Janot atualmente é o principal nome da Procuradoria-Geral da República
(PGR) no caso do petrolão, e tem sido responsável por levar ao Supremo Tribunal
Federal (STF) os nomes dos acusados de corrupção pelos investigados na Operação
Lava-Jato da Polícia Federal (PF). Mais de 50 políticos já foram indiciados e
tiveram seus nomes indicados ao STF para serem investigados.
Mesmo em meio ao maior escândalo de corrupção da história do Brasil,
Janot encontrou tempo e disposição para questionar a obrigatoriedade que as
leis estaduais das quatro unidades exigem quanto à presença da Bíblia Sagrada
no acervo de escolas e bibliotecas.
Além disso, Janot também moveu ação contra o estado de Rondônia, que tem
uma lei em vigor que estabelece a Bíblia como uma publicação-base de “fonte
doutrinária para fundamentar princípios, usos e costumes de comunidades,
igrejas e grupos”.
“O Estado de Rondônia não se
restringiu a reconhecer o exercício de direitos fundamentais a cidadãos
religiosos, chegando ao ponto de oficializar naquele ente da federação livro
religioso adotado por crenças específicas, especialmente as de origem cristã, em
contrariedade ao seu dever de não adotar, não se identificar, não tornar
oficial nem promover visões de mundo de ordem religiosa, moral, ética ou
filosófica”, afirmou Janot, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo o procurador, o Estado não pode adotar, manter nem fazer
proselitismo de qualquer crença específica: “O princípio da laicidade lhe
impede de fazer, por atos administrativos, legislativos ou judiciais, juízos
sobre o grau de correção e verdade de uma crença, ou de conceder tratamentos
privilegiados de uma religiosidade em detrimento de outras”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário