Martha Nagbe foi condenada pelo Tribunal da cidade
a pagar uma multa de US$ 150 por causa das orações “muito altas”, que foram
consideradas uma “contravenção”.
De acordo com o Christian Post, a esposa do pastor
Juwle Nagbe, disse que pagaria a multa, mas não deixaria de expressar sua fé em
Deus por entender que seus direitos como cidadã estavam sendo violados.
Juwle e Martha Nagbe são liberianos, e imigraram do
continente africano anos atrás. Hoje, já são naturalizados norte-americanos e
Juwle é dirigente da congregação da Igreja Metodista Unida na cidade.
“Eu não posso parar. Eu estou confiando em Deus”,
disse Martha Nagbe em entrevista a uma emissora de TV da região.
A evangélica disse que a Polícia da cidade havia
dito a ela que parasse de orar no centro da cidade e nos bairros, porque os
moradores a acusavam de “perturbar a paz”. Na entrevista, Martha disse que
tomou a advertência como uma contradição do que o país diz ser a democracia.
No entanto, a xerife da cidade disse que a
contravenção de Martha não era a oração em público, mas sim o volume das preces:
“Quero dizer, todos nós precisamos de orações e é ótimo que ela esteja lá fora,
orando por todos nós. Mas é apenas o volume de sua voz que precisa abaixar”,
disse a oficial Jeanette Persons.
Jeanette afirmou que não é correto dizer que os
direitos de Martha Nagbe estão sendo violados pois a multa aplicada não
aconteceu por causa de sua etnia, religião ou por expressar suas ideias, mas
sim, por fazer barulho e, segundo alguns moradores, ficar “gritando” na porta
de suas casas.
A xerife disse que sugeriu à evangélica que abaixe
a voz como sinal de sua intenção de resolver os problemas de forma pacífica.
O marido de Martha lamentou que a situação tenha se
tornado tão controversa: “Eles a antagonizam, para fazê-la parecer uma pessoa
ruim e isso às vezes me deixa irritado. Alguém deveria dar a ela o respeito que
ela merece”, disse o pastor Juwle Nagbe.
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