Manobras na
região chamam atenção na iminência de guerra
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Navios
de guerra, porta-aviões, caça-minas e submarinos de 25 países estão reunidos no
Estreito de Ormuz, lugar estrategicamente importante em uma demonstração sem
precedentes de força enquanto Israel e Irã continuam com ameaça de guerra.
Entre as nações estão Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Arábia Saudita e os
Emirados Árabes Unidos, e a presença deve durar 12 dias.
Uma armada
naval dos EUA e da Grã-Bretanha está parada no Golfo Pérsico, visando prevenir
o ataque de Israel contra o programa secreto iraniano de armas nucleares. O
Estreito de Ormuz é uma das vias navegáveis internacionais mais congestionadas
do mundo. Possui apenas 21 quilômetros de largura no seu ponto mais
estreito e faz fronteira com a costa iraniana ao norte e com os Emirados Árabes
Unidos ao sul.
Neste domingo,
o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou durante entrevista
a uma rede de televisão americana que o Irã está muito próximo de concluir suas
armas nucleares. Ele estima que dentro de “seis ou sete meses” o governo de
Teerã terá enriquecido 90% do urânio suficiente para uma bomba.
Netanyahu
apelou para que o presidente Barack Obama intervenha com urgência na situação,
estabelecendo os “limites” que o Irã não poderia cruzar para assim evitar uma
ação militar.
“Vocês (os
Estados Unidos) têm que montar essa linha vermelha diante deles agora, antes
que seja tarde demais”, afirmou Netanyahu durante um programa de TV na rede NBC. Obama, por enquanto, se
recusa a tomar qualquer postura ofensiva, preferindo insistir no bloqueio
econômico.
John Sawers,
chefe do Serviço Secreto de Inteligência inglesa teria se encontrado com o
primeiro-ministro israelense Ehud Barak e, seu secretário da Defesa, há duas
semanas, em uma tentativa de evitar uma ação militar contra o Irã. A resposta
de Israel foi surpreendente: “O mundo diz a Israel: ‘Espere, ainda há
tempo.” E eu digo, ‘Esperar o quê? Esperar até quando?”.
Uma vez que a
maioria dos líderes ocidentais está convencida que o Irã vai retaliar qualquer
tentativa de ataque de Israel ou seus aliados, a iniciativa de enviar navios
para o Golfo Pérsico seria uma forma branda de fazer pressão sobre os dois
países.
Trata-se de
uma posição estratégica, pois por ali passam cerca de 18 milhões de barris de
petróleo por dia, cerca de 35% de todo o petróleo comercializado no mundo por
via marítima.
Porém, se o
Irã interromper a exportação petrolífera, isso teria efeito catastrófico sobre
as economias fragilizadas da Europa, dos Estados Unidos e do Japão, que ainda
dependem fortemente do petróleo e gás que passam pelo Golfo.
Essa força
multinacional naval no Golfo inclui três porta-aviões norte-americanos classe
Nimitz sendo que cada um carrega mais aeronaves do que toda a força aérea
iraniana. Eles são apoiados por pelo menos 12 navios de guerra, incluindo
cruzadores com mísseis balísticos, fragatas, destróieres e navios que
transportam milhares de fuzileiros navais e forças especiais dos EUA.
Em caso de
guerra, a principal ameaça contra a força multinacional viria da Guarda
Revolucionária Islâmica, que deverá adotar uma estratégia de “negação de
acesso”. Especialistas dizem que o Irã fará grandes manobras militares em
seu próprio território, para mostrar que está preparado para defender suas
instalações nucleares contra a ameaça de bombardeio aéreo.
Ali Fadavi,
almirante da Guarda Revolucionária Iraniana, recentemente afirmou que
“quaisquer tentativas dos inimigos” seriam frustradas e um alto preço cobrado.
Com informações VEJA e Telegraph
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