Segundo as agências de notícias, o aiatolá Ali Khamenei, líder
supremo do Irã condenou a difusão de um filme considerado um “insulto” ao Islã
e que tem gerado violentos protestos em vários países árabes.
Khamenei classificou o filme A
Inocência dos Muçulmanoscomo “blasfêmia” e que “os principais
suspeitos dessa ação criminosa de insultar o grande profeta do Islã, Maomé, são
o regime sionista (Israel) e o Governo dos EUA, que o patrocinou
financeiramente, e esses devem ser levados à justiça”. Se o governo dos Estados
Unidos é sincero quando diz não ter nenhuma participação nessa ação
anti-islâmica, deve levar os autores desse ato criminoso à justiça”.
O dirigente iraniano considera que o
filme é “uma tentativa desesperada dos inimigos contra o despertar islâmico”.
Foram convocadas, em todo o Irã, manifestações publicadas após o período de
oração. Em Teerã, um grupo de estudantes e voluntários islâmicos (basij)
cantaram palavras de ordem contra Israel e os EUA e queimaram bandeiras desses
países.
Nesta quinta-feira (13), o grupo de
estudiosos União Internacional de Sábios Muçulmanos, reunidos no Catar, acusou
o Papa de espalhar “o medo” dos muçulmanos entre os cristãos. O acusou de
“incentivar a sedição” ao planejar “assinar uma exortação apostólica que contém
mensagens e ideias perigosas”. Trata-se de uma referência ao documento do
Sínodo de Bispos para o Oriente Médio, redigido no Vaticano em 2010, com a participação
de 185 bispos que o papa tem divulgado em sua passagem pelo Oriente Médio.
Por sua vez, o papa Bento XVI apelou
para que cristãos, judeus e muçulmanos possam “extirpar” o fundamentalismo
religioso. Durante
sua visita ao Oriente Médio nesta semana, ele afirmou que “o
fundamentalismo… procura tomar o poder para fins políticos, às vezes usando a
violência, sobre a consciência individual e sobre a religião”.
O Papa apelou ainda para que “a todos
os líderes religiosos do Oriente Médio para tentar, através de seu exemplo e
ensinamentos, fazer todo o possível para erradicar esta ameaça, que fatal e
indiscriminadamente afeta todos os fieis”.
Ele asseverou que as incertezas
político-econômicas da região e a manipulação por alguns contribuem para o
fundamentalismo que resulta na “falsificação de religião.”
Com informações Terra e Canadian Content
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