Três
egípcios acusados de insultar a religião cristã serão julgados no país, dois
por terem queimado Bíblias. De acordo com a agência oficial Mena, Mohammed
Abdallah, conhecido como “Abu Islam”, presidente da rede de televisão Al-Omma,
seu filho Islam, diretor da mesma rede, e o repórter do jornal independente
Al-Tahrir, Hani Yassin Gadallah serão levados à justiça.
Islam e
seu filho, durante um protesto contra o filme anti-Islã “Inocência dos
Muçulmanos” queimaram um exemplar da Bíblia em frente à embaixada americana, de
acordo com aAFP. Abu Islan
também é acusado de ter insultado a religião cristã em uma entrevista ao
jornalista da Al-Tahrir.
Não
contente com a queima do exemplar da Bíblia, ele ainda teria declarado que da
próxima vez iria fazer seu neto urinar sobre a Bíblia. O fato gerou muitas reclamações de cristãos coptas no Egito.
No dia 11 de setembro milhares de muçulmanos
protestaram em frente à embaixada dos Estados Unidos no Cairo, com a divulgação
do filme anti-Islã nas redes sociais. Entre a multidão estavam jovens com
motivações políticas incertas e as manifestações foram permeadas por violência.
Os cristãos locais temem que a repercussão do filme
aumente a pressão sobre a comunidade que é considerada uma minoria religiosa no
Egito. Os cristãos coptas representam de 6 % a 10% dos 82 milhões de egípcios e
são comumente perseguidos e assediados.
A
Procuradoria Geral do Egito deu entrada a uma ação contra sete coptas egípcios que vivem nos
EUA acusados de terem
participado da produção do filme.
Outro cristão foi sentenciado a seis anos de prisão
por ter violado a imagem do profeta Maomé e do presidente Mohamed Mursi no
Facebook. No país árabe, qualquer representação do profeta Maomé é considerado
uma blasfêmia.
Fonte: Gospel+
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