Rimsha está presa em presídio de segurança máxima e seus pais tiveram que deixar a casa onde viviam. |
A história da
menina de 11 anos que foi presa no Paquistão ganhou uma nova versão, agências
internacionais divulgaram a prisão de um imã que teria plantado provas para
incriminar a jovem que está presa há mais de duas semanas.
Rimsha Masih
foi acusada de levar dentro de um saco de lixo algumas folhas queimadas do
Corão, mesmo tendo problemas mentais a garota foi levada para a delegacia
depois que os vizinhos se revoltaram e chamaram a polícia do bairro pobre de
Mehrabad, próximo a capital Islamabad.
O caso teve
desdobramentos depois que a polícia investigou e chegou até o imã Khalid
Chrishti que denunciou a garota, segundo testemunhas foi ele quem colocou
páginas do livro sagrado dos muçulmanos entre as páginas que a garota levava no
saco com a intenção de incriminá-la.
“O irmão
(Khalid Chishti) foi preso depois que seu vice, Maulvi Zubair, e outras duas
pessoas terem afirmado a um magistrado que ele colocou páginas do Alcorão entre
as páginas queimadas trazidas a ele por uma testemunha”, disse o investigador
Munin Hussain Jaffri.
Ainda de
acordo com as testemunhas a intenção do líder islâmico era fazer com que os
cristãos deixassem a região, o que de fato aconteceu já que muitas famílias,
incluindo os pais de Ramsha, deixaram o bairro temendo a vingança dos vizinhos
muçulmanos.
Agora o imã
será julgado por ter sido ele quem queimou o Corão, que na lei paquistanesa é
um crime de blasfêmia, podendo ser condenado a prisão perpétua.
“Ao colocar
essas páginas nas cinzas, ele também cometeu profanação do sagrado Alcorão e
ele está sendo acusado de blasfêmia”, disse o investigador.
O caso de
Rimsha já tinha causado indignação na comunidade internacional que não apoia a
prisão de crianças em presídios de segurança máxima, principalmente quando a
criança sofre de problemas mentais, mas com essas novas informações há
esperança de que a jovem seja libertada.
Com informações UOL
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