O
presidente do Egito, Mohammed Morsi, participou de períodos de oração em uma
mesquita durante o último final de semana. Mesmo que seja normal para um
muçulmano fazer suas orações, neste caso o pregador pede que Deus “destrua os
judeus e os seus aliados”.
As imagens da reunião religiosa na Mesquita
el-Tenaim, na cidade de Matrouh, foram exibidas pela televisão estatal egípcia.
Morsi aparece em fervorosa oração, levantando as mãos enquanto o clérigo Futouh
Abd Al-Nabi Mansour, líder religioso local, que pede: “Oh Deus, nos absolva de
nossos pecados, para nos fortalecer, e concede-nos a vitória sobre os infiéis.
Oh Deus, destrua os judeus e os seus aliados. Oh Deus, dispersai-os, rasgai-os
em pedaços. Oh Deus, demonstre sua força e grandeza sobre eles. Mostre-nos sua
onipotência, oh Senhor”.
Morsi estava fazendo sua primeira à zona costeira,
no noroeste do país, desde que se tornou presidente. Em um discurso que fez
após o período de orações, Morsi supostamente falou sobre a necessidade de
unidade dos egípcios.
De acordo com o grupo judeu Liga Anti-Difamação
(LAD), Morsi claramente concorda com a oração. O culto também mostra que estavam
presentes o governador da região e autoridades locais. A filmagem foi gravada e
transcrita para o inglês pelo MEMRI (Instituto de Pesquisa de Mídia do Oriente
Médio). Uma tradução semelhante foi publicada pela Liga.
O Diretor da LAD, Abraham Foxman, queixou-se que “O
tom do discurso de antissemitismo no ‘novo’ Egito está ficando mais alto e
ainda ecoa no governo do presidente Morsi. Estamos cada vez mais preocupados
com as expressões contínuas de ódio contra os judeus e Israel na sociedade
egípcia e o silêncio presidente Morsi diante da maioria destas manifestações
públicas de ódio”.
No início desta semana, a ADL escreveu a Morsi
pedindo que ele rejeitasse publicamente as declarações feitas pela autoridade
suprema da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badie, que incitou a violência contra
os judeus e Israel.
No mesmo final de semana, manifestantes se reuniram
na Praça Tahrir, no Cairo, fazendo um protesto pacífico onde exigiam que o
presidente, um ex-líder da Irmandade Muçulmana, assegure que a constituição do
país, atualmente sendo reescrita, represente todos os grupos da sociedade
egípcia.
O presidente egípcio já afirmou que pretende manter
o tratado de paz do Egito com Israel assinado em 1979. O anúncio por escrito
foi levado ao presidente de Israel pelo novo embaixador egípcio no país.
Líderes da Irmandade Muçulmana, grupo político que ainda influencia Morsi,
afirmou que a carta era uma “fabricação sionista”, mas o gabinete do presidente
egípcio confirmou sua autenticidade. Grupos internacionais querem uma
explicação de porquê o governo egípcio não tem contido as perseguições aos
grupos religiosas minoritários do país, em especial contra os cristãos coptas.
Fonte: Gospel
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