Estamos disponibilizando pra você todo início de semana, mais um comentário sobre cada
lição da EBD. Assim fazemos, para que os irmãos possam melhor preparar sua
aula. Cada item, tem um comentário, para que o amado leitor entenda melhor os
tópicos da lição. Estudaremos esta semana a lição de nº 4 desse segundo
trimestre, que tem como título: A TENTAÇÃO DE JESUS. Para cada
tópico, deixamos o nosso comentário. Fizemos cuidadosa pesquisa a respeito
dessa tão importante lição. Buscamos auxílio e Ainda recorremos a vários
mestres no assunto, para que pudéssemos aplicá-lo para o seu melhor
entendimento. Em caso de dúvidas com relação ao assunto, deixe seu
comentário, a sua dúvida, no final desta postagem, que responderemos com todo
prazer a sua pergunta. Espero que satisfaça a todos e uma boa aula.
INTRODUÇÃO
A tentação é uma realidade com a qual todo crente,
em algum momento, irá se deparar. Não existe ninguém que seja imune à tentação,
pois até mesmo Jesus, o homem perfeito, foi tentado! A resposta à tentação não
é, portanto, negá-la, mas enfrentá-la à luz da Palavra de Deus. Nesta lição
iremos aprender como Jesus enfrentou a tentação e derrotou Satanás. Veremos a
sutileza do Diabo em tentar o Filho de Deus em um momento de extrema carência e
necessidade física, e como o Filho do Homem o derrotou ao dizer "não"
a cada uma de suas propostas. Por fim, destacaremos que a vitória de Jesus é
também a nossa.
Tentação é um desejo violento da alma humana a fazer algo que pode ser certo ou errado. Do latim temptatio ou tentatio, ataque, tentativa; é o ato ou efeito de tentar; movimento interior que nos instiga a fazer o mal; apetite, desejo violento. Deus nos criou com um coração que tem desejos (Sl 37.5), depois da queda, este coração deseja o que é contrário a Deus e à Sua Palavra. Lidar com o pecado e com aquilo que nos leva a ele, tem sido o grande desafio de cada crente ao longo de todos esses séculos. É importante lembrar que a tentação está intimamente ligada ao pecado, mas não é o pecado em si. Na verdade, ela é algo que antecede qualquer ato pecaminoso. Ninguém precisa sair atrás da tentação porque ela vem muito naturalmente. Ela vem ao pobre, ao rico, aos crentes e aos descrentes. O crente novo é tentado, e também o crente antigo. Jesus Cristo foi tentado. Sem a tentação e o direito de escolher entre o bem e o mal seríamos uma máquina, e Deus não nos isenta das nossas responsabilidades na hora da escolha. Os próprios discípulos de Jesus lidaram com isso e não é diferente conosco. Naqueles momentos de agonia que antecederam sua crucificação, Jesus ainda buscava o crescimento espiritual e a preparação daqueles homens para os grandes desafios que teriam pela frente. O primeiro desafio de Jesus é claramente coordenado pelo Espírito Santo que o conduz a uma área deserta para jejuar. Em seguida, permite que o enfraquecido Salvador seja testado por Satanás. A vitória de Cristo demonstra o tema de Lucas. Jesus é um ser humano ideal, diferentemente de Adão e Eva, que caíram (4.1-13). Mateus deixa claro que foi o próprio Espírito Santo que o levou ao deserto para ser tentado. Não partiu de Satanás tal atitude. Jesus não foi guiado ao deserto por uma força maligna, mas foi conduzido pelo Espírito Santo. Foi pela expressa vontade de Deus que esta crise se produziu na vida de Jesus. Não é que o Senhor queria ver se Jesus cairia ou não, mas uma demonstração da impossibilidade da Sua queda. À semelhança de Adão, Jesus foi tentado, com uma diferença: Adão foi tentado no Jardim do Éden e caiu, Jesus foi tentado no deserto e venceu a Satanás.
Comentário
Tentação é um desejo violento da alma humana a fazer algo que pode ser certo ou errado. Do latim temptatio ou tentatio, ataque, tentativa; é o ato ou efeito de tentar; movimento interior que nos instiga a fazer o mal; apetite, desejo violento. Deus nos criou com um coração que tem desejos (Sl 37.5), depois da queda, este coração deseja o que é contrário a Deus e à Sua Palavra. Lidar com o pecado e com aquilo que nos leva a ele, tem sido o grande desafio de cada crente ao longo de todos esses séculos. É importante lembrar que a tentação está intimamente ligada ao pecado, mas não é o pecado em si. Na verdade, ela é algo que antecede qualquer ato pecaminoso. Ninguém precisa sair atrás da tentação porque ela vem muito naturalmente. Ela vem ao pobre, ao rico, aos crentes e aos descrentes. O crente novo é tentado, e também o crente antigo. Jesus Cristo foi tentado. Sem a tentação e o direito de escolher entre o bem e o mal seríamos uma máquina, e Deus não nos isenta das nossas responsabilidades na hora da escolha. Os próprios discípulos de Jesus lidaram com isso e não é diferente conosco. Naqueles momentos de agonia que antecederam sua crucificação, Jesus ainda buscava o crescimento espiritual e a preparação daqueles homens para os grandes desafios que teriam pela frente. O primeiro desafio de Jesus é claramente coordenado pelo Espírito Santo que o conduz a uma área deserta para jejuar. Em seguida, permite que o enfraquecido Salvador seja testado por Satanás. A vitória de Cristo demonstra o tema de Lucas. Jesus é um ser humano ideal, diferentemente de Adão e Eva, que caíram (4.1-13). Mateus deixa claro que foi o próprio Espírito Santo que o levou ao deserto para ser tentado. Não partiu de Satanás tal atitude. Jesus não foi guiado ao deserto por uma força maligna, mas foi conduzido pelo Espírito Santo. Foi pela expressa vontade de Deus que esta crise se produziu na vida de Jesus. Não é que o Senhor queria ver se Jesus cairia ou não, mas uma demonstração da impossibilidade da Sua queda. À semelhança de Adão, Jesus foi tentado, com uma diferença: Adão foi tentado no Jardim do Éden e caiu, Jesus foi tentado no deserto e venceu a Satanás.
I - A
REALIDADE DA TENTAÇÃO
1. Uma realidade humana. Já foram assinalados em comentários anteriores que
devemos levar em conta o fato bíblico e teológico incontestável de que Jesus
Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Como Deus, não podia ser tentado,
mas como homem, mesmo sendo perfeito, sim (Jo 17-5; Fp 2.5-11; Hb 2.17). No
mistério da encarnação, Jesus não perdeu a sua natureza divina, nem tampouco os
atributos da divindade, mas, como diz a tradução americana de Philips, Ele
"abdicou de seus privilégios" (Fp 2.7). Como homem Ele foi tentado em
todas as coisas, assim como nós, porém, não transgrediu (Hb 4.15). À luz do
ensino bíblico, portanto, a tentação de Jesus Cristo foi real e não apenas uma
encenação. 0 homem perfeito, Jesus, foi tentado em tudo, mas não pecou! (1 Pe
2.22)
Comentário
Lawrence O. Richards comentando
Lc 4.2 em sua obra Guia do Leitor da Bíblia. Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo
por capítulo (CPAD), escreve: “As palavras gregas peirazo (απόδειξη - lê-se
apóviquici) e peiras mossãa (δίκη - Lê-se leiquim) igualmente traduzidas
por “prova” e “julgamento” bem como por “tentar” e “tentação” (προσπαθώ - Lê-se
prustraufão). O que há de comum é a situação que nos coloca sob grande pressão.
O texto em Tiago 1 é especialmente útil para nos ajudar a tratar essas
situações, ao nos lembrar que Deus jamais tenta as pessoas, no sentido de
induzi-las ao mal (Tg 1.13). Deus, contudo, nos prova da mesma maneira que
permitiu que Satanás o fizesse com Jesus, a fim de demonstrar a nós e a todos
que podemos vencer pela sua força. Adão e Eva falharam no teste. Por meio de
Cristo você e eu somos vitoriosos”. RICHARDS. Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. Uma análise de Gênesis a
Apocalipse capítulo por capítulo.Editora CPAD. pag. 655. Mas como seria possível Jesus ser
tentado? William Hendriksen esclarece sobre esse fato em sua obra Comentário do Novo Testamento (Cultura Cristã): “Em nossa
tentativa de responder a essa pergunta devemos antes de mais nada observar que
o que foi tentado foi sua natureza humana. Jesus não só era Deus; ele era
também homem. Além do mais, sua alma não era dura como uma pederneira nem fria
como um bloco de gelo. Era uma alma plenamente humana, profundamente sensível,
afetada e comovida pelos sofrimentos de todo gênero. Foi Cristo quem disse:
“Tenho um batismo com o qual hei de ser batizado; e como me angustio até que o
veja concretizado” (Lc 12.50). Jesus foi capaz de expressar carinho (Mt 19.13,
14), compaixão (Mt 23.37; Jo 11.35), piedade (Mt 12.32), ira (Mt 17.17),
gratidão (Mt 11.25) e profundo anseio pela salvação dos pecadores (Mt 11.28;
23.37; Lc 15; 19.10; Jo 7.37) para a glória do Pai (Jo 17.1-5). Sendo não só
Deus mas também homem, ele sabia o que era estar cansado (Jo 4.6) e sedento
(4.7; 19.28). Portanto, realmente não deveria surpreender-nos que, depois de um
jejum de quarenta dias, ele sentisse muita fome, e que a proposta de converter
pedras em pães se constituía numa tentação bem real para ele, tanto mais
sabendo que estava revestido do poder para fazer milagres! Não obstante, não
deixa de ser verdade que a possibilidade e realidade da tentação de Cristo vai
além de nossa compreensão. Mas não é esse um fato em relação a cada doutrina? O
que sabemos realmente sobre nós mesmos, sobre nossa alma e a interação que
existe entre alma e corpo? Pouco, aliás, bem pouco! Como poderíamos, pois,
penetrar nas profundezas da alma de Cristo e analisá-la suficientemente a fim
de fornecer uma explicação psicológica absolutamente satisfatória de suas
tentações?” HENDRIKSEN. William. Comentário do Novo Testamento. Lucas I. Editora
Cultura Cristã. pag. 315-316. Jesus,
como homem, exibia elevadíssima espiritualidade. Suas qualidades espirituais
não eram automáticas, mas resultavam de uma luta muito intensa, através da
vitória sobre o pecado, diante do qual, jamais cedeu. Entrementes, ele
desenvolveu elevadas virtudes morais positivas. (Veja Gálatas 5.22,23, quanto a
essas virtudes). Assim sendo, Jesus foi o Pioneiro do caminho, tendo-nos
mostrado, como devemos desenvolvermos espiritualmente, através da dedicação
absoluta. Jesus possuía nosso tipo de natureza, juntamente com as suas
fraquezas. Não obstante, triunfou!
2. Vencendo a tentação. Lucas revela que Cristo foi
conduzido pelo Espírito Santo ao deserto para ser tentado pelo Diabo. Jesus, em
sua condição humana, foi capacitado pelo Espírito Santo para enfrentar Satanás.
A capacitação de poder sobre Jesus revela o lado messiânico da sua missão. Na teologia
lucana, o Messias seria revestido pelo Espírito para realizar a obra de Deus, e
isso incluía desfazer as obras do Diabo. A vitória de Jesus sobre a tentação é
também a nossa vitória. Jesus, o homem perfeito, venceu a sedução do pecado com
oração, com a Palavra e por andar no Espírito. Todos os que estão em Cristo
podem sim, também, vencer a tentação (1 Co 10.13).
Comentário
Por que o Espírito Santo impeliu
Jesus ao deserto para ser tentado? Qual era o propósito? Que Deus tinha um
propósito ao permitir que Jesus fosse tentado no deserto é evidente pela
declaração "foi levado pelo Espírito ao deserto". Uma finalidade é
assegurar-nos de que temos um sumo sacerdote capaz de Se relacionar conosco em
todas as nossas debilidades e fraquezas (Hebreus 4.15) porque Ele mesmo foi
tentado em todos os pontos nos quais também somos. A natureza humana do Nosso
Senhor permite que Ele compreenda as nossas próprias fraquezas por ter sido
submetido à fraqueza também. "Porque, tendo em vista o que ele mesmo sofreu
quando tentado, ele é capaz de socorrer aqueles que também estão sendo
tentados" (Hebreus 2.18). A palavra grega traduzida "tentado"
aqui significa "pôr à prova". Então, quando somos colocados à prova e
testados pelas circunstâncias da vida, podemos ter certeza de que Jesus entende
e se solidariza como alguém que sofreu as mesmas provações. O Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal (CPAD), sobre a expressão “foi tentado”,
afirma: “descreve uma ação contínua; Jesus foi tentado constantemente durante
os quarenta dias. O Espírito levou Jesus ao deserto onde Deus pôs Jesus à prova
- não para ver se Jesus estava pronto, mas para mostrar que Ele estava
preparado para a sua missão. Satanás, no entanto, tinha outros planos; ele
esperava distorcer a missão de Jesus tentando-o para fazer o mal. Por que era
necessário que Jesus fosse tentado? A tentação faz parte da experiência humana.
Para que Jesus fosse completamente humano, Ele tinha que enfrentar a tentação
(veja Hb 4.15). Jesus tinha de desfazer o que Adão tinha feito. Adão, embora
criado perfeito, cedeu à tentação, e assim o pecado entrou na raça humana.
Jesus, o segundo Adão, por outro lado, resistiu a Satanás. A sua vitória
oferece a salvação aos descendentes de Adão (veja Rm 5.12-19). Durante estes
quarenta dias, Jesus não comeu coisa alguma, de modo que ao final Ele teve
fome. A condição de Jesus como Filho de Deus não tornava o seu jejum mais
fácil; o seu corpo físico sofria a fome severa e a dor de estar sem alimento.
As três tentações registradas aqui ocorreram quando Jesus estava na sua
condição física mais enfraquecida” Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 1.
pag. 341.
1. A sutileza da tentação. A primeira tentação de Jesus se dá na esfera dos
apetites. A essa tentação Jesus respondeu: "Escrito está que nem só de pão
viverá o homem" (Lc 4.3,4). O Diabo, por certo, sabia que por ocasião do
batismo de Jesus, Deus, o Pai, falara-lhe da sua filiação divina (Lc 3.22).
Jesus, como o homem perfeito que era, precisava enfrentar a tentação em sua
condição humana, e não fazer uso de seus atributos divinos como queria o Diabo.
Como Filho de Deus que era, evidentemente Jesus poderia usar os atributos da
divindade para transformar todo aquele deserto em pão. Todavia, se assim
procedesse, negaria a sua missão de homem perfeito. Quer o Diabo estimule um
apetite legítimo, quer não, o seu alvo é sempre o mesmo — colocar tropeços no
caminho do servo de Deus.
Comentário
Na luta do cristão contra o
diabo, o principal campo de batalha é a tentação. O discípulo precisa vencer o
inimigo superando as tentações. Não estamos sós, contudo. Jesus tornou-se um
homem, foi tentado como somos, obteve a vitória, assim mostrando como nós
podemos triunfar sobre Satanás (Hb 2.17-18; 4.15). É essencial, portanto, que
analisemos cuidadosamente de que forma Jesus venceu. Embora Jesus fora tentado
várias vezes, ele enfrentou um teste especialmente severo logo depois que foi
batizado. A sutileza é mencionada como característica distinta da serpente (Mt
10.16). Com grande astúcia ela oferece sugestões, as quais, ao serem abraçadas,
abrem caminho a desejos e atos pecaminosos. Em Gênesis, ela começa falando com
uma mulher, o vaso mais frágil, que além dessa circunstância, não tinha ouvido
diretamente a proibição divina (Gn 2.16-17). E ela espera até que Eva esteja
só. Note-se a astúcia na aproximação. Ela torce as palavras de Deus (Gn 3.1;2.16-17)
e então finge surpresa por estarem assim torcidas; dessa maneira ela
astutamente semeia dúvida e suspeitas no coração da ingênua mulher, e ao mesmo
tempo insinua que está bem qualificada para ser juiz quanto à justiça de tal
proibição. "Se és o Filho de Deus, manda que estas pedras se
transformem em pães" (Lc 4.3). O diabo é um mestre das coisas
aparentemente lógicas. Jesus estava faminto; ele tinha poder para transformar
as pedras em pão. O diabo simplesmente sugeriu que ele tirasse vantagem de seu
privilégio especial para prover sua necessidade imediata. As questões: Era
verdade que Jesus necessitava de alimento para sobreviver. Mas a questão era
como ele o obteria. Lembre-se de que foi Deus quem o conduziu a um deserto sem
alimento. O diabo aconselhou Jesus a agir independentemente e encontrar seus
próprios meios para suprir sua necessidade. Confiará ele em Deus ou se
alimentará a seu próprio modo? Há aqui, também, uma questão mais básica: Como
Jesus usará suas aptidões? O grande poder que Jesus tinha seria usado como uma
lâmpada de Aladim, para gratificar seus desejos pessoais? A tentação era
ressaltar demais os privilégios de sua divindade e minimizar as
responsabilidades de sua humanidade. E isto era crucial, porque o plano de Deus
era que Jesus enfrentasse a tentação na área de sua humanidade, usando somente
os recursos que todos nós temos a nossa disposição. A resposta de Jesus ao
conselho de Satanás foi uma expressão de confiança filial ao cuidado do Pai.
Sem dúvida, aquele que providenciara o maná quando não havia pão, e que bem
recentemente dissera: “Tu és o meu Filho, o Amado”, não falharia a seu amado
nesta hora de provação. Matthew Henry esclarece: “O Senhor Jesus respondeu
utilizando as Escrituras (v. 4): Está escrito. Esta é a primeira palavra
registrada como sendo falada por Cristo depois da instalação de seu ofício
profético; e é uma citação do Antigo Testamento, para mostrar que Ele veio para
declarar e manter a autoridade das Escrituras como algo que não se pode
controlar; Satanás não é capaz de controlá-la. E embora o Senhor Jesus tivesse
o Espírito sem medida, e tivesse uma doutrina própria para pregar e uma
religião para fundar, ela estava de acordo com Moisés e os profetas. O Senhor
Jesus estabelece os escritos destes homens como uma regra para si mesmo, e nos
recomenda que os tenhamos como uma resposta a Satanás e às suas tentações. A
Palavra de Deus é a nossa espada, e a fé nesta preciosa Palavra é o nosso
escudo; devemos, portanto, ser poderosos nas Escrituras, e seguirmos nesta
força, avançarmos, e continuarmos na nossa batalha espiritual, conhecendo o que
está escrito, porque ela é para o nosso aprendizado, para o nosso uso. O texto
das Escrituras que o Senhor Jesus menciona é Deuteronômio 8.3. Em outras
palavras: “O homem não viverá só de pão. Eu não preciso transformar as pedras
em pão, porque Deus Pai pode enviar o maná para o meu sustento, assim como Ele
fez por Israel; o homem pode viver de toda Palavra de Deus, e ser alimentado
por aquilo que Ele determinar”. Como é que Cristo pode ter vivido
confortavelmente durante estes últimos quarenta dias? Não pelo pão, mas pela
Palavra de Deus, pela meditação sobre esta Palavra, e pela comunhão com ela, e
com Deus nela e por ela; e de uma maneira que Ele ainda pudesse viver, embora
agora Ele começasse a ter fome. Deus tem muitas maneiras de sustentar o seu
povo, sem os meios comuns de subsistência. Portanto, não se deve em nenhuma
circunstância perder a confiança nele, mas em todo o tempo devemos depender
dele, no caminho da obediência. Se faltar o alimento, Deus pode tirar o
apetite, ou dar graus de paciência que permitam que um homem ria da assolação e
da fome (Jó 5.22). O Senhor também pode tornar os legumes e a água mais
nutritivos do que toda a porção do manjar do rei (Dn 1.12,13), permitindo que o
seu povo se alegre nele, mesmo que a figueira não floresça, Habacuque 3.17. Uma
crente vigorosa disse que fez das promessas a sua refeição nas ocasiões em que
sofreu a escassez de alimentos”. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO
Edição completa.Editora CPAD. pag. 547.
2.Gratificação pessoal. Depois de 40 dias de jejum total, Jesus, sem dúvida
alguma, encontrava-se debilitado fisicamente. Todo o seu ser, por certo, exigia
ser saciado. Tanto a água quanto o pão são elementos necessários para a
manutenção do corpo. Não há, portanto, nada de errado com o desejo de comer ou
beber. Todavia, se esse desejo é apenas para uma gratificação pessoal, como
queria o Diabo, então ele se converte em pecado. Satanás queria que Jesus visse
as coisas materiais como sendo mais necessárias do que as espirituais. Jesus
mostra que mais importante do que o pão material era o pão espiritual, a
Palavra de Deus. Ainda hoje, o Diabo usa a mesma artimanha quando convence os
homens de que ter abundância, fartura ou prosperidade material é melhor do que
desfrutar da comunhão com Deus.
Comentário
Em cada teste, Jesus se voltava
para as Escrituras, usando um meio que nós também podemos empregar para superar
a tentação. A passagem que ele citou foi a mais adequada naquela situação. No
contexto, os israelitas tinham aprendido durante seus 40 anos no deserto que
eles deveriam esperar e confiar no Senhor para conseguir alimento, e não tentar
conceber seus próprios esquemas para se sustentarem. Depois de quarenta dias de
jejum Jesus estava com seu corpo totalmente debilitado. Nesse período Jesus
jejuou e orou incessantemente – o Espírito estava pronto, mas a carne estava
para entrar em tentação. A fome castigava seu estômago. É nessa oportunidade
que Satanás se aproxima e lhe diz: “Se és Filho de Deus, manda que estas pedras
se transformem em pães”. Satanás propôs a Jesus usar seu poder para satisfazer
sua necessidade, ou seja, fazer uma coisa boa de modo errado: mitigar a fome
atendendo a voz do diabo. O intento de Satanás de levar Jesus transformar
pedras em pães era maior que um apelo à fome. Havia a sugestão de evitar a
cruz, tornando-se um reformador social popular. Isso quase ocorreu quando Jesus
multiplicou os pães e os peixes em João 6. Mas veja o resultado da
multiplicação e o que o Senhor Jesus fez: “Vendo, pois, os homens o sinal
que Jesus fizera, disseram: Este é, verdadeiramente, o profeta que devia vir ao
mundo. Sabendo, pois, Jesus que estavam para vir com o intuito de arrebatá-lo
para o proclamarem rei, retirou-se novamente, sozinho, para o monte” (Jo
6.14,15). Não era e não é esse tipo de Reino que o Senhor veio estabelecer na
terra, mas um reino espiritual. Mas quantas igrejas estão embarcando na
Teologia da Missão Integral que na verdade é uma nova roupagem da Teologia da
Libertação. É bom deixar claro que a Teologia da Missão Integral dialoga com o
marxismo. E os que defendem essa teologia ainda dizem que é impossível dialogar
com o mundo sem dialogar com o marxismo. O marxismo mudou a face do Ocidente
por, pelo menos, setenta anos. O tempo todo Satanás tentou impedir que o Senhor
fosse até a cruz. E hoje tenta evitar que a mesma seja pregada também pela
igreja. Transformar pedras em pães, à primeira vista, parece ser um ato relativamente
inofensivo, até mesmo uma sugestão piedosa. Jesus rinha muita fome, então por
que não usar os recursos sob o seu comando e transformar uma pedra em pão?
Neste caso, entretanto, o pecado não estava no ato, mas na razão por trás dele.
O diabo estava tentando fazer Jesus tomar um atalho para resolver o seu
problema imediato à custa de seus objetivos de longo prazo, procurando o
conforto através do sacrifício da sua disciplina. Satanás normalmente trabalha
desta forma - persuadindo as pessoas a realizar uma ação, até mesmo uma boa
ação, por um motivo errado ou na hora errada. O fato de que alguma coisa não
seja propriamente errada não significa que é boa para alguém em determinado
momento. Muita gente peca tentando satisfazer desejos legítimos não incluídos
na vontade de Deus, ou, antes do momento definido por Ele.
III-A
TENTAÇÃO DE SER CELEBRADO
1. O príncipe deste mundo. No texto de Lucas 4.5-8, o Diabo oferece a Jesus
domínio sobre os reinos do mundo. Jesus não contestou as palavras de Satanás
quando este afirmou que possuía autoridade sobre este mundo (Lc 4.6). De fato,
o próprio Cristo afirmou que Satanás é o príncipe deste mundo (Jo 16.11). O
apóstolo João nos diz que "o mundo está no maligno" (1 Jo 5.19). E o
apóstolo Paulo diz que o Diabo é "príncipe das potestades do ar" (Ef
2.2). Vivemos em um mundo caído e com um sistema iníquo, mas, assim como Jesus
Cristo, não fazemos parte dele (Jo 8.23; 17-9; 18.36). É lamentável quando
crentes não apenas vivem de acordo com os padrões deste mundo, mas também ficam
totalmente comprometidos com ele.
Comentário
A frase "deus deste
mundo" (ou "deus deste século") indica que Satanás é a maior
influência sobre os ideais, opiniões, metas, desejos e pontos de vista da
maioria das pessoas. Sua influência também abrange filosofias, educação e
comércio mundiais. Os pensamentos, ideias, especulações e falsas religiões do
mundo estão sob o seu controle e surgiram a partir de suas mentiras e enganos.
Satanás também é chamado de "príncipe das potestades do ar" em
Efésios 2:2. Ele é o "príncipe deste mundo" em João 12:31. Estes
títulos e muitos outros representam as capacidades de Satanás. Dizer, por
exemplo, que Satanás é o "príncipe das potestades do ar" significa
que, de alguma forma, ele governa o mundo e as pessoas. Isso não quer dizer que
ele governa o mundo completamente; Deus ainda é soberano. Entretanto, significa
que Deus, em Sua infinita sabedoria, permitiu que Satanás operasse neste mundo
dentro dos limites que Deus estabeleceu para ele. Quando a Bíblia diz que
Satanás tem poder sobre o mundo, devemos nos lembrar de que Deus deu a ele
domínio apenas sobre os incrédulos. Os crentes não estão mais sob o domínio de
Satanás (Colossenses 1:13). Os incrédulos, por outro lado, estão presos
"no laço do diabo" (2 Timóteo 2:26), encontram-se no "poder do
maligno" (1 João 5:19) e são escravos de Satanás (Efésios 2:2). Assim,
quando a Bíblia diz que Satanás é o "deus deste mundo", ela não está
dizendo que ele tem autoridade máxima. Está transmitindo a ideia de que Satanás
governa o mundo descrente de uma maneira específica. Em 2 Coríntios 4:4, o
incrédulo segue agenda de Satanás: "o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho
da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus". O esquema de Satanás
inclui a promoção de falsas filosofias no mundo - filosofias que cegam o
incrédulo para a verdade do Evangelho. As filosofias de Satanás são as
fortalezas nas quais as pessoas são presas, e elas devem ser libertas por
Cristo. Um exemplo de tal filosofia falsa é a crença de que o homem possa
ganhar o favor de Deus por um determinado ato ou atos. Em quase todas as
religiões falsas, merecer o favor de Deus ou ganhar a vida eterna é um tema
predominante. Ganhar a salvação pelas obras, no entanto, é contrário à
revelação bíblica. O homem não pode trabalhar para ganhar o favor de Deus; a
vida eterna é um dom gratuito (ver Efésios 2:8-9). E esse dom gratuito está
disponível por meio de Jesus Cristo e só por Ele (João 3:16; 14:6). Você pode
perguntar por que a humanidade não simplesmente recebe o dom gratuito da
salvação (João 1:12). A resposta é que Satanás - o deus deste mundo - tem
tentado a humanidade a seguir o seu orgulho em seu lugar. Satanás define a
agenda, o mundo incrédulo a segue e a humanidade continua a ser enganada. Não é
à toa que a Bíblia chama de Satanás de um mentiroso (João 8:44).
2. A busca pelo poder terreno. Por trás desse sistema iníquo existe toda uma
filosofia de domínio. Esse poder pode estar presente tanto na esfera material
como na espiritual. É a busca pela glória e poder terreno. 0 Diabo sabe que o
desejo de ser celebrado, de ser chamado "senhor", é algo que fascina
os homens. Satanás sabia que derrubaria Adão se o convencesse de que ele
poderia se tornar poderoso ao adquirir conhecimento. Adão acreditou que até
mesmo poderia ser como Deus (Gn 3.5). A isca foi Lançada e Adão a engoliu! O
Diabo por certo acreditava que o mesmo aconteceria com Jesus, o Filho do Homem.
Mas Jesus não se dobrou diante de Satanás. Por certo, muitos estão exercitando
poder e domínio neste mundo, mas provavelmente também estão se curvando diante
de Satanás.
Comentário
Para Jesus, obter o domínio do mundo mediante a
adoração de Satanás seria não apenas uma contradição (Satanás ainda estaria no
comando), mas também romperia o primeiro mandamento, “Adorarás o Senhor, teu
Deus, e só a ele servirás” (Dt 6.4,5, 13). Para realizar a sua missão de trazer
salvação ao mundo, Jesus precisaria seguir o caminho da submissão a Deus.
Matthew Henry em seu Comentário do Novo Testamento MATEUS A JOÃO (CPAD),
escreve: “Satanás exigiu dele honra e adoração: Portanto, se tu me adorares,
tudo será teu, v. 7. Em primeiro lugar, Satanás deseja que o Senhor o adore.
Talvez ele não queira dizer nunca mais adorar a Deus Pai, mas adorá-lo junto
com a adoração oferecida a Deus Pai; porque o diabo sabe, que se ele conseguir
apenas uma vez se fazer sócio, logo será o único proprietário. Em segundo
lugar, Satanás faria um contrato com o Senhor Jesus, de que quando, de acordo
com esta promessa, Ele tomasse posse dos reinos deste mundo, não faria nenhuma
alteração nas religiões do mundo, mas toleraria as nações como havia feito até
aquele momento, permitindo que sacrificassem aos demônios (1 Co 10.20). Por
esta proposta, o Senhor Jesus deveria ainda manter o culto aos demônios no
mundo, e então deixá-lo tomar todo o poder e a glória dos reinos se lhe
agradasse. Que a riqueza e a grandeza desta terra fiquem para quem quiser;
porém, quanto a Satanás, este nada terá se não tiver o coração dos homens, bem
como os seus sentimentos e a sua adoração. O diabo só pode operar nos filhos da
desobediência, e é assim que ele eficazmente os devora. (2) Como o nosso Senhor
Jesus triunfou sobre esta tentação. Ele deu à tentação uma repulsa terminante,
e a rejeitou com veemência (v. 8): “Vai-te, Satanás, não suporto a menção
disto. O que? Adorar o inimigo do Deus a quem eu vim servir? e do homem a quem
eu vim salvar? Não, Nunca farei isto.” Uma tentação como esta não era para ser
analisada, mas recusada imediatamente; o assunto foi liquidado com uma única
palavra, Está escrito: Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a Ele servirás; e não
somente isto, mas somente a Ele adorarás; a Ele e a nenhum outro. Portanto,
Cristo não adorará a Satanás, e quando tiver os reinos do mundo entregues a si
por seu Pai, como espera em breve receber, jamais permitirá que qualquer
adoração ao diabo continue neles. Onde quer que chegue o seu Evangelho, tudo o
que for maligno será perfeitamente arrancado e abolido. Cristo não fará nenhum
acordo com o diabo. O politeísmo e a idolatria deverão sucumbir, quando se
levantar o reino de Cristo. Os homens devem se converter do poder de Satanás
para Deus, do culto aos demônios para o culto ao único Deus vivo e verdadeiro.
Esta é a grande lei divina que Deus restabelecerá entre os homens, e por sua
santa religião reduzirá o homem à obediência: só Deus deve ser adorado e
servido; portanto, qualquer que toma qualquer criatura como objeto de culto
religioso - mesmo que seja um santo ou um anjo, ou a própria virgem Maria -
frustra diretamente o desígnio de Cristo, e cai no paganismo”. HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição
completa.Editora CPAD. pag. 547-548.
IV - A
TENTAÇÃO DE SER NOTADO
1. A artimanha do Inimigo. O Diabo não desiste nas primeiras
derrotas e arrisca tentar Jesus mais uma vez com seu jargão predileto: "Se
tu és" (Lc 4.9). Todavia, agora ele acrescenta a frase: "porque está
escrito" (Lc 4.10). Satanás tenta derrotar Jesus usando a Bíblia!
Evidentemente que ele usa o Salmo 91 fora do seu contexto! Quando a Palavra do
Senhor tem exatamente o sentido do que o Criador disse, então ela é de fato a
Palavra dEle. Porém, quando passa a possuir um sentido particular, isto é, que
Deus não disse, não é mais a Palavra dEle, mas palavras de Satanás. A Bíblia
usada fora do seu contexto, como fez o Diabo e as seitas que ele criou, não é a
Palavra de Deus, mas uma arma do Maligno. É preciso muito cuidado quando se vê
alguém manusear a Bíblia. Pode ser que esse "manuseio" não esteja a
serviço de Deus!
Comentário
Aqui, pela primeira vez, Satanás
fez uso das Escrituras. Os rabis deram uma interpretação messiânica ao Salmo
91.11 e seguintes. Jesus não argumentou contra o uso feito por Satanás dessa
passagem, desde que esse não era o conflito básico. A tentação pedia que Jesus
criasse uma situação de perigo, enquanto na primeira tentação a crise (fome) já
existia. Era como se Satanás estivesse dizendo: “Você não poderá conhecer- se,
nem a veracidade da promessa de Deus, enquanto não fizer um teste. Satanás é um
ser oportunista. Ele é como um vírus oportunista que ataca quando a nossa
imunidade está baixa. Se a nossa imunidade espiritual estiver baixa ele irá
atacar com todas as forças, embora ele ataque todos os dias, mas se a nossa
imunidade espiritual estiver baixa ele irá triunfar sobre nós. Temos como
exemplo Davi que caiu em adultério. Era tempo de guerra e ele estava em casa. O
diabo cita a Escritura; ele põe como isca no seu anzol os versículos da Bíblia.
Pessoas frequentemente aceitam qualquer ensinamento, se está acompanhado por um
bocado de versículos. Mas cuidado! O mesmo diabo que pode disfarçar-se como um
anjo celestial (2 Coríntios 11:13-15) pode, certamente, deturpar as Escrituras
para seus próprios propósitos. O diabo fez três enganos: Primeiro, não tomou
todas as Escrituras. Jesus replicou com: "Também está escrito". A
verdade é a soma de tudo o que Deus diz; por isso precisamos estudar todos os
ensinamentos das Escrituras a respeito de um determinado assunto para conhecer
verdadeiramente a vontade de Deus. Segundo, ele tomou a passagem fora do
contexto. O Salmo 91, no contexto, conforta o homem que confia e depende do
Senhor; ao homem que sente necessidade de testar o Senhor nada é prometido
aqui. Terceiro, Satanás usou uma passagem figurada literalmente. No contexto, o
ponto não era uma proteção física, mas uma espiritual. Jesus venceu em uma
área, então o diabo se mudou para outra. Temos que estar sempre em guarda (1
Pedro 5:8). A confiança não experimenta, não continua pondo condições ao nosso
serviço a Deus, e não continua exigindo mais prova. Em vista da abundante
evidência que Deus apresentou, é perverso pedir a Deus para fazer algo mais
para dar prova de si.
2. A busca pelo prestígio. Quando o Diabo quer ver a queda de alguém, procura
levá-lo até o ponto mais alto (Lc 4.9). É a tentação de ser visto, de ser
notado. Era algo muito tentador saber que dezenas, talvez centenas de pessoas,
estariam ali para ver e aplaudir aquela cena com características cinematográficas.
Jesus não se dobrou frente aos apelos de Satanás. Há um reconhecimento e uma
fama que são bíblicas e não há nada pecaminoso nisso (Gn 12.2; 2 Sm 7.9).
Todavia, quando o desejo por publicidade se torna um fim em si mesmo, então
passa-se a fazer o jogo do Diabo. Infelizmente, muitos não medem esforços para
se exibir. Isso é pecado, mesmo que seja na esfera religiosa ou espiritual.
Comentário
A confiança verdadeira aceita a
palavra de Deus e não necessita testá-la. Matthew Henry em sua obra Novo Testamento MATEUS A JOÃO (CPAD ), comenta: “O diabo o
tentou a ser o seu próprio assassino, em uma presunçosa confiança da proteção
de seu Pai, da qual Ele não tinha nenhuma garantia. Observe: (1) O que o diabo
pretendia com esta tentação: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo,
v. 9. [1] Ele queria que Cristo buscasse uma nova prova de que era o Filho de
DEUS, como se a prova que o seu Pai havia lhe dado, pela voz do céu, e a
descida do Espírito sobre Ele não fossem suficientes. Isto seria uma desonra
para Deus, como se Ele não tivesse escolhido o meio mais adequado de lhe dar
esta garantia; e teria sido uma falta de confiança de que o Espírito habitava
nele, o que era a maior prova e a prova mais convincente de que o Senhor Jesus
era o Filho de DEUS, Hebreus 1.8,9. [2] Ele queria que Cristo buscasse um novo
método de proclamar e anunciar isto ao mundo. O diabo, na verdade, sugere que o
Senhor Jesus foi confirmado como sendo o Filho de Deus em uma região afastada,
na companhia de pessoas comuns, que compareceram ao batismo de João, e que
estas honras foram proclamadas nestas condições desfavoráveis; mas se Ele agora
declarasse no pináculo do templo, em meio a todas as pessoas importantes que
compareciam ao serviço no templo, que Ele era o Filho de Deus, e então, para
prová-lo, se lançasse de lá de cima e saísse ileso, com certeza seria recebido
por todos como um mensageiro enviado do céu. Assim Satanás teria feito com que
o Senhor Jesus buscasse honras conforme um plano diabólico (desprezando tudo o que
Deus havia feito a respeito dele), e assim se manifestasse no templo de
Jerusalém. Porém Deus Pai planejou que o Senhor Jesus se manifestasse mais
entre os penitentes de João, por quem a sua doutrina seria mais bem recebida do
que pelos sacerdotes. [3] E provável que o diabo tivesse alguma esperança de
que, embora não pudesse lançá-lo abaixo, causando-lhe algum dano, pudesse
convencê-lo a se lançar abaixo, e a queda poderia ser a sua morte; então o
diabo o teria finalmente fora do caminho”. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO
Edição completa.Editora CPAD. pag. 548.
CONCLUSÃO
Jesus venceu Satanás no deserto e em todas as
outras situações em que o confrontou durante o seu ministério terreno (Lc
4.1-13; 10.18,19). Na cruz do Calvário, o Filho de Deus derrotou Satanás de
forma definitiva (Cl 2.15; Hb 2.14). Posteriormente, o apóstolo Paulo ensinaria
à Igreja que todos aqueles que se encontram em Cristo também participam dessa
vitória (Ef 1.20-22; 2.6). Em Cristo somos mais do que vencedores (Rm 8.37; 1
Co 15.57), todavia, como cristãos criteriosos, não devemos subestimar o mal (Lc
22.31-34).
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