Cerca de 200 combatentes do Boko Jaram morreram na ofensiva, assim como
10 soldados doChade,
segundo a fonte. “Damasak foi retomada pela coalizão após violentos combates”,
confirmou um oficial nigerino.
Nem o governo nem o exército do Níger, que realiza sua primeira incursão
em território nigeriano, fez declarações sobre esta vitória contra o Boko
Haram, que jurou no sábado fidelidade ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
Os exércitos do Chade e do Níger lançaram no domingo uma grande ofensiva
terrestre e aérea contra o Boko Haram no nordeste da Nigéria, a partir do
sudeste do vizinho Níger.
Esta ofensiva marca a abertura de uma segunda frente de combate contra
os extremista na Nigérias. O Chade também conduz desde o final de fevereiro uma
outra ofensiva em território nigeriano a partir de Camarões, do outro lado do
Lago Chade.
O presidente do Chade, Idriss Deby Itno, prometeu na quarta-feira
destruir "o grupo armado e eliminar seu líder, Abubakar Shekau, se ele não
se render".
A rádio privada Anfani, com sede em Diffa, contabilizou no domingo
"mais de 200 veículos" militares em um comboio que partiu para a
Nigéria.
Milhares de soldados do Níger e Chade estão posicionados há mais de um
mês em posição defensiva na província de Diffa, sob o fogo de Boko Haram.
De acordo com uma autoridade de Diffa, os soldados partiram para a
guerra sob os aplausos dos habitantes. Homens, mulheres e crianças
"acompanharam o comboio por 10 quilômetros" para incentivar os
soldados, contou.
O Boko Haram havia tomado Damasak em 24 de novembro, matando cinquenta
pessoas e obrigando 3.000 outras a fugir, de acordo com o Alto Comissariado das
Nações Unidas para os Refugiados.
Os combatentes islâmicos entraram na cidade vestidos como comerciantes e
escondendo as suas armas em caixas de mercadorias.
O Boko Haram, cujo número de combatentes é estimado em vários milhares,
reuniu suas tropas esta semana em seu reduto de Gwoza, no nordeste da Nigéria,
enquanto que os atentados e massacres de civis continuam no país.
No sábado, pelo menos 58 pessoas morreram e 139 outras ficaram feridas
em três explosões - incluindo um ataque suicida - atribuídos aos islamistas em
Maiduguri, berço histórico do Boko Haram e capital do estado nigeriano de Borno
(nordeste).
No mesmo dia, o líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, jurou lealdade ao
EI, segundo uma mensagem de áudio divulgada no Twitter.
"Anunciamos nossa lealdade ao califa dos muçulmanos, Ibrahim",
diz uma voz na mensagem, em referência ao líder do EI, Abu Bakr al-Bagdadi.
O áudio, cuja voz pode ser do próprio Shekau, é falado em árabe mas com
legendas em francês e inglês.
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