Marisa entrou no radar do CRP-PR por sua profissão
pública de fé, sua defesa da família tradicional e militância a favor do
direito dos homossexuais terem liberdade de buscar aconselhamento profissional
psicológico sobre suas opções sexuais.
A sentença de novembro de 2014, que anulava a
cassação do registro de Marisa Lobo, apontava diversas irregularidades no
processo conduzido pelo CRP-PR, com a observação feita pelo juiz Federal
Cláudio Roberto da Silva de que a “coincidência” da data do julgamento com a
Marcha para Jesus no Paraná possuía conotações impróprias.
À época, o juiz Silva afirmou também que uma
entrevista concedida pela gerente técnica do CRP-PR na véspera do julgamento
violava o sigilo processual exigido pelo artigo 29 do Código de Processamento
Disciplinar.
Sobre a nova batalha judicial que deverá enfrentar,
Marisa Lobo disse que está preparada: “Não foi surpresa. Sabíamos que o CRP não
iria aceitar a decisão, pois está claro que a intenção não é proteger a
sociedade de maus profissionais e sim servir a cabeça de um profissional
cristão para o ativismo LGBTT do qual o CRP pertence”, disse, em entrevista ao
Guia-me.
Marisa afirma que se espelha no caso do pastor
Silas Malafaia, que é psicólogo que já enfrentou cinco processos semelhantes,
sempre vencendo na Justiça: “Tentaram calar Silas Malafaia não conseguiram, se
voltam contra mim e eu já provei com depoimentos de pacientes, que nunca, em
tempo algum no exercício de minha profissão, conduzi minhas sessões de terapia
por convicções religiosas e ou de orientação sexual”, frisou.
Por fim, a psicóloga cristã diz ter fé na Justiça:
“Eu creio e espero que ainda exista imparcialidade pelo menos no magistrado e
que reconheçam e enxerguem o que o juiz do meu processo bem como a OAB
reconheceram que meu caso é uma vergonhosa perseguição religiosa doentia”.
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