O
reverendo Hermes C. Fernandes publicou um artigo em seu blog Cristianismo Subversivo e falou a respeito da reação policial
às manifestações. De acordo com o reverendo, “a abordagem truculenta da polícia
nos remeteu aos tempos da ditadura militar”.
“Sobrou até
para jornalistas que cobriam o protesto. Alguns tentaram ridicularizar o
movimento, dizendo que não valia a pena lutar por míseros vinte centavos. Os
grandes veículos de comunicação anunciaram em tom jocoso”, comentou Fernandes.
A respeito da
opinião pública, que em parte reprovou as manifestações, Fernandes chama
atenção para o surgimento de um movimento semelhante aos organizados em países
do Oriente Médio, em que a população protestou contra as ditaduras.
“Para uns, os
manifestantes não passavam de baderneiros. Para outros, um bando de
esquerdistas e anarquistas. Mas o que eu vi foi o despertar de um gigante,
quiçá, semelhante ao que se levantou no mundo árabe recentemente, e que atendeu
pela alcunha de ‘Primavera Árabe’. Convém lembrar que, coincidentemente, o
estopim do grande movimento pelos direitos civis nos EUA encabeçado por Martin
Luther King, Jr. foi uma crise entre a população negra de uma cidade e as
empresas de ônibus”, relembrou.
Hermes C. Fernandes
se diz favorável às manifestações por seguir o exemplo de Jesus: “Como pregador
das boas novas do reino, não posso deixar de me posicionar. E sinceramente,
jamais me posicionaria ao lado dos poderosos, dos que oprimem a população, dos
empresários de ônibus e dos governos corruptos e hipócritas que só lembram do
povo em época de eleição. Seria como se os discípulos de Jesus se
posicionassem por Herodes, Pilatos ou mesmo por César. Prefiro estar ao lado
dos oprimidos, dos explorados, que cansados saem às ruas em busca de justiça”.
Outro
pastor, Ariovaldo Jr, idealizador da Bíblia Freestyle e colunista do Gospel+, publicou um vídeo criticando a postura das
pessoas que reprovam os protestos. Segundo ele, a lógica desse pensamento é que
é “inútil” protestar contra pequenas coisas, porém o acúmulo de pequenos
motivos levou o povo às ruas.
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