Homem desolado sobre os escombros de edfício |
O terremoto devastador que atingiu o Nepal no último sábado, 25 de
abril, deixou 3.700 mortos, segundo contagem atualizada hoje pelas autoridades
locais. Um casal de missionários brasileiros que trabalha no país relatou que
os tremores continuam acontecendo.
O terremoto de magnitude 7.8 na escala Richter está sendo considerado o
pior dos últimos 80 anos. Uma equipe de reportagem da TV Globo, que está no
Nepal para a gravação de uma matéria para o programa Planeta Extremo, flagrou o
momento em que um eco do terremoto fez o prédio da Embaixada Brasileira tremer.
A missionária Kelly Pineiro Bevilacqua e seu marido, Marcelo Bevilacqua,
são ligados à Organização Missionária Cristã, e atuam no projeto chamado
“Meninas dos Olhos de Deus”. De acordo com informações do site Guia-me, a
equipe que trabalha com o casal passa bem.
“Todo mundo do nosso ministério está bem, graças a Deus. Foi um susto
muito grande. Todas as casas tremeram bastante. A maioria das nossas crianças
estavam na igreja, na hora [do terremoto]. Foi muito difícil voltar para casa,
porque as ruas racharam. Nós estamos dormindo dentro de carros. Estamos todos
sob alerta, porque ainda sentimos tremores. Estamos todos bem, mas com muito
medo, porque morreram muitas pessoas aqui”, relatou Kelly, através de mensagens
enviadas pelo aplicativo WhatsApp à irmã, Renata Rubilar.
Kelly Bevilacqua, que recentemente deu à luz ao bebê Pedro, contou que a
falta de energia elétrica na região atingida (que abrange a capital Kathmandu e
a cidade de Pkhara) tem causado problemas de comunicação, e levado as pessoas a
economizarem a bateria de seus celulares, evitando o uso constante.
O projeto “Meninas dos Olhos de Deus” resgata garotas nativas que são
vendidas pelos pais como escravas sexuais. Assim que são “compradas” pela
missão, essas garotas passam a ter abrigo e acesso à educação e atendimento
médico básico. Posteriormente, são reintegradas às suas famílias ou adotadas
por outras. Em alguns casos, as meninas optam por levar uma vida independente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário