Com sua campanha liderada por
bispos da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) Russomanno também tinha o
apoio da Igreja Renascer em Cristo, do apóstolo Estevam Hernandes. Chegou a
obter larga vantagem e cresceu nas pesquisas em relação aos candidatos do
PT e PSDB.
Mas nas últimas duas semanas a
vantagem desapareceu e as intenções de votos caíram de 35% para 25%, segundo
pesquisas do Instituto Datafolha da primeira semana de outubro.
De acordo
com a Reuters, a
coordenação da campanha de Russomanno atribuiu a queda brusca aos constantes
ataques dos adversários durante a propaganda eleitoral gratuita.
Segundo o bispo licenciado da
Universal e coordenador da campanha Marcos Pereira, que falou à Reuters,
foram distribuídos 1 milhão de folhetos para esclarecer a questão em relação à
tarifa de ônibus. Também 5 milhões de folhetos com motivos para votar em
Russomanno foram entregues.
Pereira avaliou que a polêmica
entre Haddad e Russomanno sobre a tarifa de ônibus foi o principal motivo para
perda de apoio nas regiões mais pobres da cidade.
Já o
cientista político Marcus Ianoni, acredita que as ligações do comunicador com a
Igreja Universal levaram a críticas dos outros candidatos e
afetaram a imagem do candidato. Ele ainda comparou o fenômeno de ascenção e
queda do candidato ao estouro de uma “bolha”. “Russomanno, embora se declare
católico, é vinculado a um grupo político (o partido) e a outro midiático
(Record) ligado à Universal. Embora os evangélicos sejam fortes, os católicos
também são fortes”, disse, segundo oTerra.
Ele explica que Russomanno foi
alvo dos adversários ao longo da campanha justamente por ocupar a liderança na
preferência do eleitorado, de acordo com as pesquisas. Para Ianoni, o candidato
e seu partido, o PRB, não souberam responder às provocações. “Não é a toa que
ele foi chamado de bolha que estourou. Tanto o partido, quando ele mesmo, não
tem a tradição do PSDB e do PT em São Paulo”, afirma.
Na semana
passada, o bispo Edir Macedo postou um
texto em seu blog com críticas diretas a Fernando Haddad.
Também o pastor Silas Malafaia da Assembleia de Deus Vitória em Cristo associou
o petista ao kit gay, material com propaganda homossexual criado durante
a gestão de Haddad no Ministério da Educação para ser distribuído em escolas
públicas.
Rio
Na cidade do Rio de Janeiro,
Eduardo Paes (PMDB) foi reeleito prefeito em primeiro turno. Paes somou
64,38% dos votos válidos a 29,51% de Marcelo Freixo (PSOL).
O prefeito agradeceu o apoio do
ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e à presidiente Dima Rousseff, bem como
Sérgio Cabral, governador do estado.
O Lula me ensinou uma grande
lição, que é a de olhar para as pessoas da cidade que mais precisam de atenção
do poder público”, declarou, durante discurso na residência oficial, na Gávea
Pequena.
“Quero agradecer a presidente
pelo apoio ao Rio”, continuou. “E o Cabral, que introduziu um novo jeito de
governar”.
Ainda no estado do Rio de
Janeiro, a candidata evangélica Rosinha Garotinho (PR), mulher de Antony
Garotinho foi eleita prefeita da cidade carioca de Campos de Goytacazes.
Com 69,96% do total dos votos válidos, ela superou os candidatos Makhoul (PT),
que obteve 25,86% e Zé Geraldo (PRP) e Erick Schunk (Psol) que tiveram,
respectivamente, 2,37% e 2,28% dos votos.
Este ano a novidade foi a
disponibilização do sistema de voto biométrico, que vem sendo adotado
gradativamente.
Segundo o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) foram no total mais de 15 mil candidatos a prefeito, 16 mil a
vice-prefeito e 481 mil a vereador. A votação aconteceu neste primeiro turno em
5.568 municípios. Cerca de 138 milhões de brasileiros votaram no pleito para
prefeitos e vereadores.
Fonte: Gospel+
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