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terça-feira, 30 de junho de 2015

EBD - Lição 1 - de 5 de julho de 2015 - Uma mensagem à Igreja local e à liderança.

Missionário Vicente Dudman
 Formatura:
Teologia - Escola Teológica das
Assembleia de Deus no Brasil
Direito - Universidade Estácio de
Sá (Câmara Cascudo) no Rio
Grande do Norte.
Inglês - University of Texas
Estados Unidos.
Estamos disponibilizando pra você todo início de semana, mais um comentário sobre cada lição da EBD. Assim fazemos, para que os irmãos possam melhor preparar sua aula. Cada item, tem um comentário, para que o amado leitor entenda melhor os tópicos da lição. Estudaremos esta semana a lição de nº 1 desse terceiro trimestre, que tem como título:  UMA MENSAGEM À IGREJA LOCAL E À LIDERANÇA. Para cada tópico, deixamos o nosso comentário. Fizemos cuidadosa pesquisa a respeito dessa tão importante lição. Buscamos auxílio e Ainda recorremos a vários mestres no assunto, para que pudéssemos aplicá-lo para o seu melhor entendimento. Em caso de dúvidas com relação ao assunto, deixe seu comentário, a sua dúvida, no final desta postagem, que responderemos com todo prazer a sua pergunta. Espero que satisfaça a todos e uma boa aula.

INTRODUÇÃO

Neste trimestre teremos a oportunidade ímpar de estudar as Epístolas de 1 e 2 Timóteo e Tito. Estas cartas, em geral, são consideradas um conjunto, já que foram dirigidas a dois jovens pastores que cuidavam do rebanho do Senhor juntamente com Paulo. O conteúdo delas está repleto de conselhos úteis sobre a estrutura da vida na igreja. Estes conselhos fazem destas cartas verdadeiros manuais eclesiásticos para a liderança das Igrejas de hoje.  

Comentário
As cartas pastorais do apóstolo Paulo são um ponto levemente fora da curva entre os seus outros escritos do Novo Testamento, pela sua própria natureza: 1 e 2 Timóteo e Tito são cartas pessoais de um homem mais velho para jovens a quem ele quer bem, com orientações, comentários sobre conhecidos em comum e pedidos - como por exemplo, para pedir sua capa e pergaminhos. Esse tipo de expressão não é normal na Bíblia, e particularmente com relação a Paulo, de quem sabemos tanto de sua vida"missionária" ou de sua doutrina através do livro de Atos e das outras cartas. É como se o homem Paulo revelasse um pouco de sua vida pessoal, um vislumbre, é certo, que deu margem a muitas especulações, mas um vislumbre. J. N. D. Kelly - Novo Testamento - Vida Nova - Série Cultura Cristã. Timóteo era um nativo de Listra, uma colônia romana na província da Galácia. Filho de um casamento misto, seu pai era gentio e sua mãe, judia (At 16.1). Pouco se sabe sobre seu pai, que parece não ter se tornado cristão, mas sua mãe e avó parecem ter sido convertidas como resultado da visita de Paulo a Listra em sua primeira viagem missionária (2Tm 1.5). Desde sua infancia, elas haviam instruído Timóteo nas Escrituras judaicas (2Tm 3.14,15) e tiveram indubitável influência na própria conversão de Timóteo ao cristianismo. Tito era um cristão gentio que foi, provavelmente, convertido por Paulo (Tt 1.4). Não dispomos de muita informação sobre ele nem seu nome é mencionado em Atos. Paulo o levou consigo a Jerusalém no princípio de sua obra missionária, onde não permitiu que ele fosse circuncidado (Gl 2.1-3). Tito, aparentemente, acompanhou Paulo em sua segunda e terceira viagens missionárias e em parte da quarta. Foi um companheiro confiavel, com quem Paulo podia contar em situações delicadas como aquela de Corinto (2Co 2.13;7.6,13,14;8.6,16,23;12.18).


I - AS EPÍSTOLAS PASTORAIS

1. Cartas pastorais. As três epístolas que estudaremos são chamadas de cartas pastorais, e isso se deve ao fato de terem sido elas endereçadas a dois jovens pastores: Timóteo e Tito. Foram escritas por Paulo, um líder itinerante, que estava preocupado com os jovens pastores. Ele os instrui de modo cuidadoso a respeito do trato com a Igreja e com seus ministérios.

Comentário
As Epístolas pastorais são livros canônicos do Novo Testamento, foram escritas por Paulo de Tarso e se dirigem a Timóteo e a Tito. São agrupadas desde os primeiros séculos do cristianismo tal qual temos em nossas Bíblias: Primeira Epístola a Timóteo; Segunda Epístola a Timóteo, e Epístola a Tito. Foram chamadas pela primeira vez de Epístolas Pastorais no século XVIII. O título é apenas parcialmente uma descrição do seu conteúdo, pois não são estritamente pastorais no sentido de fornecer instrução sobre o cuidado das almas. A designação de pastoral é por serem dirigidas a pessoas que tinham responsabilidades pastorais. Diferente das demais epístolas paulinas quando se destinam a uma igreja ou um grupo de igrejas. Não há nada que indique que elas foram escritas na mesma data ou do mesmo local ou que o autor pretendesse que fossem um conjunto, entretanto estudos contemporâneos indicam que devem ser tratadas como um grupo. Possivelmente escritas no período do fim da vida do apóstolo Paulo, apresenta o pensamento dele preparando Timóteo e Tito para continuar a sua tarefa. Por esse motivo introduz uma diferente espécie de correspondência na literatura paulina em comparação com as demais epístolas anterioreshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ep%C3%ADstolas_pastorais. A biografia presente nessas cartas nos leva a crer que Paulo foi liberto do seu primeiro aprisionamento e preso novamente, algum tempo depois (alternativamente, ele pode ter sido liberto após sua primeira audiência, por um tempo determinado, até a data de uma segunda audiência).

2. Datas em que foram escritas. A Primeira Epístola de Timóteo foi escrita por volta de 64 d.C., entre a primeira e a segunda prisão de Paulo, e enviada de Roma ou da Macedônia (talvez Filipos). Em seguida, por volta de 65 d.C., foi escrita a Carta a Tito. Já a Segunda Epístola de Timóteo foi escrita em torno de 67 d.C., quando do segundo encarceramento do apóstolo, e antes de sua morte. Faz parte das "cartas da prisão", ao lado de Filipenses, Efésios, Colossenses e Filemon.

Comentário
Recentemente, alguns biblistas e comentaristas têm questionado a autoria, tradicionalmente aceita, de que Paulo é o autor destas epístolas, citando alegadas diferenças no vocabulário, estilo e teologia. Contudo, tais argumentos não convencem, e também não há razão persuasiva para negar que Paulo tenha escrito estas cartas, e de acordo com as saudações, o autor das três cartas pastorais (1º e 2º Timóteo e Tito) foi mesmo Paulo. De acordo com a tradição posterior, Paulo escreveu 1º Timóteo enquanto estava ainda no meio de sua quarta viagem missionária, entre os anos de 62-64 d.C. 2º Timóteo é a última carta escrita por Paulo. Preparou-a logo depois da sua quarta viagem missionária, provávelmente entre 64-68 d.C. Também a carta enviada a Tito foi escrita durante a quarta viagem missionária, entre 62 e 64 d.C.

3. Conteúdo. Estas epístolas formam um conjunto literário, devocional e doutrinário, em que se observam o mesmo vocabulário, o mesmo estilo e os mesmos propósitos para qual foram escritas. A estrutura foi elaborada com o intuito de alcançar seus destinatários com solenes ensinos e advertências da parte de Deus. O conteúdo pode ser resumido da seguinte maneira:
a) Saudação.  Nas saudações aos destinatários, Paulo demonstra o seu cuidado para com os jovens obreiros (1 Tm 1.2; Tt 1.1-4; 2 Tm 1.1,2);
b) Qualificações ministeriais. Paulo demonstra que para ser Ministro do Evangelho, há requisitos a serem respeitados (1 Tm 3.1-13; Tt 1.5-9);
c) Alerta contra os falsos mestres e as falsas doutrinas (1 Tm 4.1-5; Tt 1.10-16). Falsos mestres e falsas doutrinas já existiam nas igrejas e infelizmente ainda existem em muitos lugares;
d) O cuidado com a "sã doutrina" (1 Tm 1.10; 6.3; 2 Tm 1.13; 4.3; Tt 2.1); a falta desse cuidado contribui para a disseminação das heresias e desvios de toda a espécie;
e) Comportamento e conselhos a diversos grupos (1 Tm 5.1-25; Tt 2.1-10). Paulo fala a respeito dos servos, senhores, pais, filhos, jovens e outros grupos. 

Comentário
Paulo já era um homem mais velho (Filemon 9) e dependia cada vez mais da atuação dos homens que havia treinado durante a época mais ativa do seu ministério. Ele havia deixado Timóteo em Éfeso (1º Timóteo 1:3) e Tito em Creta (Tito 1:5) para continuarem o trabalho no ministério. Lucas ainda estava com ele (2º Timóteo 4:11), Tíquico tinha sido enviado a Éfeso (4:12) e a presença de Marcos era desejada. Paulo, pessoalmente, havia estado em Éfeso (1º Timóteo 1:3), Creta (Tito 1:5), Nicópolis (3:12), Corinto (2º Timóteo 4:20), Mileto (4:20) e Trôade (4:13) e estava em Roma naquele momento (1:17). Ele estava certo de que o fim de sua vida estava próximo (4:6-7). Há uma diferença entre as cartas pastorais, no entanto: I Timóteo e Tito mostram Paulo ainda ativo, viajando entre as cidades e aconselhando os seus aprendizes em questões do ministério. Já 2º Timóteo demonstra um tom de despedida (4:6-8).
É necessário estudar exaustivamente as Epístolas Pastorais pelas seguintes razões:
(1) Porque elas lançam luz sobre o importante problema da administração eclesiástica. Essas cartas contém algumas diretrizes acerca do culto publico que faríamos bem em prestar atenção? Que qualidades deve um homem possuir para ser um bom pastor? Um ancião digno? Um diácono consciente? Até que ponto poderiam as mulheres ser usadas na obra da igreja? Sobre quem repousa a responsabilidade primária de suprir os necessitados? Como o ministro deve tratar os homens de idade avançada que necessitam de conselho pastoral? E as mulheres idosas? E os jovens? E as jovens?
(2) Porque enfatizam a sã doutrina. É verdade que não importa o que uma pessoa creia contanto que seja sincera no que ela crê? A Bíblia é de fato “a Palavra de DEUS” tal como ela se apresenta, ou simplesmente se torna a Palavra de DEUS quando ela o ‘‘toca”? Como deve alguém defrontar-se com hereges? É possível prestar demasiada atenção aos erros deles?
(3) Porque exigem uma vida consagrada. É possível que uma pessoa seja “doutrinariamente sã”, porém “corrompida na prática”? Os homens maus devem ser disciplinados? Com que prontidão? Com que propósito em mente?
(4) Porque respondem a pergunta: "Os credos tem algum valor”? A igreja creu, no período de transição, na formulação de credos, nas declarações concisas e em outros meios de transmitir a verdade do evangelho aos interessados e a juventude? Havia alguns hinos? O lema: “Credos não, CRISTO sim” está em harmonia com o ensino das Pastorais?
(5) Porque nos informam das atividades finais na vida do grande apóstolo Paulo. O livro de Atos apresenta um relato completo de todas as suas viagens? Houve realmente duas prisões em Roma?
(6) Porque são uma valiosa fonte para a compreensão da história da igreja no terceiro quarto do 1º século d. C. (Ver M. C. Tenney, The New Testament, A Survey, p. 354).
(7) Porque nessas Epístolas, tanto quanto nas demais, DEUS nos fala.

II - PROPÓSITO E MENSAGEM

As cartas pastorais de 1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito tinham em comum os seguintes propósitos:

1. Orientar os líderes quanto à vida pessoal. Paulo exorta o jovem pastor Timóteo dizendo que ele deveria servir como exemplo em tudo (1 Tm 4.12, 16). Para estar na liderança de uma igreja local é imprescindível ter uma vida exemplar. Também é necessário  e importante que o líder saiba cuidar bem de sua vida familiar (1 Tm 3.1-13), a fim de que sua esposa e filhos tenham uma boa conduta.

Comentário
As cartas pastorais nos dão uma perspectiva profunda sobre a autoridade bíblica que foi concedida aos líderes das igrejas. Paulo, em I Timóteo, já dizia: “Saiba como as pessoas devem comportar-se na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e fundamento da verdade” (I Timóteo 3:15). Para que as pessoas soubessem como se comportar, era necessário que alguém as ensinasse e esperasse delas o tipo de comportamento adequado. Hoje, esses ensinamentos se fazem ainda mais necessários, porque saímos de um passado onde tínhamos um excesso de autoridade para um presente onde há escassez dela. Quais princípios norteavam a autoridade que Paulo exerceu sobre Timóteo e Tito e os ensinou a exercerem sobre os outros? Paulo sabia que a essência da liderança era a servidão (I Timóteo 4:10-12, Tito 2:7-8). Ele deu o exemplo a Timóteo e o chamou a imitá-lo (II Timóteo 3:10-11). Em muitas ocasiões, ao invés de ordenar algo a Timóteo ou a Tito, Paulo simplesmente pediu, recomendou, lembrou ou simplesmente os instruiu (I Timóteo 1:3, 1:18, 2:1, 4:6-7, 15, 5:1-2, 14, 21, 6:20, II Timóteo 2:14, 2:25, 4:1, Tito 2:2-6, 9, 3:1).

2. Combater as heresias. Paulo sabia das diversas heresias que ameaçavam as igrejas locais. O apóstolo estava preocupado com os crentes que já haviam sido seduzidos pelo judaísmo. O judaísmo exigia o cumprimento de vários rituais e liturgias, contudo Jesus nos ensinou uma nova maneira de cumprir a Lei e de viver. Jesus fez uma Nova Aliança com a humanidade mediante seu sacrifício na cruz. Naquele tempo havia também o perigo do gnosticismo, ou seja, uma filosofia herética, que defendia o dualismo, segundo o qual a matéria é má e o espírito é bom. Por isso, negava a encarnação de Cristo, pois o corpo, sendo matéria, contaminaria seu espírito. Paulo deixou Timóteo em Éfeso para amenizar os estragos dessa heresia, que se infiltrou no meio dos crentes, sob influência de Himeneu e Alexandre (1 Tm 1.19,20). 

Comentário
Paulo preparou a Timóteo ensinando-o como ministrar aos que tinha sob seu cuidado. Seus ensinamentos foram claros e específicos. Timóteo não teve que adivinhar o que seu mestre ou discipulador esperava dele. Estas instruções surgiram da experiência e sabedoria de Paulo. Os líderes servidores preparam a outros instruindo-os nas áreas específicas de seu ministério. Paulo faz apelo angustiado a Timóteo para que este guarde fielmente a fé genuína, ante a apostasia vindoura (1 Tm 4.1; 6.20; 2 Tm 1.14). Cada crente deve imitar um Paulo em sua vida porque “você necessita de alguém que tenha atravessado o caminho”. Cada crente necessita de um Barnabé porque precisa de alguém “que o ame, mas que não se deixe impressionar por você”. Necessita de um Timóteo “cuja vida está edificando”. (Fp 2.19 - ARA). Há pastores que pregam, ensinam, pastoreiam ou escrevem, não com solicitude genuína pela propagação do evangelho, mas visando aos seus próprios interesses, honra, glória e prestígio. Ao invés de procurarem agradar ao Senhor JESUS, procuram agradar aos homens e conquistar o favor deles (1.15; 2.20,21; 2 Tm 4.10,16). Tais pastores não são verdadeiros servos do Senhor. Sabendo que está com os dias contados e seu ministério acabado, ele escreve para Timóteo: Procure vir logo ao meu encontro, pois Demas, amando este mundo, abandonou-me e foi para Tessalônica. Crescente foi para a Galácia, e Tito, para a Dalmácia. Só Lucas está comigo. Traga Marcos com você, porque ele me é útil para o ministério (2Tm 4.9-11). Quando seu tempo se esgotava, quando se sentiu abandonado e quando possivelmente se deixava abater pelo desânimo, Paulo queria ter duas pessoas a seu lado: Timóteo, seu amado filho, e Marcos, “porque ele me é útil para o ministério”.

III - UMA MENSAGEM PARA A IGREJA LOCAL E A LIDERANÇA DA ATUALIDADE

Estamos vivendo os tempos trabalhosos que Paulo falou em 1 Timóteo 4.1,2. Precisamos estar atentos, por isso, vamos estudar duas heresias da atualidade. Estas precisam ser confrontadas com a Palavra de Deus.

1. O "evangelho" da prosperidade. Um dos mais eminentes defensores, desta falsa doutrina ensinou que "você é tanto uma encarnação de Deus quanto Jesus Cristo o foi. Você não tem um deus dentro de você. Você é um deus". Se o crente é "deus" pode tudo; tudo o que disser tornar-se-á realidade (confissão positiva); e terá o mundo e as riquezas que desejar, sem pobreza nem enfermidades. À luz da Palavra de Deus, tal ensinamento equivale a orgulho, presunção e soberba. Sabemos que Deus abomina toda altivez (Pv 6.16-19) e que tal ensino é contrário as Escrituras Sagradas. Somos criaturas, temos falhas e sem Deus nada somos e nada podemos. O poder e a majestade são dEle. 

Comentário
Embora os adeptos da teologia da prosperidade considerem Kenneth Hagin o pai desse movimento, pesquisas cuidadosas feitas por vários estudiosos, como D. R. McConnell, demonstraram conclusivamente que o verdadeiro originador da confissão positiva foi Essek William Kenyon (1867-1948). Esse evangelista de origem metodista nasceu no condado de Saratoga, Estado de Nova York, e se converteu na adolescência. Em 1892 mudou-se para Boston, onde estudou no Emerson College, conhecido por ser um centro do chamado movimento “transcendental” ou “metafísico”, que deu origem a várias seitas de orientação duvidosa. Uma das influências recebidas e reconhecidas por Kenyon nessa época foi a de Mary Baker Eddy, fundadora da Ciência Cristã. Kenyon iniciou o Instituto Bíblico Betel, que dirigiu até 1923. Transferiu-se então para a Califórnia, onde fez inúmeras campanhas evangelísticas. Pregou diversas vezes no célebre Templo Angelus, em Los Angeles, da evangelista Aimee Semple McPherson, fundadora da Igreja do Evangelho Quadrangular. Pastoreou igrejas batistas independentes em Pasadena e Seattle e foi um pioneiro do evangelismo pelo rádio, com sua “Igreja do Ar”. As transcrições gravadas de seus programas serviram de base para muitos de seus escritos. Cunhou muitas expressões populares do movimento da fé, como “O que eu confesso, eu possuo”. Antes de morrer, em 1948, encarregou a filha Ruth de dar continuidade ao seu ministério e publicar seus escritos. Quais eram as crenças dos tais grupos metafísicos? Eles ensinavam que a verdadeira realidade está além do âmbito físico. A esfera do espírito não só é superior ao mundo físico, mas controla cada um dos seus aspectos. Mais ainda, a mente humana pode controlar a esfera espiritual. Portanto, o ser humano tem a capacidade inata de controlar o mundo material por meio de sua influência sobre o espiritual, principalmente no que diz respeito à cura de enfermidades. Kenyon acreditava que essas idéias não somente eram compatíveis com o cristianismo, mas podiam aperfeiçoar a espiritualidade cristã tradicional. Mediante o uso correto da mente, o crente poderia reivindicar os plenos benefícios da salvação. 

2. Apostasia dos últimos dias. Paulo adverte aos crentes quanto ao que está acontecendo nos dias atuais, onde muitos estão abandonando a fé em Cristo. Em Tito, ele faz advertência semelhante sobre falsos líderes, contradizentes e de torpe ganância (Tt 1.9-13). Precisamos estar atentos para que os ensinos heréticos e a apostasia não alcancem a Igreja do Senhor.  O líder tem a responsabilidade de zelar pela sã doutrina. 

Comentário
A apostasia, da palavra grega apostasia, significa "um desafio de um sistema estabelecido ou autoridade; uma rebelião; um abandono ou falta de fé." No mundo do primeiro século, a apostasia era um termo técnico para a revolta política ou deserção. E, assim como no primeiro século, a apostasia ameaça o Corpo de Cristo hoje. “Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição” (2 Ts 2.3). O verso referido diz que chegará um tempo nos últimos dias quando os fundamentos da doutrina cristã serão contemporizados e derribados pela aceitação do erro e da heresia. Os homens esquecerão o ensino bíblico sadio. Bem, estamos atualmente vivendo nesses dias! Estamos vivendo em dias de uma terrível apostasia da sã doutrina bíblica e dos valores de Deus. Adivinhe quem está liderando essa tendência para a apostasia. São os pastores que contemporizaram na fé e que realmente não estão nem aí. Eles rejeitaram a sã doutrina e estão desejosos de agradar e de alcançar a aprovação dos homens. Não são como os bereanos, que diligentemente examinaram as Escrituras e que procuraram agradar a Deus. Infelizmente, pastores maus, que contemporizam na doutrina, estão na liderança de muitas igrejas. Esses 'pastores' procuram agradar aos homens e nem querem saber se estão caminhando em obediência a Deus e à firmeza de sua palavra, a Bíblia. Participando como membros dessas igrejas, estão todos os tipos de pessoas que rejeitam a sã doutrina bíblica. A Bíblia adverte: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas” (2Tm 4.3-4). Estamos atualmente vivendo nesses dias quando os homens rejeitarão a sã doutrina. Não somente muitos que chamam a si mesmos de 'cristãos' rejeitam a sã doutrina, mas também muitos que se atrevem chamar a si mesmos de 'pastor'. Esses maus pastores causam grandes danos à igreja e já feriram muitas pessoas do povo de Deus. Os pastores têm poder; podem levar o povo mais para perto de Deus e torná-lo mais forte, ou podem fazer o contrário. Aqui está um versículo que ilustra esse fato: “E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões” (Mt 21.13). Esse verso tem um significado real nestes dias, à luz da crescente tendência à apostasia. Deus não quer que seu templo seja um covil de ladrões; quer que seja um lugar santo, ao qual as pessoas possam vir e humildemente adorar a Deus. Entretanto, os líderes religiosos o transformaram em outra coisa. O versículo diz, "vós a tendes convertido" referindo-se ao fato que os líderes religiosos permitiram que o templo deixasse de ser uma casa de oração para se tornar um covil de ladrões. Deus também atribui a responsabilidade por essa mudança aos líderes religiosos, que deveriam ter mais discernimento. Esse verso tem uma aplicação muito importante para hoje! Poucos pastores encaram seu trabalho com seriedade. A maioria está preocupada em buscar os louvores dos homens, jactando-se dos 'grandes números' obtidos no último domingo, e outros estão enriquecendo e vivendo como 'filhos do Rei'. 

IV -  MENSAGEM PARA A LIDERANÇA

1. Administração eclesiástica. Em 1 Timóteo 3.1-12 e em Tito 1.5-9, vemos um conjunto de qualificações que aqueles que desejam liderar uma igreja necessitam ter. Infelizmente, em muitas igrejas, nem sempre estas recomendações são observadas. Porém, a liderança exige esforço. É necessário que o pastor tenha uma vida santa e irrepreensível.  É preciso esforço e disciplina. Observe com atenção, algumas das qualificações necessárias ao líder: Irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos fiéis, não soberbo, não iracundo, não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante, retendo firme a Palavra, capaz de admoestar com a sã doutrina, etc. 

Comentário
Cuidar do rebanho de Deus é uma das mais nobres tarefas dadas por Deus ao homem. Representa, também, enormes e pesadas responsabilidades, pois quem administra uma igreja está lidando não só com as questões administrativas do dia-a-dia, mas sobretudo com o preparo de almas para a vida eterna. Daí há quem pense que basta atender as necessidades espirituais do rebanho para cumprir o propósito divino, deixando as questões administrativas em plano secundário. Embora as necessidades espirituais sejam mais importantes, há o lado humano, a organização, o modo de fazer as coisas, que também não podem ser desprezados.

2. Ética ministerial. Na Segunda Epístola a Timóteo, Paulo diz que o ministro deve apresentar-se a Deus "aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar; que maneja bem a palavra da verdade" (2.15). A verdadeira liderança se estabelece pelo exemplo, pelo testemunho, muito mais do que pela eloquência, pela oratória ou pela retórica. Não são os diplomas de um pastor que o qualificam como líder cristão, mas seu exemplo, sua ética, diante de Deus e da igreja local. Paulo tinha condições de ensinar liderança e ética, pois sua vida era exemplo para a igreja e para os de fora  (Fp 3.17; 1 Co 11.1). O líder cristão não é o que "manda", mas o que serve. Não é o maior, e sim o menor (Mt 20.24-28). 

Comentário
“Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue. Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão o rebanho; e que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si.” (At20.28-30). Quando o Espírito Santo orientou a Paulo nos critérios de escolha dos candidatos ao Presbitério ele estava estabelecendo os critérios éticos para tal função homens de boa reputação isso nos mostra como o candidato deveria ser visto pela sociedade, (ITm 3.7 ) cheios do Espírito Santo, (Gl 5.22 -26) isso mostra que seu caráter deveria estar moldado pela pessoa do Espírito Santo, cheios de sabedoria a Bíblia diz em Salmos 111.10 que o temor ao Senhor é o principio da sabedoria. Então no contexto cultural da Igreja Cristã, o Presbítero deveria ser um homem temente a Deus. Ao referir-se aos Presbíteros em ITm 3.1-8, Paulo norteia o padrão de comportamento ético, e este padrão é o mesmo seja para o Pastor, Presbítero ou Diácono. Falando aos Presbíteros no versículo 4 do mesmo capitulo, Paulo foi bem claro: que saiba governar bem a sua casa - isso reforça o cuidado bíblico com a família; o apostolo esta mostrando que a liderança deve começar em casa; e no versículo 15 ele diz: “para que saibais como convem andar na casa de Deus”, o apostolo estava falando de comportamento ético, de como exercer o ministério, seja como Diácono, Presbítero ou Pastor.

CONCLUSÃO

As cartas pastorais contêm doutrinas e exortações quanto a assuntos práticos, mas também diretrizes gerais sobre liderança, designação de obreiros, suas qualificações, as responsabilidades espirituais e morais do ministério; do relacionamento com Deus, com os líderes e das relações interpessoais. São riquíssimas fontes de ensino para edificação das igrejas locais nos tempos presentes. 

Comentário
No conjunto de Cartas de autoria do apóstolo Paulo, as que são dirigidas a Timóteo e a Tito formam um grupo à parte que se distingue pela forma e pelo conteúdo e que, desde o séc. XVIII são designadas por Cartas Pastorais. Timóteo e Tito são dois dos mais fiéis colaboradores do Apóstolo, e nestas Cartas são visadas as qualidades dos pastores, a natureza e a extensão das suas funções. Foram as últimas cartas que Paulo escreveu e contém conselhos, a serem seguidos por nós hoje também (1 Tm 3.14-15), tendo em vista que o problema comum entre as igrejas de Éfeso e Creta era as falsas doutrinas, tal qual temos hoje. Havia, ainda, muitas contendas e discussões nas igrejas (Tt 2.9-11). Para combater as falsas doutrinas, Paulo recomenda a nomeação de oficiais qualificados, em cada igreja (Tt 1.5). É importante que o oficial nomeado seja irrepreensível (1 Tm 3.1-13, Tt 1.5-9). No combate contra as heresias, Paulo reafirma as verdades centrais do cristianismo:
-Salvação pela graça, através da fé em Cristo;
-Vida santificada, livre do pecado;
-O juízo de Deus, etc. É a chamada “sã doutrina” (1 Tm 1.15, 2.5, 2 Tm 2.11,12, Tt 2.-11-14, 3.3-8). E esta sã doutrina deve ser ensinada para o povo (2 Tm 2.2, 3.25, Tt 2.1).
Emfim, teremos um trimestre abençoado e a oportunidade de firmarmos a fé que temos abraçado. Bons estudos.]. NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Missionário Vicente Dudman
Profº. / Teologia
30/junho/2015


domingo, 28 de junho de 2015

Estado Islâmico chega a Jerusalém prometendo matar cristãos

Estado Islâmico chega a Jerusalém prometendo matar cristãosEste ano o mês de Ramadã, sagrado para os muçulmanos,está sendo marcado por uma série de atentados e ameaças por parte do Estado Islâmico em diferentes partes do mundo.
Ignorado pela grande mídia, o surgimento de um panfleto com o símbolo do Estado Islâmico em plena Jerusalém assusta. O material escrito em árabe foi espalhado na porção oriental de Jerusalém, reivindicada pela Autoridade Palestina como sua capital.
A mensagem é clara. Todos os cristãos árabes vivendo na porção ocidental de Jerusalém, devem sair de lá até o final do Ramadã ou serão mortos. Segundo a imprensa israelense atualmente cerca de 12.000 árabes cristãos vivem na capital.
Divulgado apenas por alguns sites judeus, a notícia alarmante surge no mesmo dia em que o Papa deu sua bênção para que a Autoridade Palestiniana se torne uma nação independente.

O Vaticano ignora a realidade que existem milhares de cristãos árabes em Israel e que sempre desfrutaram de liberdade religiosa. Mesmo assim nunca se manifestou sobre as ameaças que são feitas àqueles cristãos que vivem nas cidades palestinas.
A comprovação de um Estado Islâmico na Palestina – nome que assina os panfletos – mostra que as ameaças dos jihadistas de invadir Israel podem estar cada vez mais perto de se concretizarem.
Existem registros de jovens que saíram da Palestina para se juntar ao Estado islâmico nos últimos anos. No ano passado,foguetes foram lançados de Gaza contra Israel
 durante a guerra.
Bandeiras com símbolos do EI foram vistas no Monte do Templo em Jerusalém em meados de 2014.
No início deste mês, um vídeo do grupo extremista, mostra o lançamento de um ataque a partir da Faixa de Gaza contra o povo israelense. Movimentações militares nas Colinas de Golan, que marcam a fronteira do norte de Israel com o sul da Síria – dominada pelo EI – mostram que extremistas estão acampados a poucos quilômetros da fronteiraCom informações de Times of Israel e Jewish Press


Hackers invadem site do pastor Silas Malafaia e publicam mensagem pró-homossexualidade

Hackers invadem site do pastor Silas Malafaia e publicam mensagem pró-homossexualidadeO grupo de hackersativistas Anonymous invadiu o site do pastor Silas Malafaia na madrugada deste sábado, 27 de junho, e publicou uma mensagem de apologia à homossexualidade e críticas à postura do líder evangélico. A data do ataque coincide com o Dia Internacional do Orgulho Gay, que comemorado pelos ativistas em diversos países hoje.

Malafaia, que é conhecido como principal adversário da militância LGBT e sua ideologia, se tornou alvo de hackers, assim como já havia acontecido com o site do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) no domingo 07 de junho, mesmo dia da realização da Parada Gay, e do perfil da Igreja Universal do Reino de Deus no Twitter.

Uma colagem de fotos de pessoas considerada adversárias dos ativistas gays foi publicada na página principal do Verdade Gospel, sobreposta por uma faixa com as cores da bandeira da militância LGBT. A imagem trazia, na sequência, fotos de Jair Bolsonaro (PP-RJ), Silas Malafaia, Marco Feliciano, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Levy Fidelix (PRTB-RS), Danilo Gentili, Rachel Sheherazade e Aécio Neves (PSDB-MG).
Abaixo da imagem, o texto com a crítica a Malafaia e às demais pessoas que se opõem às principais demandas da militância LGBT: “Religião e política não devem se misturar. Como parte da bandeira da Liberdade de Expressão, nós Anonymous defendemos a liberdade religiosa. Mas defendemos a liberdade de todas as religiões, que só é possível num Estado laico. Alguns políticos da bancada evangélica vêm desrespeitando a laicidade do estado, atacando minorias em função de suas identidades e orientações sexuais, movendo ações contra religiões de matriz africana e, claro, tentando colocar a mulher ‘no seu devido lugar’ de submissa”.
O ataque cibernético a Malafaia aconteceu menos de 48 horas após sua participação na audiência púbica realizada na Câmara dos Deputados para discutir o Estatuto da Família.
Na ocasião, o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) fez frente à manobra do governo de tentar impor a ideologia de gênero nas escolas públicas, criticou o projeto de lei proposto por Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Érica Kokay (PT-DF), que prevê a autonomia de crianças para decidir sobre uma cirurgia de mudança de sexo e defendeu que o modelo de família reconhecido pela Constituição Federal é o de um homem, uma mulher e seus filhos.
“O pensamento proibicionista sustenta o mesmo critério que as igrejas tinham na idade média, o do castigo para aquele que transgride a moral religiosa. Não basta que cada um pratique sua religião e seja feliz na diversidade, é preciso massificar a cultura e o pensamento, deixar todos iguais, de joelhos, e pagando devidamente seus dízimos”, pontuaram os hackers em sua mensagem.

Ao final inseriram uma imagem do jornalista Ricardo Boechat, que se indispôs publicamente com o pastor Silas Malafaia, mandando-o, com um termo chulo, se ocupar. A polêmica teve início com o caso de intolerância religiosa de uma menina candomblecista, que foi apedrejada por um grupo de pessoas que supostamente seriam evangélicos.


sábado, 27 de junho de 2015

Pressão social induz 8 estados a recusarem a ideologia de gênero nas escolas públicas

Pressão social induz 8 estados a recusarem a ideologia de gênero nas escolas públicasAs denúncias sobre a manobra do governo para impor a ideologia de gênero nas escolas públicas repercutiram na sociedade, que vem fazendo pressão sobre as Assembleias Legislativas para que o tema não seja incluso nos currículos escolares.
Nos últimos dias, deputados de oito estados recusaram as referências à identidade de gênero nos Planos de Educação votados nas respectivas assembleias legislativas.
O movimento do governo Dilma Rousseff (PT), através do Ministério da Educação, de enviar um comunicado aos estados e municípios sugerindo que o tema seria obrigatório contrariava as diretrizes do Plano Nacional de Educação (PNE) aprovado pelo Congresso Nacional.
A ideologia de gênero é um conjunto de teorias que se propõem a negar a identidade de gênero às crianças, e sugere que a escolha por masculino ou feminino deve ser feita durante a vida, ignorando a formação biológica.
Dos 13 estados que já aprovaram seus Planos de Educação, apenas cinco mantiveram referências à identidade de gênero. Os outros 14 estados ainda não votaram o plano, como em Minas Gerais, onde o deputado Leandro Genaro (PSB) afirmou que a “ideologia de gênero é uma praga que veio do marxismo, passa pelo feminismo e visa destruir a família tal qual nós a conhecemos”, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo.
Líderes evangélicos se posicionaram sobre o assunto, repudiando a estratégia do governo e também os princípios da ideologia. O pastor Silas Malafaia publicou um vídeo em que chama a manobra do governo Dilma de tentativa de “destruição da família”.
Já a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou uma nota em que pontua que “a introdução dessa ideologia na prática pedagógica das escolas trará consequências desastrosas para a vida das crianças e das famílias”.


Papa Francisco pede perdão a evangélicos por séculos de perseguição em nome de Deus

Papa Francisco pede perdão a evangélicos por séculos de perseguição em nome de DeusO papa Francisco voltou a pedir perdão às igrejas evangélicas por séculos de perseguição promovidos pelos católicos. O pontífice destacou que por muito tempo, a intolerância religiosa em nome de Deus foi responsável por muitos confrontos.
Em viagem a Turim, na Itália, Francisco visitou um templo da Igreja Valdense, fundada em 1170 como um movimento de renovação espiritual e que mais tarde tornou-se parte da Reforma Protestante.
A história registra que diversos papas tentaram silenciar e acabar com o movimento, que era tratado de forma brutal por representantes da Igreja Católica. Em 1655 o duque de Sabóia, liderando uma força militar católica, promoveu tortura, estupro e assassinato de fiéis da denominação.
De acordo com informação do National Catholic Reporter, o papa Francisco não ignorou o passado tenebroso da denominação e expressou uma posição oficial de arrependimento, dizendo que os católicos “não podem deixar de lamentar” a violência cometida em nome da fé contra os irmãos cristãos.
“Em nome do Senhor Jesus Cristo, perdoem-nos!”, disse o papa Francisco durante seu discurso.
Antes de o discurso do papa, o pastor da comunidade, Eugenio Bernardini, havia perguntado por que a Igreja Católica havia perseguido a denominação no passado: “Qual foi o pecado dos valdenses? Ser um movimento de evangelização popular, realizado por leigos?”.
Bernardini também comentou as relações ecumênicas entre católicos e valdenses contemporâneos, fazendo referência a exortação apostólica “Evangelii Gaudium”, do papa Francisco, onde ele exorta os cristãos a viverem juntos em “diversidade reconciliada”.
“Cada Igreja tem necessidade do outro para realizar sua própria vocação”, disse Bernardini. “Nós não podemos ser cristãos sozinhos”, concluiu.


quinta-feira, 25 de junho de 2015

Governo ignora decisão do Congresso e tenta obrigar o ensino da ideologia de gênero nas escolas

Governo ignora decisão do Congresso e tenta obrigar o ensino da ideologia de gênero nas escolasA questão em torno da ideologia de gênero, uma das plataformas mais ousadas e importantes dos ativistas gays, foi recusada como política nacional de ensino em 2014 pelo Congresso Nacional, porém o Ministério da Educação (MEC) vem ignorando essa determinação e vem exigindo que os estados e municípios instituam essa matéria no currículo escolar.
A ideologia de gênero, em resumo, prega que a identidade sexual de uma pessoa seja construída a partir de suas experiências sociais, culturais e afetivas, e não a partir de sua constituição biológica. Na prática, isso significa dizer que, se implementada nas escolas, os alunos passariam a aprender que ser homem ou mulher é uma escolha pessoal, devendo assim, decidirem como querem ser tratados.
De acordo com denúncia feita pelo deputado federal Izalci Lucas Ferreira (PSDB-DF), o MEC vem exigindo que o ensino da ideologia de gênero seja implementado nas escolas municipais e estaduais até o fim de junho.
Em um discurso no plenário da Câmara, Izalci apresentou um requerimento, apoiado por outros 13 deputados, para cobrar explicações oficiais ao ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, a respeito de documentos elaborados pelo Fórum Nacional de Educação, que estão orientando a elaboração dos planos estaduais e municipais, com a afirmação de que a ideologia de gênero é obrigatória.
Essa postura do governo federal desobedece a determinação do Congresso Nacional em 2014, que retirou do Plano Nacional de Educação (PNE) todas as menções à ideologia de gênero como uma meta da educação brasileira. Na ocasião, ficou estabelecido que até o fim de junho de 2015, cada um dos 27 Estados, Distrito Federal e os 5.570 municípios aprovem planos próprios, seguindo as bases primárias definidas pelo PNE.
“A ideologia de gênero, contrariamente ao que dizem seus ativistas, não tem por finalidade combater a discriminação contra minorias. Ela tem origem no movimento marxista e tem por finalidade abolir a instituição familiar da estrutura social. É doutrina de Marx a noção de que a primeira de todas as opressões é constituída pela própria família, e que, sem a abolição da família, não poderá ser levada adiante a revolução comunista. Esta doutrina foi claramente exposta no último livro escrito por Marx, intitulado ‘A Origem da Família, da Propriedade e do Estado’, finalizado postumamente por [Friedrich] Engels”, afirmou o especialista Alberto Monteiro.
As críticas à proposta de ensino da ideologia de gênero nas escolas são abrangentes. A educadora Leonice da Paz, presidente da Associação Marchadoras de Jesus, afirmou que a educação sexual e a diversidade devem ser introduzidas pelos próprios pais, de acordo com suas culturas e crenças: “Não cabe à escola, apresentar este tema às crianças. Caso esta proposta seja aprovada, isto pode significar a violação de um direito que é, acima de tudo, da própria família. O perigo desta proposta está na possibilidade de fazer uma confusão muito grande na cabeça das crianças. Por trás desta proposta, há com certeza uma psicologia ativista servindo a uma agenda determinada, transformando crianças em cobaias”, pontuou, segundo informações do site Guia-me.
O promotor da Infância, Adolescência e Juventude do Mato Grosso do Sul (MS), Sérgio Harfouche, aponta que há irregularidades jurídicas na proposta de ideologia de gênero. Ele é membro da Comissão Permanente da Educação (COPEDUC) e do Grupo Nacional dos Direitos Humanos.
“O princípio de hierarquia das leis exige que, uma lei, para ser válida, retire essa validade de uma lei hierarquicamente superior. Uma lei federal não pode dizer mais ou menos do que a Constituição Federal já disse”, pontuou, reiterando que o Congresso Nacional excluiu a proposta da ideologia de gênero do PNE: “Por ser o Plano Nacional de Educação uma lei federal, vai oferecer subsídios para ser replicada nos estados e nos municípios pelos Planos Estaduais e Municipais de Educação. Vale dizer que, se o Plano Nacional de Educação, pelo Congresso Nacional, excluiu as expressões de ideologia de gênero, isto tem que ser também aplicado pelos planos estaduais e municipais”, frisou.