Alencar,
que é presidente da Assembléia de Deus do Bom Retiro, ala que possui 33 templos
na capital paulista, havia se mantido isento no 1º turno, mas agora declarou
abertamente seu apoio político ao PSDB. “Vou convocar reunião do Conselho para
trazer o apoio dos bispos ao Serra. Não dá para apoiar o PT”, disse o líder
religioso. O apoio de Alencar era um dos mais disputados pelos candidatos, pela
relevância de sua influência no Conselho de Pastores, de acordo com o Estadão.
Já Malafaia manifestou seu apoio a Serra desde o
1º turno, quando já desferiu ataques diretos a Haddad e ao kit gay. Ele
preferiu se adiantar e declarar abertamente seu apoio por temer um segundo
turno entre Haddad e Celso Russomanno, do
PRB, cuja campanha é comandada por expoentes da Igreja Universal do Reino de
Deus.
O candidato Fernando Haddad, por sua vez, já havia
se manifestado contra a interferência de igrejas nas eleições. “Penso que é um
equívoco que as igrejas sejam instrumentalizadas a favor de um partido e menos
ainda em favor de um candidato” disse. E continuou: “Acho que igreja é igreja e
política é política. Misturar as duas coisas, onde isso aconteceu, não deu
certo. Pode pegar qualquer lugar do mundo. Onde a religião e a política se
confundem traz um sentimento ruim para a população, cresce a intolerância,
crescem os conflitos desnecessariamente”, disse o candidato pouco antes do 1º
turno.
O coordenador da campanha de Haddad, Antonio
Donato, já adiantou que o candidato vai manter distanciamento das igrejas.
“Temos o maior respeito por todas as igrejas, mas
não vamos misturar política e religião. Vamos manter a estratégia do primeiro
turno: mostrar nosso plano de governo a todas as igrejas, mas sem nenhum tipo
de movimento para tentar atrair apoio dessa ou daquela denominação”.
Apesar dos lideres religiosos rejeitarem
expressamente o kit gay, o tema não será usado pela campanha de Serra contra o
adversário. “Nós não pretendemos explorar a questão do “kit gay” na campanha.
Esta é uma manifestação dos pastores”, disse um dos coordenadores da campanha
do tucano, Walter Feldman (PSD).
Fonte: Gospel+
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