O vídeo traz uma espécie de mea-culpa,
pois o pastor diz que “é feio julgar uma pessoa você julgar uma pessoa por um
ato errado”, e acrescenta que é natural do ser humano cometer injustiças:
“Julgamos os outros com o pior que temos, e julgamos a nós mesmos com o melhor
que temos”.
Mais à frente, Malafaia menciona o
bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, e sua antiga
relação com ele, na época em que ele foi preso.
“Eu me lembro quando tentaram armar
uma perseguição contra a Igreja Universal, que botaram o bispo Edir Macedo na
cadeia […] Eu posso ter diferenças, mas a verdade não me peça [para omitir]
porque eu tenho diferença com alguém. É normal. Paulo teve diferença com Pedro,
com Barnabé. Isso é ser humano. Eu tenho discordâncias com vários líderes, e
eles comigo. É um direito. Não os odeio. Botaram o cara [Macedo] na cadeia por
pura molecagem. Eu fiquei tão indignado de ver aquilo… Parti pra dentro na TV.
Sabe o que me disseram? ‘Malafaia, tu tá ferrado’”, relembrou o pastor.
Na sequência, Malafaia acrescentou que
não se arrepende do episódio ocorrido há 23 anos: “Eu posso ter a minha
diferença que é normal. Só no céu vai haver perfeita harmonia. Algumas coisas
da minha vida, se eu voltasse atrás, não faria. Mas se tem uma coisa que eu
faria, era defender eles [a Igreja Universal] de novo.
De acordo com
o jornalista Lauro
Jardim, da revista Veja, o vídeo do pastor teria sido “interpretado
por muitos evangélicos como uma tentativa de amenizar as críticas feitas a Edir
Macedo durante a campanha ao governo do Rio de Janeiro”, quando “Malafaia
desceu a borduna no bispo no horário eleitoral gratuito e bateu
boca com Marcelo Crivella em
um debate promovido por VEJA” na capital fluminense.
No entanto, o próprio jornalista
adicionou a informação de que a especulação sobre as motivações do pastor para
fazer o vídeo são infundadas: “Malafaia nega que esteja querendo levantar uma
bandeira branca para Edir Macedo”, escreveu Jardim.
Ao final do vídeo, Malafaia diz que “estamos
vivendo um momento muito delicado” no país, e que “precisamos orar” pela nação:
“Na época da eleição, eu botei pra quebrar contra o governo. [O PT] ganhou a
eleição? Eu tenho que orar. Não tem jeito, gostando ou não, você tem que orar.
É o que a Bíblia manda. Não queremos ver o Brasil no caos”.
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