Quero fazer um pequeno comentário a respeito da postagem seguinte. Quero dizer que estou de pleno acordo com cada palavra citada pelo colega Missionário Cláudio Pimenta. Pois como ele, tenho também percorrido cada rincão do querido Nordeste brasileiro. Já citei aqui mesmo, a grande necessidade da pregação do evangelho aos amados irmãos nordestinos. Sei que no Nordeste há riquezas, há, tem pessoas abastadas, tem, o mínimo, mas tem. Mas, a grande maioria dos nordestinos vivem em estado de pobreza, são pobres na forma da lei. Mas a maior pobreza do Nordeste não é aquisitiva, não é econômica, a grande pobreza do Nordeste é a falta da Palavra de Deus na vida de cada nordestino. Somos um povo carente de Deus, necessitados da Palavra do Senhor, apegados a idolatria. Em quase toda cidade do Nordeste tem uma estátua e todos os dias se vê as enormes filas de romeiros, conduzindo suas imagens de esculturas e rogando a um deus que não pode salvar. Os que se dizem grandes pregadores, estão lá nas metrópoles nas grandes catedrais arrodeados de todo o conforto. Quero vê-los aqui conosco, andando de sol a sol montado em jegue subindo e descendo serras em busca apenas de uma alma que mora lá na grota, distante da civilização e se alimentando juntamente com seus filhos de camaleão ou prear, quando consegue caçar um animalzinho desses que surge na mata. Portanto, o evangelho da facilidade e da prosperidade, é fácil de pregar quando se estar nos grandes centros. Não duvido no poder de Deus, de forma alguma, pois sei que Ele pode dar riquezas se quiser, pode sim, Ele é o dono da prata e do ouro, só que não é da forma que pregadores sem bíblia estão pregando por aí a fora. Esses tais nunca deram um passo sequer além do quintal de sua casa, não fazem a obra missionária nem na rua em que moram. Faço minhas as palavras do colega missionário Cláudio Pimenta, e sinto na pelo o que o amado colega sente. Sei quanto é difícil evangelizar no Nordeste, bem como em países pobres, onde já estive por várias vezes, onde a fome nos obriga a comer gafanhotos na brasa, que aqui chamamos de grilo. E, se Deus me enviar mais uma ou mais vezes à esses países, irei comer grilo glorificando à Deus e ganhando almas para o seu Reino. Agora veja com atenção a postagem abaixo:
Junto a uma ossada, o Missionário Claudio Pimenta gravou um protesto bastante contundente, e convidou os Pastores que pregam na TV a conhecerem a realidade das cidades mais pobres do sertão brasileiro.
“Esse vídeo é um desabafo. Eu queria convidar os senhores evangelistas da TV, que estão nas grandes metrópoles, cidades com maiores índices de desenvolvimento humano, para virem pregar o evangelho falso da prosperidade nessa região, uma terra em que urubu morre de fome e só missionário compromissado com o Reino dos céus sobrevive”, declara o Missionário.
Ironizando a prática recorrente nas igrejas neopentecostais, o Missionário pede para que os pregadores da televisão visitem a região assolada pela seca e pobreza para que levem as riquezas mencionadas em suas pregações ao local: “Eu faço um apelo a vocês: se quiserem conhecer essa região, uma das localidades menos evangelizadas do Brasil, já que tudo que vocês tocam vira ouro podem vir aqui, transformar a vida desse povo. Aí sim, nós vamos dar credibilidade ao falso evangelho da falsa prosperidade”.
Citando passagens bíblicas em que o cristão é exortado a viver com o básico, como roupas e alimento, ele desafia novamente os pregadores da teologia da prosperidade. “Quero ver você, pregador da TV, pregar o evangelho da prosperidade na favela da Rocinha, ou no sertão do Ceará ou do Piauí, nas regiões menos evangelizadas, com pobreza extrema, onde as pessoas vivem com bolsas do governo federal, R$ 90, R$ 130, R$ 160 por mês. Quero ver vocês construírem suas catedrais, comprarem aviões, viverem luxuosamente, num lugar como esse” desafia Pimenta.
O Missionário encerra seu desabafo convidando os líderes cristãos a uma reflexão: “Fica aqui o meu apelo: usem o dinheiro que vocês estão gastando na compra de jatinhos, mansões, ternos de R$ 10 a R$ 20 mil e relógios caros, para pregar o evangelho e abrir igrejas nas cidades de menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano, que é estabelecido pela ONU – quanto menor, maior a pobreza) do Brasil, nas cidades mais miseráveis desse país. Aí sim, vocês estarão cumprindo o mandamento de Cristo”.
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