O ataque foi realizado próximo à fronteira com a Somália, em uma
universidade. Os terroristas entraram atirando no campus e fizeram professores
e alunos reféns, antes de separá-los em grupos de muçulmanos e não-muçulmanos.
As agências de notícias internacionais informaram que imagens do
massacre mostram corpos cobertos de sangue em uma sala da universidade. Ao
ouvir os disparos, alguns estudantes tomaram a iniciativa de fugir. “Estávamos
dormindo e ouvimos alguns tiros. Era um grupo em torno de cinco [terroristas] e
as pessoas começaram a pular, correndo por suas vidas”, disse um estudante, que
não quis se identificar, em entrevista à Reuters.
Uma estudante cristã que sobreviveu disse que estava em um grupo de
oração quando começou o atentado. Amuna Geoffreys disse que se escondeu e
conseguiu ouvir os diálogos entre os terroristas: “Os assassinos ordenavam que
ligassem para suas casas para dizer aos pais: ‘Morremos porque Uhuru Kenyatta
(presidente queniano) insiste em permanecer na Somália’ Enquanto faziam as
ligações eles os matavam”, relatou.
A data escolhida foi proposital, segundo os próprios terroristas: “Não
tememos a morte, para nós é como ir de férias na Páscoa”, diziam os extremistas
islâmicos segundo relato da estudante, fazendo referência ao feriado cristão
celebrado no último domingo.
As autoridades quenianas ofereceram recompensa equivalente a US$ 215 mil
dólares por informações que levem à prisão de Mohamed Mohamud, líder do ataque
do Al Shabaab. O grupo é filiado à Al-Qaeda e foi fundado em 2004.
A escolha do termo “shabaab” (“juventude”) como nome é comum a diversos
grupos de jovens muçulmanos ao redor do mundo, o que pode causar confusão com
outras organizações religiosas de nome idêntico, porém sem atuação terrorista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário