“O homem que eu conheci era um homem doce. (…) Com
21 anos de evangelho, hoje eu posso dizer que ele está com o Senhor”, garante.
Cabo Bruno foi assassinado no último dia 26 em
frente à casa onde morava, em Pindamonhangaba, interior de São Paulo. No
domingo anterior havia tomado posse como pastor na Igreja Refúgio em Cristo, em
Taubaté.
Condenado a 117 anos de prisão pelos assassinato de
mais de 50 pessoas nos anos 80, quando era contratado por comerciantes da zona
sul de São Paulo para executar pessoas, ele comandou um grupo de extermínio que
ficou famoso nacionalmente.
Ao todo cumpriu 27 anos de prisão, período em que
se converteu, chegando a
evangelizar muitos presos. No presidio de Tremembé, chegou também a erguer uma
igreja.
Com o indulto conquistado por bom comportamento,
Oliveira estava em liberdade há 35 dias. Nesse período, se dedicou à família,
visitas a parentes, e aos serviços na igreja, que ajudou a estruturar.
Segundo um pastor da Assembleia de Deus, ele
estudou teologia quando estava na prisão. “Era muito inteligente”, disse, de
acordo coma Folha de S. Paulo.
Conversão
Dayse França, cantora evangélica, conheceu Oliveira
quando atuava fazendo trabalhos voluntários de evangelização de presos.
Segundo a viúva, antes de se converter e quando
ainda estava preso, Oliveira era atormentado e tinha pesadelos com demônios.
“Ele viu que o Cabo Bruno, que se julgava poderoso, quem era ele diante de
Deus?”, contou Dayse. A partir, daí, segundo ela, ele encontrou Jesus e se
arrependeu de seus erros.
O arrependimento de Oliveira o levou a enviar
cartas aos parentes de todas as vítimas que executou. Muitas dessas pessoas chegaram
a receber o pedido de perdão do ex-matador e também respondiam dizendo que o
perdoavam.
Em uma de suas pregações Oliveira disse em seu
testemunho: “como pode, depois de tudo que esse homem fez (…) Deus perdoar uma
pessoa desta forma? A única coisa que eu sei é que o nosso Deus é um Deus de
misericórdia, é um Deus de perdão”, disse.
A polícia fará nos próximos dias uma reconstituição
do assassinato. Ainda não há suspeitos de que seriam os autores da execução de
Cabo Bruno.
Fonte: Gospel+
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