“Algumas pessoas não sabem, mas os grandes direitos
humanos nasceram com a comunidade protestante, com os evangélicos. Um dos
maiores líderes de direitos humanos no mundo foi um pastor pentecostal do mesmo
segmento que o meu, doutor Martin Luther King. Ao falar dentro da sua igreja,
Luther King citava a bíblia, e a gente cita o que é errado e o que é certo, o
que é pecado e o que não é”, disse o pastor, queixando-se da forma como sua
gestão à frente da CDHM é comentada pelos colegas do Congresso.
Martin Luther King tornou-se uma liderança mundial
em defesa dos direitos humanos entre as décadas de 1950 e 1960, conquistando
grandes avanços quanto aos direitos civis da população negra nos Estados
Unidos.
O discurso de Feliciano foi feito após a eleição do
deputado Paulo Pimenta (PT-RS) para a presidência da CDHM. O acordo proposto
pelo Partido dos Trabalhadores que colocaria Feliciano como um dos vice-presidentes da comissão acabou
desfeito por pressão da bancada evangélica, que não aceitava a participação de
Wyllys na negociação.
De acordo com a Folha de S. Paulo, o deputado
eleito para presidir a CDHM fez um aceno aos parlamentares evangélicos,
propondo uma convivência respeitosa e dizendo que “todas as pessoas têm o mesmo
valor”.
Pimenta ressaltou que o propósito da CDHM é lutar
contra injustiças: “O papel político [da comissão] e que seus representantes
devem ser uma voz atuante na luta contra as diversas formas de exclusão e de
discriminação. Não podemos admitir a fragilização da cultura dos Direitos
Humanos. É urgente que se promova o debate necessário à constituição de novas
formas de convivência fundadas nos princípios da solidariedade, da
sustentabilidade, da diversidade e da inclusão”, pontuou.
O pastor e deputado federal Sóstenes Cavalvante
(PSD-RJ), aliado do pastor Silas Malafaia, disse que o PT “estuprou” sua
candidatura à presidência da CDHM. Sóstenes exerce seu primeiro mandato e
pretendia lançar uma candidatura avulsa para comandar a comissão pois havia
reunido os votos necessários para derrotar Paulo Pimenta.
“Tenho aqui que fazer uma denúncia que o PT e o
governo, com a manutenção do acordo de liderança, violou, estuprou os partidos
que têm liderança nessa comissão”, queixou-se Sóstenes, segundo o Yahoo!.
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