O caso
registrado em Rio Branco (AC) envolve o pastor Valmirez Peres e outras duas
pessoas, suspeitos de matarem a facadas o jovem José Celeste Souza. O crime foi
cometido no domingo, 10 de maio, e o rapaz faleceu na segunda-feira após ser
submetido a duas cirurgias.
De acordo com
a Polícia, o pastor compareceu à delegacia acompanhado de um advogado, prestou
depoimento à delegada Wânia Lília e na sequência, liberado.
Uma das filhas
do pastor, Mayara Peres, 22 anos, disse que o pai agiu em legítima defesa, pois
Souza teria agredido sua irmã, com quem namorava.
“Ele fez isso
para defender a família. O cara [vítima] tinha ido no sábado lá na minha casa e
fez uma confusão, tudo porque ele queria levar minha irmã embora. O
relacionamento deles durou dois meses. Passaram um mês namorando escondido,
tudo desmoronou quando eles se assumiram. Vamos trazer os Boletins de
Ocorrência que foram feitos depois que ele bateu na minha irmã. Tem como
comprovar que minha irmã foi agredida. Em nenhum momento meu pai pensou em
fugir. Ele cometeu um crime e está disposto a pagar”, afirmou Mayara.
A jovem
relatou ainda que seu irmão, de 20 anos, considerado suspeito de participar do
crime, está disposto a se apresentar na delegacia, assim como sua outra irmã de
17 anos, também suspeita de participar da morte de Souza.
“Meu pai
poderia fugir da Justiça, mas não vai fugir da Justiça de Deus. Meu irmão está
aguardando o advogado ver a situação do meu pai para depois vir se entregar”,
afirmou Mayara, de acordo com o G1.
A delegada Wânia Lília confirmou que o
pastor alegou legítima defesa no depoimento e esperou passar 48 horas do
momento do crime para esperar vencer o flagrante e se apresentar: “Ele resolveu
comparecer com seu advogado e nós continuaremos com as investigações, para
chegar em um resultado final. Segundo ele, era um problema de família, ele não
concordava com o relacionamento da filha, que se relacionava com a vítima. Nós
iremos continuar com o inquérito para dar uma solução para as famílias”, disse
a delegada.
O padrasto de
Souza, Sifrônio Bezerra, 55 anos, lamentou a morte do rapaz e disse que vem
sendo ameaçado pela família do pastor. O aposentado contou que sofreu um
atentado na terça-feira, 12 de maio, quando duas pessoas em uma motocicleta
disparam três tiros contra ele: “Poderiam estar me velando hoje. Meu filho foi
morto inocentemente, ele estava trabalhando. Em momento nenhum meu filho bateu
na namorada. Eu também não queria que ele namorasse essa menina, cheguei a
retirar ela de dentro da minha casa. Eu não conheço nenhum deles, só criaram
rixa com meu filho”, lamentou.
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