De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), “os
jihadistas submetem as crianças, a quem chamam de ‘filhotes dos leões do
Califado’, a intensivos treinamentos militares e religiosos nos territórios que
controlam na Síria”.
A ONG é sediada na Inglaterra e acompanha os acontecimentos no país,
posicionando-se de forma objetiva, sem o temor de retaliações.
Os terroristas do Estado Islâmico têm divulgado vídeos nas redes sociais
que mostram crianças efetuando disparos e se submetendo a treinamento militar
pesado, com exercícios práticos de decapitação dos reféns. A propaganda dos
extremistas também mostra as crianças sírias estudando textos religiosos.
“Quando atingem a idade de 15 anos, esses meninos têm a opção de virar
verdadeiros combatentes que recebem salário. O EI tenta atrair as crianças com
dinheiro e armas”, afirmou Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH, segundo
informações da agência France Presse.
A atuação das crianças recrutadas é diversificada, e os terroristas os
colocam em missões de reconhecimento e inteligência, ou são enviados para
postos de controle do Estado Islâmico nos territórios já dominados, para
atuarem como guardas.
Porém, há casos em que as crianças são recrutadas para propósitos ainda
mais violentos. Em um vídeo publicado semanas atrás, um menino de 12 anos foi
filmado executando um refém, contra quem disparou diversas vezes.
“Trata-se de uma lavagem
cerebral”, afirmou o diretor da OSDH, lembrando que o Estado Islâmico já
colocou crianças para perpetrarem atentados terroristas, usando-os como
homens-bomba.
Outra entidade de preservação dos Direitos Humanos, a Human Rights Watch
também comentou a situação e lamentou os fatos: “O chocante é que não escondem
que usam crianças, ao contrário, se orgulham disso”, disse Nadim Hury, diretor
adjunto para o Oriente Médio da entidade.
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