Poucas horas após a conclusão da visita de Bento XVI ao Líbano,
em um discurso transmitido pela televisão, o líder do Hezbollah, Hassan
Nasrallah, anunciou sete dias de protestos contra o filme que insultou Maomé, e
contra os Estados Unidos, onde foi produzido.
Nasrallah destacou que, intencionalmente, esperou a saída de Bento XVI antes de lançar a iniciativa. "Aqueles que deveriam ser responsabilizados, punidos, julgados e boicotados são aqueles diretamente responsáveis por esse filme e aqueles que estão por trás deles e os que os apoiam e protegem, principalmente os Estados Unidos da América". O líder muçulmano também pediu aos governos árabes e islâmicos pela pressão por uma “lei internacional executável, que proíba insultos ao islamismo e outras religiões.”
Hassan Nasrallah também pediu aos muçulmanos de todo o mundo para protestar contra o filme, o qual ele descreveu como "o pior ataque já promovido contra o Islã; pior do que Os Versos Satânicos de Salman Rushdie, a queima do Alcorão no Afeganistão e as caricaturas nos meios de comunicação europeus".
Nasrallah destacou que, intencionalmente, esperou a saída de Bento XVI antes de lançar a iniciativa. "Aqueles que deveriam ser responsabilizados, punidos, julgados e boicotados são aqueles diretamente responsáveis por esse filme e aqueles que estão por trás deles e os que os apoiam e protegem, principalmente os Estados Unidos da América". O líder muçulmano também pediu aos governos árabes e islâmicos pela pressão por uma “lei internacional executável, que proíba insultos ao islamismo e outras religiões.”
Hassan Nasrallah também pediu aos muçulmanos de todo o mundo para protestar contra o filme, o qual ele descreveu como "o pior ataque já promovido contra o Islã; pior do que Os Versos Satânicos de Salman Rushdie, a queima do Alcorão no Afeganistão e as caricaturas nos meios de comunicação europeus".
Apenas alguns dias atrás, os Estados
Unidos moveram sanções contra o líder do Hezbollah, Nasrallah e outros dois
pelo seu apoio ao presidente da Síria, Bashar al-Assad. Desde 2001, os EUA
consideram o Hezbollah um grupo terrorista.
No Líbano, nestes dias de visita do Papa, não houve manifestações contra o
filme, exceto no norte do país, em Trípoli, onde a população é
predominantemente sunita.
Mas, as declarações contrárias ao vídeo blasfemo estão se espalhando em grande
parte do mundo islâmico, apoiadas, principalmente, por muçulmanos
fundamentalistas. Na manhã de ontem, cerca de mil pessoas se manifestaram em
Cabul (Afeganistão).
Domingo (16), um comício em Karachi (Paquistão) terminou com confrontos entre a
polícia e manifestantes. Uma pessoa foi morta.
A maioria dos governos do mundo islâmico, embora condenem o
filme, estão, no entanto, se distanciando da violência e protestos que se
seguiram; a Líbia, porém, caminha notadamente na direção oposta; já que, na
noite de 11 de setembro, o consulado dos EUA, em Benghazi, foi atacado e o
embaixador Christopher Stevens e outros três funcionários foram mortos.
Segunda-feira (17), em um programa de televisão dos EUA, o presidente interino
da Líbia, Magarief Mohammed, disse que seu governo já prendeu 50 pessoas ligadas
ao ataque contra o consulado. Magarief afirmou que alguns dos presos não são
líbios, e são ligados à Al-Qaeda, do Mali e Argélia. Ele alegou que os demais
que foram presos são "simpatizantes da Al Qaeda."
Em contraste, Susan Rice, embaixadora dos EUA na ONU, disse domingo, que
informações preliminares do governo indicam que o ataque contra o consulado não
foi planejado.
Segundo a agência de notícias BBC, “o vídeo de menos de 15 minutos postado no YouTube
sob o título Innocence of Muslims (Inocência
dos Muçulmanos, em tradução livre) foi criticado por representar o profeta
Maomé de maneira desrespeitosa”.
Protestos foram realizados na tarde dessa segunda-feira (17), em
Beirute, onde o Hezbollah tem forte influência, assim como em outros países
onde as crenças do islamismo fazem as vezes da legislação. Estão planejadas
outras manifestações para quarta-feira em Tiro; sexta-feira em Baalbek; Bint
Jbeil, sábado; e em Hermel e Bekaa, domingo.
Ainda de acordo com a BBC (notícia
em inglês), cerca de três mil manifestantes queimaram bandeiras dos EUA e de
Israel, na cidade de Marawi, no sul das Filipinas; no Iêmen, centenas de
estudantes na capital, Sanaa, pediram a expulsão do embaixador dos EUA.
Na capital da Indonésia, Jacarta,
centenas de manifestantes entraram em confronto com a polícia, atirando pedras
e bombas de gasolina. Oficiais responderam com gás lacrimogêneo; mais protestos
foram relatados em Srinagar, na Índia; centenas de palestinos fizeram uma
manifestação pacífica, na cidade de Ramallah.
Protestantes furiosos, dispararam
armas, incendiaram carros de polícia e gritaram slogans anti-EUA, na capital
afegã, Cabul. Uma pequena manifestação foi realizada ainda, em frente à
embaixada dos EUA na capital do Azerbaijão, Baku.
Fonte: Portas Abertas
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