O presidente do país, general Abdel Fatah al-Sisi,
declarou luto oficial de sete dias, e convocou o conselho de defesa para
retaliar a execução dos cidadãos egípcios. Após a decisão sobre como reagir, a
Força Aérea bombardeou áreas controladas pelos aliados do Estado Islâmico na
Líbia.
Al-Sisi afirmou que os ataques aéreos foram uma
resposta a “assassinos que não demonstram qualquer sinal de humanidade“,
segundo informações do Jornal Nacional.
Um comunicado das Forças Armadas disse que os
bombardeios foram feitos “contra quartéis, posições, lugares de concentração e
treinamento, e armazéns de armas” dos jihadistas leais ao Estado Islâmico no
território líbio, e a ação militar cumpriu seus objetivos “com exatidão”.
Ainda segundo o mesmo comunicado, os aviões da
Força Aérea egípcia “voltaram sãos e salvos para suas bases” no país, e que o
bombardeio foi “uma vingança ao sangue egípcio” derramado pelos terroristas, de
acordo com a Folha de S. Paulo.
O bombardeio foi realizado com o consentimento dos
militares da Líbia, que também participaram da ação militar. “Novos ataques
aéreos serão realizados em coordenação com o Egito”, afirmou um representante
do governo oficial do país, que está sediado na cidade de Tobruk, pois perdeu o
controle da capital, Trípoli, para o Estado Islâmico.
Repúdio
O governo brasileiro manifestou reprovação à
decapitação dos egípcios, mas omitiu em sua nota, a religião dos homens
assassinados pelo Estado Islâmico, referindo-se a eles como “trabalhadores” ao
invés de cristãos.
A fé professada por eles foi o principal motivo das
mortes, com os terroristas frisando que tratava-se de uma mensagem à nação da
cruz, uma referência aos bilhões de cristãos no mundo.
“O Brasil manifesta sua indignação diante do brutal
assassinato de 21 trabalhadores egípcios, alegadamente em território líbio, por
membros do grupo autodenominado Estado Islâmico. A intolerância religiosa e o
recurso à violência política merecem o mais veemente repúdio do governo e do
povo brasileiro”, disse a nota divulgada pelo governo, de acordo com
informações do Uol.
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