Estamos disponibilizando pra você todo início de semana, mais um comentário sobre cada lição da EBD. Assim fazemos, para que os irmãos possam melhor preparar sua aula. Cada item, contém um comentário, para que o amado leitor entenda melhor os tópicos da lição. Estudaremos esta semana a lição de nº 11 desse terceiro trimestre, que tem como título: A Organização de uma Igreja Local. Para cada tópico, deixamos o nosso comentário. Fizemos cuidadosa pesquisa a respeito dessa tão importante lição. Buscamos auxílio e Ainda recorremos a vários mestres no assunto, para que pudéssemos aplicá-lo para o seu melhor entendimento. Em caso de dúvidas com relação ao assunto, deixe seu comentário, a sua dúvida, no final desta postagem, que responderemos com todo prazer a sua pergunta. Espero que satisfaça a todos, e boa aula.
INTRODUÇÃO
Com esta lição estaremos
iniciando o estudo da Epistola de Tito. Timóteo recebeu a incumbência de
exortar uma igreja que estava sofrendo com os ataques dos falsos mestres. A
missão de Tito era semelhante a de Timóteo, mas com um encargo a mais, que foi
o de estabelecer presbíteros, "em cada cidade", pondo "em
ordem" a Igreja. Paulo mostra, na Carta a Tito, que não era apenas
pregador, ensinador e "doutor dos gentios", mas também um
administrador eclesiástico.
Comentário
Entramos na epístola dirigida a Tito. Foi somente no século XVIII que as
cartas a Timóteo e Tito se tornaram conhecidas como Epístolas Pastorais, contudo, já em
1274, Tomás de Aquino, referindo-se a 1º Timóteo, escreveu: “Esta carta é, por assim dizer, uma lei
pastoral que o apóstolo enviou a Timóteo”. O foco destas cartas é
dirigido ao cuidado do rebanho de Deus, à administração da igreja e ao
comportamento nela. A Epístola a Tito foi escrita em aproximadamente 66 dC. As
muitas jornadas de Paulo estão bem documentadas e mostram que ele escreveu a
Tito de Nicópolis em Épiro. Em algumas Bíblias, uma anotação da epístola pode
mostrar que Paulo escreveu de Nicópolis na Macedônia. No entanto, não há
conhecimento desse lugar e anotações não têm nenhuma autoridade por não serem
autênticas. Como deixa claro o texto de Tt 1.5, a organização das igrejas
recém-formadas havia ficado por completar. Não há registro em Atos sobre a
campanha evangelística de Paulo em Creta. Conseqüentemente, ela deve ter
ocorrido após a primeira prisão romana de Paulo. A palavra presbítero designa,
aparentemente, o mesmo cargo de bispo,
um grupo de pessoas encarregadas do cuidado geral de uma igreja local (At
14.23; 20.17; 1Tm 5.17). O versículo 7 esclarece que Paulo usou, de forma
alternada, o termo presbítero e bispo. Paulo discute as qualificações
dos bispos em termos semelhantes em 1Tm 3.2-7, porém, com algumas diferenças.
Paulo não tenciona apresentar nenhuma dessas listas como se fosse completa. Seu
propósito é simplesmente indicar as qualidades pessoais daqueles que haveriam
de servir como líderes eclesiásticos. Além de instruir Tito sobre o que
procurar em um líder da igreja, Paulo também incentivou-o a voltar a Nicópolis
para uma visita. Em outras palavras, Paulo continuou a discipular a Tito e a
outros enquanto cresciam na graça do Senhor (Tt 3.13).
I. A EPÍSTOLA ENVIADA A TITO
1. O intento da Epístola. Qual
era o principal propósito da Epístola de Tito? O objetivo de Paulo era dar
conselhos ao jovem pastor Tito a respeito da responsabilidade que ele havia
recebido. Tito recebeu a incumbência de supervisionar e organizar as igrejas na
ilha de Creta. Paulo havia visitado a ilha com Tito e o deixou ali com esta
importante incumbência (v. 5).
Comentário
A Epístola a
Tito é conhecida como uma das Epístolas Pastorais, assim como as duas cartas a
Timóteo. Esta carta foi escrita pelo apóstolo Paulo para incentivar o seu irmão
na fé, Tito, o qual havia sido deixado em Creta para liderar a Igreja que Paulo
havia estabelecido em uma de suas viagens missionárias (Tito 1.5). Esta carta
aconselha Tito a respeito de quais qualificações deve-se buscar nos líderes da
igreja. Ele também alerta Tito acerca da reputação daqueles que viviam na ilha
de Creta (Tito 1.12).
2. Data em que foi escrita. Acredita-se
que foi escrita no ano de 64.d.C., aproximadamente. A carta a Tito foi escrita
na mesma época da Primeira Carta a Timóteo. Provavelmente foi redigida na
Macedônia, durante as viagens que Paulo fez quando esteve sob a custódia dos
romanos.
Comentário
A Epístola a
Tito foi escrita por Paulo enquanto estava na sua quarta viagem missionária e,
provavelmente, sua data esteja entre 64 e 66 dC. As muitas jornadas de Paulo
estão bem documentadas e mostram que ele escreveu a Tito de Nicópolis em Épiro.
Em algumas Bíblias, uma anotação da epístola pode mostrar que Paulo escreveu de
Nicópolis na Macedônia (3.12). No entanto, não há conhecimento desse lugar e
anotações não têm nenhuma autoridade por não serem autênticas.
3. Um viver correto. Como
ministro do evangelho, Paulo exige ordem na igreja e que os irmãos vivam de
maneira correta, santa. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, a ilha de
Creta era conhecida pela preguiça, glutonaria e maldade de seus habitantes. Ao
aceitar a Cristo como Salvador, o novo convertido torna-se santo pela lavagem
da regeneração do Espírito (Tt 3.5), por meio da Palavra de Deus (Ef 5.26). A santificação
é também um processo gradual e contínuo que conduz ao aperfeiçoamento do
caráter e da vida espiritual do crente, tornando-o participante da natureza
divina (2 Pe 1.4). Sem a santificação, jamais alguém verá a Deus (Hb 12.14).
Comentário
A ilha de
Creta, local onde Paulo deixou Tito encarregado de liderar a igreja, era
habitada por nativos da ilha e judeus que não conheciam a verdade de Jesus
Cristo (Tito 1.12-14). Paulo sentiu que era a sua responsabilidade continuar
discipulando a Tito, assim como instruir e incentivá-lo no desenvolvimento de
líderes dentro da igreja em Creta. Assim como o apóstolo Paulo guiou Tito na
sua busca de líderes, Paulo também deu sugestões sobre como Tito deveria
instruir esses líderes para que pudessem crescer na sua fé em Cristo. Suas
instruções incluíam direções para homens e mulheres de todas as idades (Tito
2.1-8). Para ajudar Tito a permanecer na sua fé em Cristo, Paulo sugeriu que
Tito viesse a Nicópolis e trouxesse com ele dois outros membros da igreja (Tito
3.12-13). Enquanto discursava para um grupo de filósofos epicureus e estóicos
em Atos 17.22 – 34, Paulo, no verso 28, cita a Cretica de Epimênides (“porque
nele vivemos, e nos movemos e somos). Segundo conta os historiadores,
Epimênides, que também era de Creta, descreveu o seu povo com estas palavras:
“…os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, glutões preguiçosos…”.
Aprendemos que o profeta Epimênides (poeta) utiliza a palavra sempre (advérbio)
que indica continuidade da depravação e perversões dos cretenses e demonstra um
quadro de corrupção irrecuperável, como se dissesse: “…sempre
preguiçosos,sempre bestas ruins, sempre ventres preguiçosos…”(v.12). A partir
destas palavras podemos perceber quem eram os cretenses e os membros que
compunham as igrejas em Creta, também eram oriundos destas depravações e
perversões morais e espirituais e por isso deviam ser curados pelo evangelho de
Deus.
II. O PASTOR PRECISA PROTEGER O REBANHO DE DEUS
1. Qualificação dos pastores. Em
sua carta a Tito, Paulo enfatiza as qualificações do bispo, em relação a
família, como homem casado, fiel à sua esposa e na criação de seus filhos de
forma exemplar (v. 6). Paulo diz que os filhos dos ministros, presbíteros ou
pastores, não devem ser "acusados de dissolução", nem de serem
"desobedientes". No original, tais adjetivos vêm de anupotaktos,
"não sujeito", "indisciplinado", "desobediente".
O exemplo mau dos filhos do sacerdote Eli é referência negativa para a família
dos pastores (1 Sm 2.12, 31). Paulo mostra que o bispo deve ser uma pessoa
íntegra, irrepreensível, "como despenseiro da casa de Deus" (v.7);
Por outro lado, ensina também que o bispo não pode ser "soberbo",
"iracundo", "dado ao vinho", "não espancador",
"cobiçoso de torpe ganância" (vide os mercantilistas na atualidade
que só trabalham por dinheiro); Paulo instrui que o obreiro precisa ser "[...]
dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante"
(Tt 1.8).
Comentário
Inicialmente,
deve ser pesado e aferido na vida do pastor; a causa do seu ministério: ela é
um chamado do Senhor, pelo Senhor, e para o Senhor da Obra? Ou, se é uma
vontade humana baseada em impressões, visões, revelações, ou vaidades pessoais
provenientes do seu fraco e pecaminoso coração. Há pastores que estão no
ministério por diversos motivos fúteis: inveja, orgulho, vaidade, o ser o
astro, preferências pessoais, filosofias mundanas, competições extravagantes entre
sexo, enfim, não são chamados pelo ministério do Senhor na Palavra, são
fabricados e por isto tornam-se marionetes dos seus idealizadores. A nós, não
cabe cometermos esse erro, permitirmos que alguém seja colocado num ministério
do Senhor, sob a nossa cooperação e supervisão; pelo simples ato de imposição
de mãos (não que seja contra a imposição de mãos no sentido bíblico –
autoridade conferida por Cristo e Sua Igreja); mas só devo impor minhas mãos em
quem eu posso pela comprovação e direção do Espírito Santo, que foi colocado
por ação pessoal d”Ele. O mesmo Apóstolo Paulo ensinou a Timóteo: “A ninguém
imponhas precipitadamente as mãos. Não te tornes cúmplice de pecados de outrem.
Conserva-te a ti mesmo puro.”. O texto começa com a exigência: A ninguém, e nós
sabemos o que significa ninguém não é mesmo? Ninguém, é ninguém. Nenhuma
pessoa, seja qual for o relacionamento que tenhamos ou venhamos a ter com ela,
neste campo não há espaço para preferências, desejos, bajulações, vaidades e
paternalismos. Lembre-se é de Deus, e para Deus que você estará aprovando.
Certo tempo atrás, não lembro exatamente o quanto, conversei com alguém que
havia sido indicado para se consagrar a pastor pelo seu líder, e como sempre;
perguntei: por que é que você quer ser pastor consagrado e ordenado ao
ministério? A pessoa candidata me disse, é para mostrar a alguns pastores que
eu serei a primeira pastora ordenada aqui na região, no nosso meio batista. É
para mostrar? Pois bem, se nós estivermos sendo motivados a ordenar líderes ao
Santo Ministério da Palavra de Jesus pelo motivo que esta candidata externou,
(não é preconceito é temor e tremor) precisamos continuar lendo e interpretando
o texto Bíblico, por que já passei pelo chamado de Deus na minha vida, e
confesso a vocês que foi um misto de alegria, desespero, impotência e
incapacidade que me custou muito digerir, ainda hoje, carrego um pouco disso, e
acredito que não me acostumarei ao ponto de banalizar e me tornar o querido do
povo, não tenho vocação para isto, parece-me que me contento apenas com ser
útil para aquilo ao qual o Senhor me chamou, o que ainda tenho procurado n”Ele
consolidar. Eu mesmo, não queria, mas com muito cuidado e agir de Deus e alguns
irmãos mais experientes me aconselhando, o Pastor Jônatas, o irmão Eli e
outros; fui sendo conduzido por Deus a este supremo ofício. E conforme me
respondeu a candidata aquém tenho muito apreço, “para mostrar aos outros”; é um
desejo muito vazio, efêmero e egoísta, sobre estes, virão as prestações de
conta com o Senhor da Seara.
2. Crentes, porém problemáticos. Paulo
ressalta o respeito que o presbítero deve ter à doutrina e a autoridade
ministerial para argumentar com os contradizentes (vv. 9,10). Entre os crentes
da igreja de Creta, haviam os "complicados" e
"contradizentes", "faladores", tipos não raros em igrejas
nos tempos presentes. Mas o apóstolo indicou a maneira de tratá-los. Aos
contradizentes e desobedientes ao ensino da Palavra de Deus, Paulo demonstra
não ter nenhuma afinidade com eles, pois são perigosos, não só para a igreja
local, mas para as famílias cristãs, e devem receber a admoestação e repreensão
à altura: "[...] aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam
casas inteiras, ensinando o que não convém, por torpe ganância" (v.11). O
fato de tais falsos crentes terem espaço para transtornar "casas
inteiras" se devia à realidade das igrejas cristãs em seus primórdios.
Elas funcionavam, em grande parte, nas residências dos convertidos (Rm 16.5; 1
Co 16.19; Cl 4.15). Além de desordenados, eles são "faladores" e
murmuradores.
Comentário
Os padrões
espirituais dos presbíteros eram mais importantes, pois os cretenses tinham
reputações notórias (VS 12-13). A lista de qualificações se iguala à encontrada
em 1m 3.1-7, com poucas diferenças. Além de um bom caráter moral, os
presbíteros devem manter a verdadeira doutrina cristã com seriedade e zelo,
tanto para o objetivo de instruir os crentes quanto para rebater os falsos
mestres. Um líder espiritual deve reconhecer que algumas pessoas são
insubordinadas e não submeterão sua vontade ao domínio de qualquer líder. Eles
adoram pular de igreja em igreja falando sobre assuntos espirituais, mas em seu
engano eles não percebem que só falam e não rendem frutos. Paulo tem em mente
especialmente os da circuncisão, ou os judeus legalistas.
3. Não dar ouvidos a ensinos falsos. Tito,
na condição de "supervisor", estabelecendo igrejas, "de cidade
em cidade", tinha que ministrar a palavra de edificação e advertência
contra os falsos cristãos. Deveria repreendê-los de modo veemente. Na verdade,
eles eram desviados da verdade. Mais adiante, Paulo resume como tratar os
desviados e hereges: "Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação,
evita-o" (Tt 3.10).
Comentário
Um homem
herege é alguém que faz uma escolha satisfazendo a si mesmo, sem levar em
consideração os outros. Ele é obstinadamente preso a uma opinião que não é
íntegra e que ameaça a unidade da Igreja. Um homem assim deve ser repreendido,
e se ele não considerar a reprimenda, deve ser evitado. O presbítero precisa
ser uma pessoa pacífica e pacificadora e, não, um criador de caso. Entretanto,
ser pacífico não significa dizer sim a tudo, como uma vaquinha de presépio,
para não se expor e, assim, se sentir confortável junto à maioria dos seus
pares. Vale lembrar, que antes de tudo, o presbítero tem o dever
maior de zelar pela ética, pela moral e pelos bons costumes; zelar pelos
princípios e doutrinas bíblicas; e, zelar pelo que for melhor para a igreja. Se
necessário for, ele vai debater e discutir sim e exaustivamente as questões;
com todo o respeito às pessoas, com inteligência e sensatez. Jamais deverá se
omitir, sentindo-se acuado pela maldosa insinuação de alguém de que não está
promovendo a paz. Seu dever é expor seu ponto de vista com argumentos, fatos e
dados. Se a maioria decidir de forma diferente, sua postura tem que ser de
respeito, reflexão e entrega para o Senhor, em oração. É preciso ter sempre em
mente a possibilidade de estar equivocado ou, por outro lado, que o Senhor Deus
pretenda usar uma eventual má decisão do grupo para fins que escapam a nossa
visão pessoal, mas não a soberania de Deus.
III. A PERCEPÇÃO DA PUREZA PARA OS PUROS E PARA OS
IMPUROS
1. Tudo é puro para os puros (v. 15). Paulo
diz que "todas as coisas são puras para os puros" (Tt 1.15), pois
esses procuram viver segundo a Palavra de Deus. Aqueles que vivem de modo santo
não veem mal em tudo, pois seus olhos são bons, santos. Isso é reflexo de suas
mentes e corações bondosos. Deus nos chamou para sermos santos em todas as
esferas e aspectos da nossa vida (1 Pe 1.15). Quem despreza esse ensino não
despreza ao homem, mas sim a Deus.
Comentário
Enquanto os
judeus legalistas compilavam uma lista surpreendente de coisas impuras que iam muito além das
exigências do Antigo Testamento, os cristãos não precisavam mais fazer
distinções entre alimentos puros e impuros. Entretanto, aqueles que estão
contaminados (corruptos) e infiéis mancham tudo o que dizem. Este versículo não
dá licença aos cristãos para entregar-se ao mal (1Tm 4.4-5). A natureza santa
de Deus é a motivação para a santidade cristã.
2. Nada é puro para os impuros (v. 15). De fato,
para os "contaminados e infiéis", tudo o que eles pensam e praticam é
de má natureza. O motivo pelo qual "nada é puro para os contaminados"
é porque "confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo
abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda boa obra" (v.16).
Esses são hipócritas e maliciosos, pois dizem uma coisa e fazem outra.
Comentário
(Etm. do
latim: hypocrita.ae, pelo grego: hypokrités.oû); adjetivo. Fingido; que finge
possuir um sentimento que não possui; que demonstra um pensamento e/ou uma
opinião diferentes dos que realmente têm; que por interesse ou por medo de
assumir sua verdadeira personalidade finge qualidades que não apresenta. Falso;
que se comporta com hipocrisia; que dissimula sua verdadeira personalidade.
Paulo concorda com Tiago que o trabalho dá evidências da fé. O Novo Testamento
ensina que a ausência de ações condizentes com a vida transformada leva a
pessoa a duvidar da fé em Cristo (Tg 2.14-16; 1Jo 3.17)
3. Conhecem a Deus, mas o negam com as atitudes (v.
16). Atualmente
muitos dizem conhecer a Deus, porém, se olharmos para suas atitudes veremos que
estes nunca conheceram ao Senhor. A nossa conduta revela a nossa fé e o nosso
relacionamento com Deus. O que as pessoas aprendem com você ao observar a sua
conduta na igreja e fora dela?
Comentário
Muitos estão
como aquela figueira cheia de folhas mas sem frutos, que foi amaldiçoada por
Jesus (Mt 21.19). É só aparência. Talvez caiba aqui uma comparação com a igreja
primitiva de Corinto, a igreja que mais fluía nos dons, mas curiosamente, a
mais carnal, problemática e escandalosa. Devemos refletir se o que está
acontecendo hoje no Brasil, o grande número de conversões, representa um
genuíno avivamento como nunca antes jamais visto. De fato, estamos crescendo
numericamente, nossos templos cada vez maiores, mas e a qualidade dos santos?
Nosso país está mergulhado numa crise ética e moral, e se verdadeiramente
estivéssemos gozando um genuíno avivamento, faríamos a diferença! Muitos de nós
afirmam conhecer a Deus, mas o negam com seu caráter. Deveríamos transformar
nossa sociedade com o nosso caráter transformado. Pense nisso.
CONCLUSÃO
A administração de uma igreja requer a observância
de preceitos e diretrizes, emanadas da Palavra de Deus, o maior e melhor
"manual de administração eclesiástica". Por isso, Paulo escreveu três
cartas pastorais, visando o estabelecimento, a organização e o crescimento sadio
da Igreja do Senhor Jesus.
Comentário
A Igreja
deve estar fundamentada nos ensinamentos contidos na Bíblia Sagrada,
estruturada nela para cumprir a missão que lhe foi outorgada no Novo
Testamento, consubstanciada no discipulado e apoiada nos pilares da proclamação
do Evangelho e do crescimento cristão. Paulo escreve em Efésios 4.11-16: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e
outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e
doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério,
para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos a unidade da fé e
ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura
completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em
toda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia,
enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em
tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado e
ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte,
faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.” Este é não só o
padrão universal de liderança que Deus estabeleceu para sua Igreja, mas também,
a descrição dos propósitos, definidos e mensuráveis, que Ele propôs para serem
alcançados. É, por assim dizer, o plano de vôo que o piloto da aeronave tem em
mãos para chegar ao destino.
“NaquEle
que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de
vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.
Missionário Vicente Dudman
Natal/RN
Setembro de 2015
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