhedora e foi informado de que receberia
ajuda na tentativa de localizar o golpista. “Fiquei impressionado, mais uma
vez, no que estava ouvindo dos cristãos. Por um lado, sua definição de Deus era
tão diferente. Ele é pessoal e criou os seres humanos para se relacionar com
Ele. O deus islâmico não é tão presente, um relacionamento com ele não pode
existir”, relembrou.
O ponto de virada em sua crença foi a descoberta do amor divino que a
Bíblia relata: “O Deus cristão é fonte de todo o bem. Não há nenhuma essência
do mal n’Ele. Em todas as outras religiões os deuses não são bons, porque eles
estão abrigados no mal de ‘satanás’, de alguma forma. No Islã, o deus é criador
do bem e do mal, e tal deus corrompe o mundo”, pontuou.
Segundo informações do Charisma News, Shayesteh disse que, a essa
altura, já não podia evitar o raciocínio de que estava diante da verdade, e
aceitou a Cristo quando descobriu que poderia ser livre de seu passado de
crimes com o Hezbollah e da religião que o afastou de Deus: “O verdadeiro Deus
tem uma natureza pura, e a natureza pura sempre cria pureza”, definiu.
Hoje, o doutor Daniel Shayesteh dá palestras a estudantes
universitários, grupos cristãos e políticos sobre a ameaça que o islamismo
representa, e defende e o valor da democracia e da liberdade. “Extremistas
muçulmanos e muçulmanos cometidos querem mudar a cultura das sociedades
ocidentais. Liberdade e democracia vêm de valores cristãos, o Islã não pode
promover ou valorizar a democracia e a liberdade”, alertou.
Embora esteja limitado por sofrer ameaças de
extremistas muçulmanos, seus ensinamentos se tornam acessíveis para muçulmanos
do Oriente Médio através da internet, chamado Exodus From Darkness (“êxodo
da escuridão”, em tradução livre do inglês).
Com essa ferramenta, Shayesteh relata que alguns milhares de muçulmanos
foram apresentados ao Deus do cristianismo e se converteram ao Evangelho.
“Muitas pessoas nos países islâmicos, especialmente os jovens muçulmanos, estão
exaustos e sobrecarregados. Eles estão cansados. Eles querem se abrigar em uma
crença pacifica. Mas se você não tem paz com Deus, você não vai ser capaz de
ter paz com os outros, não importa o quanto você gostaria de ter. Portanto, no
cristianismo, há uma porta aberta para nós, e assim tocamos o coração de
milhões de muçulmanos com essa porta”, concluiu.
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