Entretanto, no Estado de São Paulo, o
crescimento da confissão evangélica entre jovens superou a taxa de crescimento
do segmento como um todo: 70% contra 61%, de acordo com os dados divulgados de
uma amostra da pesquisa referente à região conhecida como ABCD, que compreende
os municípios de Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema.
“Esse crescimento também é atrelado a
uma abordagem mais jovem, um público que ficou afastado por muito tempo. No
final dos anos 1980, começo dos 1990, começou um movimento gospel que trouxe
uma linguagem muito mais voltada para jovens, com músicas, por exemplo”,
afirmou a professora de Teologia da Universidade Metodista de São Paulo, Magali
do Nascimento Cunha, em entrevista ao jornal ABCD.
Segundo Magali, não é apenas o discurso,
mas o comportamento evangélico que tem atraído os jovens: “É uma linguagem que
não é apenas jovem, mas uma cultura em que ser cristão não é ser ultrapassado,
mas que pode ser algo moderno também”, pontuou.
Porém, de acordo com a entidade
Servindo Líderes e Pastores (Sepal), o crescimento evangélico pode estar
comprometido e não manter a mesma taxa nas próximas décadas: “Quando os
evangélicos eram em torno de 13 milhões, tínhamos 880 missionários trabalhando
em missões transculturais. Depois de pouco mais de 20 anos somos 45 milhões com
apenas 3.200 missionários transculturais. A partir do ano 2000, o crescimento
caiu vertiginosamente. Hoje existe apenas um aumento de 3,5 % em números de
missionários enviados anualmente”.
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