Cinco Jornalistas da rede de televisão líbia Barqa TV foram
degolados pelos terroristas do Estado Islâmico (EI),
informou nesta segunda-feira um porta-voz do Exército. Quatro das vítimas
tinham nacionalidade líbia e uma era egípcia. Segundo fontes oficiais, eles
estavam desaparecidos desde agosto, quando deixaram a cidade de Tobruk para
viajar até Bengasi. Eles teriam sido raptados em Derna, um reduto jihadista no
país africano, e foram encontrados mortos na cidade costeira de Bayda. Não há
informações sobre a data exata da execução dos jornalistas.
A
Federação Internacional dos Jornalistas (IFJ), uma organização sediada em
Bruxelas e que promove a liberdade de imprensa, disse estar "chocada com
estes brutais assassinatos". Jim Boumelha, presidente do grupo, pediu às
autoridades que identifiquem os assassinos para que respondam pelos crimes
perante a Justiça.
O EI vem ganhando terreno numa Líbia
destroçada pela guerra civil desde o fim da revolta que depôs o ditador Muammar
Khadafi, em 2011. Atualmente, dois governos lutam pelo poder, um em Trípoli,
dirigido pela milícia Fajr Libya, e outro com sede no leste do país,
reconhecido pela comunidade internacional. Os parlamentares se refugiaram em uma embarcação em Tobruk e não possuem nenhum tipo de
poder sobre as duas principais cidades do país, Trípoli e Bengasi. Milhares de
refugiados deixam o país todos os dias.
Nesta segunda-feira, duas pessoas
morreram e sete ficaram feridas após morteiros atingirem prédios residenciais
em Bengasi. Recentemente, o EI assumiu a autoria das execuções perpetradas
contra trinta cristãos etíopes. Os radicais postaram o vídeo com os assassinatos na internet.
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