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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Religiosos sem compromisso com Deus e comprometidos com políticos ou partidos. A fé é sagrada.


Missionário Vicente Dudman
Estamos vivendo um período de grande importância da vida política brasileira, pois chega agora as eleições municipais em todos os municípios do território brasileiro. Embora esse nome “política”, tenha causado até nojo em certas pessoas e tenha feito com que muita gente tenha se afastado desse tema, devido aos escândalos envolvendo autoridades escolhidas pelo a vontade soberana do povo para governarem o Município, o Estado e a Nação.  Mas apesar de tudo isso, cremos que a conquista do voto num país que por algumas vezes viveu longos períodos de ditadura, deve ser visto como uma avanço para nosso país.
Mas o que me preocupa nesse momento, como cristão e seguidor dos preceitos bíblicos, São alguns líderes religiosos, que fazem mal uso de suas funções para sensibilizar alguns cristãos a favorecer determinado candidato ou partido através dos votos dos fiéis.
Como cristãos e eleitores, devemos saber que temos o nosso direito garantido pela Constituinte e até mesmo pela própria Bíblia que é o livre arbítrio. Temos o direito de ir e vir bem como de escolher nossos representantes livremente sem a interferência de A ou B, pois nem mesmo Deus interfere em nossas escolhas ou vontade. Pois a nossa fé não está a venda e nem se negocia.
A realidade é que estamos numa época (assim como em outros momentos) em que existem pactos espúrios com partidos ou candidatos para conseguir benefícios para igrejas ou denominações, como, por exemplo,  a doação de terrenos para templos, obter concessões de rádios e TVs ou mesmo ter tratamento diferenciado perante a lei.
Esses são apenas alguns tipos de barganha, “acertos”, acordos e composições de interesse que infelizmente costumam acontecer “por trás dos púlpitos” em tempos de campanhas eleitorais, envolvendo também políticos e candidatos evangélicos. A fé é sagrada! Não pode ser tratada como moeda para conseguir vantagens. É lamentável que a sede de poder e dominação, que tem contornos diabólicos, sejam ainda hoje uma tentação para muitos. O papel da Igreja na sociedade não é servir-se do estado, mas zelar para ser a consciência da sociedade, “A igreja… não é a senhora ou a serva do Estado, mas, antes, a sua consciência… E nunca sua ferramenta!”.
Deus não precisa de apadrinhamento político para cumprir seus propósitos na História e é Ele quem defende sua Igreja. A Igreja, antes de desejar os tronos desse mundo, só reina pelo Serviço, na busca da Justiça e pela propagação do Amor que encontramos nos braços afetuosos do nosso Pai Eterno.
A igreja não deve tomar partido, pois Deus não tem partido. Deus não é refém de uma ideologia ou partido, e a causa do Reino de Deus não pode ser instrumentalizada em favor de quem quer que seja. Tentar identificar a fé cristã com esse ou aquele partido ou ideologia é o “X” da questão. Os líderes religiosos jamais podem esquecer que com Deus não se brinca e que o nome dEle não pode ser usado em vão! Deus, não é manipulado por mãos humanas, não pode ser tratado como uma marionete de projetos de poder, ou para favorecer preferências políticas pessoais, por melhor que pareçam.
O pastor pode participar da formação política de suas ovelhas? Sim! Somos a favor que haja nas igrejas um processo comunitário de reflexão, oração, e investigação de temas e os pastores e líderes devem se empenhar para que os crentes votem com ética e discernimento. Porém, a bem de sua credibilidade, o pastor deve evitar transformar o processo de elucidação política num projeto de manipulação e indução político-partidário. Ademais, no debate político-partidário, a opinião do pastor deve ser ouvida apenas como a palavra de um cidadão, e não como uma profecia, e a ética pastoral indica que ele não deve favorecer sua inclinação pessoal em detrimento aos outros irmãos.
A pluralidade que hoje é marca da igreja evangélica nos convoca a que não sejamos tutelados por posicionamentos de apoio a candidatos ou partidos dentro da igreja, sob o prejuízo de não apenas constranger os eleitores, mas causar divisão na comunidade de fé.
Sempre tenho dito, se desejamos mesmo que nosso país seja transformado pelos valores do Reino de Deus, precisamos nos arrepender de certas posturas também no campo do debate político e perceber o estragos causados pela relação promíscua com o poder. O que dizer quando estes espalham boatos em relação a um político com a intenção de induzir os votos dos eleitores assombrados, na direção de um outro candidato com o qual estejam compromissados? O que falar de certos políticos que são ajudados pela prática do voto de cajado quando eles fazem a “oração da propina” ou das “sanguessugas evangélicas” que desviaram verbas públicas destinadas para a saúde do nosso povo?
Enfim, poderíamos citar ainda uma série de casos escabrosos que deixaram nódoas na imagem pública da igreja, mas a questão essencial é que esse tipo de prática frequentemente tem causado mau testemunho para os não cristãos e não é incomum os evangélicos serem tratados como massa de manobra por esses.
Nesse momento especial de nossa nação, cumpramos com integridade e espírito público nossa vocação de cidadãos brasileiros. Para os nossos irmãos de fé, nosso estímulo é:
“Pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus”. Miquéias 6:8b
Que Deus abençoe a todos.

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