Em uma entrevista exclusiva à revista Veja, do mês
de outubro, o psiquiatra americano Harold G. Koenig afirmou que a fé religiosa
ajuda as pessoas em diversos aspectos da vida, como na redução do stress, no
incentivo a práticas saudáveis, no conforto em momentos difíceis, entre outros
benefícios.
Professor
universitário, há quase três décadas ele se dedica a estudos que relacionam
religião com saúde.
Koenig tem 60
anos e nasceu em uma família católica, mas por influência da esposa frequenta a
igreja protestante.
Autor de muitos
livros e mais de 300 artigos sobre o tema, Koenig acredita na existência
da relação entre frequência da prática religiosa e longevidade, o que, segundo
ele, aumenta a sobrevida das pessoas em torno de 35%.
Os estudos do
psiquiatra apontam para três fatores que influenciam a saúde de quem pratica
uma religião: as crenças e o significado que elas atribuem à vida, apoio social
e adoção de hábitos saudáveis. “Tanto os mandamentos religiosos quanto a vida
em comunidade estimulam a boa saúde”, disse.
Os que se tornam
religiosos na vida adulta são beneficiados, especialmente, no quisito
psicológico e social. “A vida passa a ter mais sentido”, afirmou, pois a vida
em comunidade traz esperança e relacionamentos com indíviduos com a mesma visão
de mundo.
Para o
psiquiatra as enfermidades que melhor respondem à prática religiosa são as
relacionadas ao stress, como as disfunções cardiovasculares e a hipertensão,
pois tendem a ser mais reativas a disposição mental de cunho religioso.
Nos casos em que
a religião se torna uma fonte de stress (sentimento de culpa ou mal-estar por
não conseguir cumprir as obrigações religiosas etc) a forma com que Deus é
visto pelo indivíduo fará diferença em sua saúde. “Por isso, acho que faz
bastante diferença acreditar em um Deus amoroso e misericordioso”, declarou.
Relacionamento
médico paciente
Para Koenig os
médicos não recebem treinamento apropriado para fazer abordagem religiosa com
seus pacientes, nem sabem como responder a perguntas sobre o tema caso sejam
questionados por eles. O estudioso explicou que tanto no Brasil como nos EUA
são poucas as faculdades de medicina que tratam do tema, pois, historicamente,
existe uma grande divisão entre religião e ciência.
“Ajuda muito o
médico puxar assunto com o paciente sobre o que ele pensa da existência de
milagres ou se quer receber orações. O paciente tem de estar seguro de que o
médico não vai ignorar ou fazer pouco-caso de suas carência espirituais”,
ressaltou Koenig.
Fonte: Verdade Gospel.
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