Pelo calendário muçulmano, hoje (24) é o primeiro dia da
festa do Eid al-Adha. No mundo todo, milhões de carneiros são
sacrificados para lembrar o livramento que Deus deu a Ismael, não permitindo
que Abraão o matasse. Contrariando o relato bíblico, os muçulmanos afirmam que
o filho da promessa não é Isaque, mas sim Ismael.
O ritual exigido dos fiéis é que lancem sete pedras
contra uma grande pilastra que representa Satanás. Amanhã, são 21 pedras
jogadas contra três grandes pilastras (grande, média e pequena). Isso simboliza
a recusa do muçulmano em ouvir as tentações. Neste caso, sua tradição diz que
Satanás tentou impedir Abraão de obedecer a Deus.
Contudo, pelo menos 717 pessoas morreram e mais 805
ficaram feridas durante um tumulto no local do apedrejamento. Os números foram
divulgados pela Defesa Civil de Meca. As vítimas são de várias nacionalidades,
afirmam as autoridades.
O ministério da Saúde da Arábia Saudita confirmou que a
tragédia ocorreu perto de uma das pilastras quando diferentes grupos que
tentavam iniciar o ritual de apedrejamento com um grupo que tentava sair. No
local existem diferentes túneis e vias elevadas. Este mês mais de 3
milhões de muçulmanos participaram do hajj.
Nos últimos anos, as autoridades realizaram obras
importantes tentando facilitar o deslocamento das pessoas, mas não foi o
suficiente para evitar a morte de centenas nesta quinta-feira. A maioria dos
peregrinos padeceu após ser pisoteada pela multidão.
Esta foi a segunda tragédia a ceifar a vida de mulçumanos
em menos de duas semanas. Dia 11 de setembro, antes do início da peregrinação,
uma grua desabou na Grande Mesquita de Meca e matou 109 pessoas.
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