A polícia
prendeu também a cunhada de Vaccari, Marice Correa. O mandado dela é de
prisão temporária. Marice também aparece em investigações sobre o pagamento de
propina no esquema da Petrobras.
Além da prisão de Vaccari e da cunhada, a PF executa mandado de
condução coercitiva contra a mulher dele, Gisela Lima, que foi ouvida pelos
policias em casa. Na condução coercitiva, a pessoa presta depoimento e é
liberada.
Desde que
surgiram as denúncias, no ano passado, Vaccari tem negado a participação dele e
da cunhada no esquema.
O G1 entrou
em contato com a assessoria de imprensa do PT, que informou que o partido ainda
não tem um posicionamento sobre a prisão do tesoureiro.
A atual
fase da Lava Jato, além dos dois mandados de prisão e do de condução
coercitiva, executa um de busca e apreensão, também na cidade de São Paulo.
Todos os
presos serão levados para a superintendência da PF em Curitiba.
Denúncias
Vaccari já é réu em processo na Justiça Federal do Paraná que investiga as
denúncias da Lava Jato. Ele é suspeito de ter recebido propina em esquema de
corrupção que atuou dentro da Petrobras.
O
ex-gerente de Serviços da estatal Pedro Barusco, que também é investigado pela
Justiça, afirmou em delação premiada que Vaccari recebeu cerca de R$ 200
milhões em nome do PT no esquema investigado pela Lava Jato. As apurações da PF
apontam que as propinas eram pagas por empreiteiras que firmavam contratos com
a petroleira.
O
tesoureiro também aparece em depoimentos de outro delator da Lava Jato, o
doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos operadores da propina. Ele disse
que chegou a enviar um
funcionário para a frente da sede do PT em São Paulo com R$
400 mil para serem entregues a Vaccari.
CPI
Na semana passada, Vaccari deu
depoimento à CPI da Petrobras, na Câmara. Em uma sessão longa,
negou que tivesse participação no esquema.
Indagado
sobre as acusações feitas por Barusco e Youssef, o tesoureiro do PT repetiu
reiteradas vezes que os termos dos depoimentos de delação premiada dos dois
delatores "não são verdadeiros".
A
insistência nessa resposta gerou irritação em alguns integrantes da comissão.
O
depoimento de Vaccari na CPI também ficou marcado por um protesto em que um
funcionário da Câmara soltou roedores na sala, causando tumulto.
Quando
questionado sobre se sua cunhada Marice Correa Lima recebeu R$ 110 mil de
Youssef, como o doleiro declarou à Polícia Federal, Vaccari continuou insistindo
que os termos das delações não são verdadeiros e que a relação com a cunhada é
estreitamente "familiar".
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