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Missionário Vicente Dudman
Formatura:
Teologia - Escola Teológica das
Assembleia de Deus no Brasil
Direito - Universidade Estácio de
Sá (Câmara Cascudo) no Rio
Grande do Norte.
Inglês - University of Texas
Estados Unidos. |
Estamos disponibilizando pra você todo início de semana, mais um comentário sobre cada lição da EBD. Assim fazemos, para que os irmãos possam melhor preparar sua aula. Cada item, contém um comentário, para que o amado leitor entenda melhor os tópicos da lição. Estudaremos esta semana a lição de nº 1 desse quarto trimestre, que tem como título: Genesis, o Livro da Criação Divina. Para cada tópico, deixamos o nosso comentário. Fizemos cuidadosa pesquisa a respeito dessa tão importante lição. Buscamos auxílio e Ainda recorremos a vários mestres no assunto, para que pudéssemos aplicá-lo para o seu melhor entendimento. Em caso de dúvidas com relação ao assunto, deixe seu comentário, a sua dúvida, no final desta postagem, que responderemos com todo prazer a sua pergunta. Espero que satisfaça a todos, e tenha uma boa aula.
INTRODUÇÃO
Sem o Gênesis, não teríamos condições de responder
às grandes perguntas da vida: "Quem fez os céus e a terra?" e
"De onde viemos?" Tendo em vista a sua importância à nossa fé,
começaremos a estudar, a partir de agora, essa porção tão querida das Sagradas
Escrituras.
Que o Senhor nos ajude a entender a sua obra criadora
e os propósitos da sua criação. E que o Espírito Santo nos ilumine com as
histórias e doutrinas do livro que, escrito há três mil e quinhentos anos,
jamais perdeu a influência e a atualidade.
Estude metodicamente o Gênesis. Destaque as partes
que mais lhe tocarem o coração, aplicando-as à sua vida. Você comprovará a
eficácia desse livro da Bíblia em seu cotidiano.
Comentário
Gênesis (do
grego Γένεσις, "origem",
"nascimento", "criação") é o primeiro livro
tanto da Bíblia Hebraica como da Bíblia cristã. Gênesis é o nome dado pela
Septuaginta (versão da Bíblia hebraica traduzida em etapas para o grego
koiné, entre o século III a.C. e o século I a.C., em Alexandria) ao
primeiro destes livros, ao passo que seu título hebraico Bereshit (בְּרֵאשִׁית,
B'reishit, "No princípio"
- Os livros da Bíblia Hebraica não tinham qualquer título. Eram chamados,
simplesmente, pela primeira ou primeiras palavras.) é tirado da primeira
palavra de sua sentença inicial. O livro de Gênesis tem sido por vezes chamado
de “semente-enredo” de toda a Bíblia. A maioria das principais doutrinas da
Bíblia é introduzida de forma “semente” no livro de Gênesis. Junto com a Queda
do homem, a promessa de Deus de salvação ou redenção é registrada (Gn 3.15). As
doutrinas da criação, imputação do pecado, justificação, expiação, depravação,
ira, graça, soberania, responsabilidade e muitas outras são abordadas neste
livro de origens chamado Gênesis. Muitas das grandes questões da vida são
respondidas em Gênesis. (1) De onde é que eu vim? (Deus nos criou - Gn 1.1) (2)
Por que estou aqui? (Nós estamos aqui para ter um relacionamento com Deus - Gn
15.6) (3) Para onde vou? (Temos um destino após a morte - Gênesis 25.8).
Gênesis é o primeiro dos cinco “livros de Moisés,” os quais compõem o
Pentateuco ou primeira divisão da Bíblia. O Pentateuco relata a história das
origens da nação israelita e de suas instituições, especialmente a Torá ou Lei
que Javé, o Deus de Israel, revelou ao seu povo escolhido. Dentro do
Pentateuco, o livro de Gênesis funciona como a introdução ao êxodo do Egito, o
grande evento salvífico do Antigo Testamento que deu início à nação israelita.
I - TEMA, DATA, AUTORIA E LOCAL
Neste tópico, buscaremos algumas informações
bibliológicas (é a ciência da história e composição dos livros.) sobre
o primeiro livro da Bíblia Sagrada.
1. Tema. O tema de Gênesis pode ser
resumido em seu primeiro versículo: "No princípio, criou Deus os céus e a
terra" (Gn 1.1). O assunto central do livro, portanto, é a origem divina
dos céus, da terra, da humanidade e do povo de Israel.
Comentário
O Comentarista aponta como ponto central a origem divina do que foi
criado; particularmente, entendo que o assunto central do livro é o pecado do homem e os passos iniciais
destinados à sua redenção, mediante uma aliança divina feita com uma
raça escolhida, cuja história primitiva ali se descreve. Deus criou
um universo que era bom e livre do pecado. Deus criou o homem para ter um
relacionamento pessoal com Ele. Adão e Eva pecaram e, assim, trouxeram o mal e
a morte ao mundo. O mal aumentou de forma constante em todo o mundo até que
houve apenas uma família em que Deus encontrou algo de bom. Deus enviou o
Dilúvio para acabar com o mal, mas salvou Noé, sua família e os animais da
Arca. Após o Dilúvio, a humanidade começou novamente a se multiplicar e a se
espalhar por todo o mundo.
2. Data. A
cronologia de que dispomos indica que o Gênesis foi escrito no século 15 antes
do nascimento do Salvador. É a obra mais antiga a chegar-nos integralmente às
mãos. Dos textos mesopotâmios e egípcios, por exemplo, só nos restam fragmentos
confusos e bastante duvidosos. Quanto ao Gênesis, nós o temos em sua
integridade.
Comentário
A Bíblia de
Estudo Plenitude (SBB) traz na introdução do livro de Gênesis o seguinte: “A data tradicional do êxodo do Egito se
encontra no meio de décimo quinto século a.C. 1Rs 6.1 afirma que Salomão
começou a construir o Templo “no ano 480 depois de saírem os filhos de Israel
do Egito”. Entende-se que Salomão tenha iniciado a construção em cerca de 960
a.C., datando assim o êxodo em 1440 a.C. Desta forma, Moisés redigiu o Êxodo
depois de 1440 a.C., durante os quarenta anos no deserto”.
3. Autoria. As evidências da própria
Bíblia indicam que o livro de Gênesis foi escrito por Moisés (Lc 24.44).
Inspirado pelo Espírito Santo, ele selecionou as narrativas orais e os
registros genealógicos conservados pelos hebreus, redigindo-os como um todo
homogêneo, coerente e lógico. Trata-se de um texto confiável e sem contaminação
mitológica. Jesus mesmo atestou-lhe a historicidade (Mt 19.4-6; Lc 11.51). Sua
inspiração divina é incontestável.
Comentário
Enquanto
nenhuma declaração é dada sobre quem teria escrito esse livro, a tradição
sempre tem dito que o autor desse livro é Moisés. Evidências para isso tem-se
encontrado: (1) No Novo Testamento normalmente atribui Gênesis a Moisés:
indicação desse fato é que em Jo.7.23 Jesus afirma que a circuncisão, que é
apresentada em Gn.17.12, faz parte da Lei de Moisés. Mais comum ainda no NT é a
declaração do Pentateuco como livro de Moisés. Evangelhos: Mt.8.5; 19.19.4-8;
Mc.1.44; 7.10; 12.19, 26; Lc.2.22; 5,14; 20.37; Jo.1.17, 45; 7.19, 22-24; 8.5;
Atos: At.3.22; 7.44; 13.39; 15.5; 28.23; Paulo: Rm.10.5; 10.19; 1Co.9.9; Autor
de Hebreus: Hb.9.19; 10.28. (2) No Antigo Testamento também parece atribuir a
autoria do Pentateuco (Tora) a Moisés: Livros Históricos: Js.1.7-8; 8.31-32;
1Re.2.3; 2Re.14.6; 21.8; Ed.6.18; Ne.13.1; Profetas: Dn.9.11-13; Ml.4.4. O
próprio Pentateuco aponta para esse fato: Ex.17.14; 24.4-8; 34.27; Nm.33.1-2;
Dt.31.9, 22. (3) Além disso, o autor do Pentateuco demonstra conhecer detalhes
tão particulares da história que só uma testemunha ocular poderia saber:
Quantidades específicas de fontes e árvores (Ex.15.27) Detalhes específicos do
povo em ocasiões específicas (Nm.2.1-31) Detalhes da alimentação (Nm.11.7-8).
Se alguém duvidar da autoria Mosaica do Pentateuco ou de Gênesis, deve atribuir
também ou falsidade ou erro, tanto dos textos do Velho, como do Novo
Testamento. Em outras palavras, os profetas, escritores, apóstolos e o próprio
Jesus Cristo deveriam ser considerados ou falsos ou equivocados. Portanto, “a
autoria de Gênesis é atribuída a Moisés, mais provavelmente durante a jornada
do Egito para Canaã, com o uso de fontes que tivesse à disposição, quer orais
quer escritas, debaixo do ministério orientador do Espírito de Deus. PINTO,
Carlos Osvaldo, Foco e Desenvolvimento do Antigo Testamento. pp.23. Disponível
em https://marceloberti.wordpress.com/2009/08/07/o-livro-de-genesis/ Em
Atos 7.37,38 se dissipa toda a dúvida quanto a origem do livro; foi recebido
das mãos de Deus por Moisés - nasceu no Monte Sinai.
4. Local. O livro de Gênesis foi
escrito durante a peregrinação dos filhos de Israel rumo à Terra Prometida,
isto é, entre o Egito e o deserto do Sinai (Êx 24.4).
Comentário
O livro de
Gênesis não afirma quando foi escrito. A data de sua autoria, como vimos, é
provavelmente entre 1440 e 1400 a.C., entre o tempo quando Moisés conduziu os
israelitas para fora do Egito e a sua morte, durante a peregrinação no deserto.
II - OBJETIVOS DO GÊNESIS
Todos os livros da Bíblia Sagrada foram escritos
com objetivos bem definidos, pois o propósito de Deus sempre foi a redenção
plena de Israel e dos gentios (2 Tm 3.16). Na leitura de Gênesis, ressaltamos
dois intuitos divinos.
Comentário
O propósito
do primeiro livro do Pentateuco é fornecer um breve sumário da história da
revelação, desde o princípio até que os israelitas foram levados para o Egito e
estavam a ponto de se tornarem em nação teocrática. De forma prática, Gênesis
parece demonstrar, do início ao fim, quem é o Deus que chamou a Moisés para
liderar o Povo. É nesse texto que Moisés registra YAHWEH como o Deus que é
poderoso para Criar, Julgar e Punir, Retribuir, Chamar, Restaurar e Salvar Seu
povo. Gênesis é um relato da Personalidade e Caráter de YAHWEH como Deus
Poderoso, Cuidadoso, Amoroso e Soberano.
1. Fortalecer a fé da geração do êxodo. Os
leitores ou ouvintes imediatos do Gênesis foram a geração dos filhos de Israel
que, resgatada do Egito, peregrinava em direção a Canaã. Na redenção dos
hebreus, o Espírito Santo usou não somente a doutrina do Único e Verdadeiro
Deus, mas também a narrativa da salvação (Êx 3.14-16).
Os israelitas, pois, careciam inteirar-se de uma
grande verdade: o mesmo Senhor, que criou todas as coisas e se revelou a
Abraão, era poderoso o bastante para introduzi-los na Terra Prometida (Êx
3.17). Eles precisavam saber, igualmente, que a região de Canaã pertencia-lhes
por direito, como atestam as várias escrituras de posse registradas em Gênesis
(Gn 12.1; 15.18; 17.8; 26.3; 28.13; 50.24).
Comentário
Em êxodo
17.14 e 34.27, Deus ordenou que Moisés escrevesse um livro, e de fato ele
escreveu (Êx 24.5-7; Nm 33.2; Dt 31.9) e chamou seu livro de o livro da aliança
(Êx 24.7), o livro desta lei (Dt 28.58,61); e este livro da lei (Dt 29.20-27;
30.10; 31.24-26). Isso inclui todo o Pentateuco, que foi considerado pelos
judeus um livro, com cinco partes. Gênesis registra com exatidão a criação, os
começos da história da humanidade e a origem do povo hebreu, bem como o
concerto entre Deus e os hebreus através de Abraão e os demais patriarcas.
Gênesis provê um alicerce essencial para o restante do Pentateuco e para toda a
revelação bíblica subseqüente. Preserva o único registro fidedigno a respeito
dos começos do universo, da humanidade, do casamento, do pecado, das cidades,
dos idiomas, das nações, de Israel e da história da redenção. Foi escrito de
conformidade com o propósito de Deus a fim de dar ao seu povo segundo o
concerto, tanto do AT quanto do NT, uma compreensão fundamental de si mesmo, da
criação, da raça humana, da queda, da morte, do julgamento, do concerto e da
promessa da redenção através do descendente de Abraão.
2. Responder às grandes perguntas da vida. Paulo sabia
como empregar as verdades do Gênesis. No Areópago de Atenas, ele deixou bem
patente aos filósofos que o Deus Desconhecido, tão venerado pelos gregos, era
de fato o Criador de todas as coisas (At 17.19-31). Além de evangelizá-los, o
apóstolo respondeu-lhes as grandes perguntas da vida: "Quem fez o
Universo?" "E de onde viemos?" Até então, eles haviam buscado
respostas em seus poetas e filósofos, mas a mitologia é incapaz de
satisfazer-nos à sede espiritual.
Na proclamação do Evangelho, faz-se necessária a
evocação de três verdades que se acham em Gênesis: 1) Deus criou os céus, a
terra e o homem; 2) Em Adão, todos pecamos, tornando-nos réus da morte eterna;
3) Entretanto, Deus providenciou-nos eficaz salvação através da semente
da mulher: Jesus Cristo, nosso Salvador.
A leitura do Gênesis nunca se fez tão necessária
como nos dias de hoje. Nossas crianças precisam saber quem fez todas as coisas.
O que eles veem não é obra do acaso; é criação divina. Se não formos
precavidos, doutrinas fúteis, como o evolucionismo, lhes roubarão a fé
salvadora.
Comentário
Apesar de
Gênesis mostrar o fracasso humano, sua queda e perda de sua posição para com
Deus, o livro também é o registro da graça de Deus. Desde o começo o Senhor
proveu a redenção do homem através da semente da mulher – a promessa do
nascimento de Cristo. O objetivo de Deus ao nos dar o livro de Gênesis não era
fornecer dados científicos, mas afirmar a existência de Deus, sua criação e soberania
sobre todas as coisas, a origem do pecado e a redenção em Cristo Jesus. Gênesis
registra o começo da história da humanidade, do pecado, do povo hebreu e da
redenção. (2) A história contida em Gênesis abrange um período de tempo maior
do que todo o restante da Bíblia, e começa com o primeiro casal humano;
dilata-se, abrangendo o mundo antediluviano, e a seguir limita-se à história do
povo hebreu, o qual semelhante a uma torrente, conduz à redenção até o final do
AT. (3) Gênesis revela que o universo material e a vida na terra são
categoricamente obra de Deus, e não um processo independente da natureza.
Cinqüenta vezes nos caps. 1—2, Deus é o sujeito de verbos que demonstram o que
Ele fez como Criador. (4) Gênesis é o livro das primeiras coisas — o primeiro
casamento, a primeira família, o primeiro nascimento, o primeiro pecado, o
primeiro homicídio, o primeiro polígamo, os primeiros instrumentos musicais, a
primeira promessa de redenção, e assim por diante. (5) O concerto de Deus com
Abraão, que começou com a chamada deste (12.1-3), foi formalizado no cap. 15, e
ratificado no cap. 17, e é da máxima importância em toda a Bíblia. (6) Somente
Gênesis explica a origem das doze tribos de Israel. (7) Revela como os
descendentes de Abraão, por fim, se fixam no Egito (durante 430 anos) e assim
preparam o caminho para o êxodo, o evento redentor central do AT. O que
precisamos mais para fundamentar a importância do livro para a apresentação do
plano redentor?
III - O CONTEÚDO DO GÊNESIS
O livro de Gênesis pode ser dividido em duas
grandes seções. Do capítulo um ao 11, temos a História Primitiva, que vai da
criação ao recomeço da civilização através de Noé. E, do capítulo 12 ao 50,
entramos em contato com o início da História de Israel. Todavia, para
efeitos didáticos, adotaremos uma divisão mais analítica.
Comentário
O livro de
Gênesis pode ser dividido em duas seções: História Primitiva e História
Patriarcal. A História Primitiva registra (1) Criação (Gênesis 1-2), (2) a
Queda do homem (Gênesis 3-5), (3) o Dilúvio (Gênesis 6-9) e (4) a Dispersão (Gênesis
capítulos 10-11). A História Patriarcal registra as vidas de quatro grandes
homens: (1) Abraão (Gênesis 12-25:8), (2) Isaque (Gênesis 21:1-35-29); (3) Jacó
(Gênesis 25:21-50: 14) e (4) José (Gênesis 30:22-50:26). Deus criou um universo
que era bom e livre do pecado. Deus criou o homem para ter um relacionamento
pessoal com Ele. Adão e Eva pecaram e, assim, trouxeram o mal e a morte ao
mundo. O mal aumentou de forma constante em todo o mundo até que houve apenas
uma família em que Deus encontrou algo de bom. Deus enviou o Dilúvio para
acabar com o mal, mas salvou Noé, sua família e os animais da Arca. Após o
Dilúvio, a humanidade começou novamente a se multiplicar e a se espalhar por
todo o mundo. Deus escolheu Abraão, através de quem Ele criaria um povo
escolhido e eventualmente o Messias prometido. A linhagem escolhida foi passada
para o filho de Abraão, Isaque, e então ao filho de Isaque, Jacó. Deus mudou o
nome de Jacó para Israel, e os seus doze filhos tornaram-se os antepassados das
doze tribos de Israel. Em Sua soberania, Deus fez com que o filho de Jacó,
José, fosse enviado para o Egito como resultado das ações desprezíveis dos seus
irmãos. Este ato, projetado para o mal pela perversidade dos irmãos, foi por
Deus destinado para o bem e eventualmente resultou em Jacó e sua família sendo
salva por José de uma fome devastadora, pois este havia adquirido grande poder
no Egito.
1. Criação. Em seus dois capítulos
iniciais, o autor sagrado mostra como vieram a existir os céus, a terra e a
humanidade. Tudo quanto vemos, e também o que não podemos ver, foi criado por
Deus (Gn 1-2).
O capítulo dois é dedicado à criação do homem e da
mulher e à instituição do casamento. Temos aqui uma história real, e não uma
parábola como alegam os incrédulos.
Comentário
Capítulos 1
e 2 falam sobre a criação do Universo pela palavra de Deus. O autor não
apresenta argumentos filosóficos nem explicações científicas deste processo.
Ele afirma que Deus falou e, pela força da sua palavra, criou todas as coisas.
O primeiro capítulo descreve a criação geral e o segundo volta a destacar mais
detalhadamente o que Deus fez para criar o homem e a mulher, o casal que passa
a ser conhecido como Adão e Eva. Deus criou este casal com a capacidade de
compreender palavras faladas e de escolher entre o amor e o ódio. O amor seria
manifestado em atos de obediência para agradar o Criador, enquanto a rebeldia
seria prova do desrespeito para com ele. Descobrimos no capítulo 2, também, a
vontade de Deus sobre o casamento. Antes de existir qualquer tipo de igreja ou
religião organizada, Deus explicou sua intenção de um homem e uma mulher se
unirem no casamento (Gn 2.24; compare Mc 10.5-8).
2. A Queda e a degradação humana. Nos
capítulos três, quatro e cinco, vemos como o pecado foi introduzido no mundo e
as suas terríveis consequências. Em meio a essa tragédia, porém, o Senhor
anuncia a redenção da humanidade através da semente da mulher (Gn 3.15).
Comentário
Os Capítulos
3, 4 e 5 destacam a separação do homem de Deus em consequência do pecado. Adão
e Eva desobedeceram a palavra de Deus e sofreram várias consequências deste
erro. O mais grave dos resultados foi a separação de Deus na expulsão do casal
do paraíso terrestre do Éden. Depois, outros também pecaram e sofreram
consequências.
3. O dilúvio. Devido à degradação da raça
humana, o Senhor decreta o fim da primeira civilização. A descendência de Adão,
porém, seria preservada por intermédio de Noé (Gn 6-8).
Comentário
Os Capítulos
6 a 9 relatam um dilúvio mundial que Deus usou para limpar o mundo do pecado e
começar novamente com a família de Noé. Oito pessoas foram salvas pela água (1
Pedro 3:20).
4. O recomeço da civilização. Passado
o grande dilúvio, Noé dá início a um novo ciclo civilizatório. A história do
recomeço é contada dos capítulos nove a 11 de Gênesis. Dessa forma, o clã
noético acaba por gerar nações, línguas e culturas diferentes.
Comentário
Os Capítulos
10 e 11 descrevem a dispersão dos descendentes de Noé depois do dilúvio. Foram
espalhados pela confusão dos idiomas que Deus fez quando alguns tentaram se
exaltar contra o Senhor. No final do capítulo 11, a lista dos descendentes de
Noé chega a Abraão, o personagem principal do resto do livro de Gênesis.
5. A origem da nação de Israel. A
partir do capítulo 12 até ao fim do livro, o autor sagrado dedica-se à formação
da nação de Israel. A história do povo eleito, no Gênesis, tem início com
Abraão e encerra-se com José.
Comentário
Os Capítulos
12 a 50 contam a história de quatro gerações da família pela qual Deus prometeu
cumprir seus propósitos para com os homens. Deus prometeu fazer dos
descendentes de Abraão uma grande nação que receberia uma terra especial. Mais
importante, ele disse que um dos descendentes deste patriarca abençoaria todas
as famílias da terra. Esta profecia de Gênesis 12:1-3 predisse a vinda de Jesus
Cristo uns 2.000 anos antes do seu nascimento. Nestes capítulos, aprendemos
sobre a fé obediente de Abraão, Isaque, Jacó e José. Também descobrimos como
esta família chegou ao Egito, onde passou gerações na escravidão. Desta maneira
Moisés apresentou o pano de fundo para o povo israelita de sua geração
compreender seu lugar no plano de Deus.
CONCLUSÃO
Veja como são contrastantes o primeiro e o último
versículo de Gênesis. Na abertura do livro, um toque de indescritível alegria:
"No princípio, criou Deus os céus e a terra" (Gn 1.1). No último, uma
nota de condolências: "E morreu José da idade de cento e dez anos; e o
embalsamaram e o puseram num caixão no Egito" (Gn 50.26).
Apesar do luto que encerra o Gênesis, todos, judeus
e gentios, somos chamados a herdar a vida eterna. Foi o que o Senhor prometeu a
Abraão: "Em ti serão benditas todas as famílias da terra" (Gn 12.3).
Essa promessa é disponibilizada aos que creem em Jesus e receberam o perdão de
seus pecados.
Comentário
Uma das
principais mensagens do livro de Gênesis foi bem resumida em um comentário no
Novo Testamento sobre os patriarcas: “Todos
estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, e
saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra.
Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria”
(Hb 11.13-14). O primeiro livro da Bíblia está cheio de esperança!] “NaquEle
que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de
vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.
Missionário
Vicente Dudman
Natal/RN
Setembro de
2015