A iniciativa do concurso foi da Associação das
Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig). Segundo o R7, o evento teve por
objetivo dar visibilidade ao trabalho de regulamentação da profissão e pelo
respeito às mulheres. Ele fez parte do Dia Nacional sem Preconceito, comemorado
em 29 de setembro.
A pastora Maria Aparecida dos Santos, do projeto
Nova Vida, da Igreja Batista da Lagoinha, falou no programa De Tudo um Pouco da
Rede Super sobre o assunto.
“A questão central da prostituição é a rejeição.
Temos visto quem em 99% dos casos de pessoas que vão para prostituição são em
virtude da pedofilia, abusos sexuais, verbais, emocionais, famílias
desestruturadas, a falta de um dos pais, sem um lar condizente”, aponta Maria
Aparecida. O Projeto Nova Vida oferece apoio a mulheres que desejam abandonar a
prostituição.
O abuso sexual, segundo Maria Aparecida, faz com
que a mulher perca sua valorização pessoal. Ela conta que na região
nordeste a situação de pais vendendo suas filhas em troca de alimentos é
normal. “Isso é muito chocante para nós”, diz.
A líder do ministério diz que as mulheres que a
procuram é por que já tomaram a decisão de sair da prostituição. “Mas muitas
não querem, preferem ficar em uma situação enganosa, diz”.
Ela observa por sua experiência que as mulheres em
situação de prostituição não são felizes, “o que existe no coração de cada uma
delas é o ressentimento, amargura, baixa auto-estima, desvalor, tudo isso está
guardado em seus corações”.
Ela conta ainda que muitas chegam ao ministério
cansadas da dor e sofrimento vividos, muitas machucadas emocionalmente,
espiritualmente e fisicamente. “muitas chegam enfermas, com dores na alma e
precisam passar por tratamento psiquiátrico”, explica.
Maria Aparecida explica que a partir do momento em
que a pessoa a procura e manifesta a vontade de mudar, a transformação
pela Palavra de Deus passa a ocorrer. “Por mais que queiramos nós não podemos
em nós mesmos. A palavra de Deus no Salmo 19 diz que a lei do Senhor é
perfeita, e restaura a alma”, ressalta.
Ela explica que procura compreender as situações
apresentadas, uma vez que as mulheres não escolheram se prostituir, mas foram
induzidas pela vida a estarem nessas situação.
O trabalho acontece com monitores que dão suporte
aos egressos da prostituição, dando atenção e amor que lhes falta, segundo a
líder do ministério. Ela ressalta que a relação sexual para elas não é algo
prazeroso, é apenas um “produto a ser vendido”.
“Todo ser humano precisa de amor, compreensão e
aceitação, sem julgamentos”, resume Maria Aparecida. A vida delas nem um homem
pode pagar, é o preço do sangue de Jesus, é inestimável”, conclui.
Assista ao vídeo do programa De Tudo Um Pouco:
youtube=www.youtube.com/watch?v=OPR2SaIp37w]
Fonte: Gospel+
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