A
programação foi intensa e a maior parte de seus discursos foi feito em
espanhol, língua nativa do argentino Jorge Mario Bergoglio, seu nome de
batismo.
Como
já tem se tornado tradição, Francisco fez declarações que geraram polêmicas e
muitas críticas. Ao passar por Cuba, não condenou o regime ditatorial dos
irmãos Castro nem a conhecida perseguição religiosa na ilha.
Limitou-se
apenas a dizer que “Pessoas são mais importantes que ideologias”. Uma crítica
considerada inócua diante do regime comunista e ateu sob o qual vivem os
cubanos há décadas.
De acordo com o Christian
Post, ao chegar ao solo americano, passou por Nova York, onde
liderou uma cerimônia ecumênica, com representante de diferentes religiões. O
tom de suas palavras foi de união de todos os credos no memorial erguido em
memória dos mortos no atentado de 11 de setembro de 2001.
Em
sua oração, invocou o “deus de amor”, e não mencionou o nome de Jesus, segundo
informações do Washington Post.
Também fez
um discurso polêmico, onde afirmou que os muçulmanos são “irmãos” dos cristãos
e definiu a morte de Jesus na cruz como “fracasso”. O texto completo da
homilia pode ser
lido aqui.
Diante
do congresso americano, não tocou no assunto do momento nos EUA, que é a
legalização do casamento gay. Em um país que debate intensamente se o governo
deve continuar pagando por abortos, disse apenas que a humidade deve “proteger
e defender a vida humana em todos os estágios de seu desenvolvimento”.
Os
conservadores esperavam que o papa falasse sobre essas questões claramente, mas
isso não aconteceu. Seu assunto principal tem sido o clima no mundo, tópico
abordado em sua encíclica mais recente, Ladato Si.
Os
contrastes entre Francisco e seu antecessor, Bento 16, tem ficado cada vez mais
evidente. Na sua encíclica “Caritas in veritate”, Bento 16 defendeu
a formação de uma Autoridade mundial para lidar com as crises financeiras.
Já Francisco, falou sobre a necessidade dessa autoridade global única, mas para
cuidar das questões ambientais.
Enquanto
Bento 16 disse em 2006, que o profeta Maomé só trouxe o mal,
“como sua ordem para disseminar pela espada a fé que ele pregava”, Francisco
disse repetidas vezes que “muçulmanos e cristãos são irmãos”.
Sobre
o casamento gay, os dois papas também discordam amplamente. Francisco
tem dito que não pode “julgar” e os chamou de “irmãos”. No jantar oficial do papa com Obama na
Casa Branca estavam
presentes vários ativistas gays católicos, além de transgêneros.
Já
Bento 16, em 2013, afirmou que a união de homossexuais ameaçava
“o futuro e a dignidade da humanidade”.
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