A-Zahar, líder do Hamas, e Marwan Issa, o vice comandante de seu braço militar,
passaram a primeira metade de setembro em Beirute e Teerã finalizando a
assinatura de protocolos que afirmam o compromisso dos lideres do Hamas na
Faixa de Gaza se juntarem a Irã, Síria e o Hezbollah na guerra contra
Israel.
Esses documentos foram divulgados por fontes militares que afirmam saber
os detalhes de como seriam os procedimentos e prazos que uniriam o Hamas e
outros grupos terroristas num conflito contra Israel, caso ocorra um ataque ao
Irã por causa de seu programa nuclear.
Foi noticiado por várias agências de notícias a declaração feita por
Mohammad Ali Jafari na semana passada, durante uma exposição militar da Guarda
Revolucionária Iraniana: “A guerra vai acontecer, mas não está claro quando ou
onde será”.
O governo em Teerã pediu a A-Zahar e Issa que dessem suporte a Bashara
Al Assad, comprovando que centenas de armas tem sido enviadas pelos iranianos
ao regime sírio que vive uma guerra há meses.
A assinatura do Hamas garante um reforço de 22.000 combatentes
treinados, incluindo reservistas, para as tropas de elite iraniana
das unidades das Brigadas Al Quds, que ficariam preparadas nas fronteiras
de Israel com a Síria e o Líbano.
As reuniões dos líderes do Hamas com o governo do Irã envolveram altos
funcionários, incluindo o ministro da Defesa, Ahmed Wahidi, o comandante da
Guarda Revolucionária, general Ali Jafari, o comandante das Brigadas Al Quds,
Brigadeiro Soleimani Qassem, e um grupo seleto de especialistas da inteligência
iraniana. Teerã busca alcançar dois objetivos:
1. O Hamas palestino é uma ramificação da Irmandade Muçulmana
egípcia, portanto fica ciente de que deve ajudar o Irã em assuntos militares na
região do Cairo.
2. Irã, Hezbollah e Síria desejam que o Hamas pare de obstruir as
atividades da guerrilha Jihad Islâmica na Faixa de Gaza e esteja pronto para
operar em conjunto com os palestinos contra Israel. Desde o início da
possível guerra, todos devem seguir as ordens de comando vindas do Irã.
Em contrapartida, o Hamas voltará a receber ajuda econômica iraniana e
novos suprimentos de mísseis e equipamentos de guerra avançados para melhorar a
precisão de seus ataques contra Israel.
O clima anda tenso na região. Em discurso na assembleia da ONU esta
semana, o presidente Mahmoud Ahmadinejad afirmou que Israel não tem raízes no
Oriente Médio e deveria ser eliminado.
Por sua vez, o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, propôs evacuar
assentamentos judaicos na Cisjordânia de forma unilateral, se os esforços por
um acordo de paz com os palestinos fracassarem. Ele defende que seria ideal
manter tropas israelenses em zonas da fronteira com a Jordânia.
Ao mesmo tempo, o ministro de Relações Exteriores israelense, Avigdor
Lieberman, afirmou que seu país não aceitará modificações no tratado de paz com
o Egito, em meio à crescente insegurança na fronteira entre os dois Estados.
O ataque mais recente aconteceu sexta-feira passada, quando morreram um
soldado israelense e outro ficou ferido durante um ataque de milicianos. Três
dos agressores morreram nos enfrentamentos com as tropas israelenses.
Fonte: Gospel Prime
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