Um jornalista que conseguiu se infiltrar nas
fileiras do Estado Islâmico revelou que os militantes do grupo terrorista
acreditam que serão salvos por Jesus Cristo após uma batalha de escala
apocalíptica em Jerusalém.
Graeme Wood disse à CNN que os extremistas usam
apenas trechos do alcorão como base para seus ensinamentos, e distorce a
mensagens dos textos, colocando-os fora de contexto.
Wood afirmou que os militantes não são genuinamente
muçulmanos, pois seguem trechos dos ensinamentos do alcorão, enquanto em
“outros [pontos] simplesmente optam por ignorar”, e a partir dessa visão
parcial e deturpada, constroem suas crenças.
Dentro desse ambiente, o sincretismo religioso
surge e leva os terroristas a acreditarem que “Jesus Cristo irá resgatá-los
quando forem cercados por uma figura antmessiânica ou anticristo durante uma
batalha final em Jerusalém”, relatou Wood.
O jornalista acrescenta que, dentro da crença dos
extremistas/terroristas, “o resgate divino acontecerá durante a batalha, quando
estiver quase a terminar e o Estado Islâmico tiver apenas 5 mil dos seus
combatentes vivos”.
O sincretismo religioso fica explícito porque a
crença dos militantes do Estado Islâmico os insere no cenário do armagedon, que
é apontada pela Bíblia Sagrada como a batalha final do Apocalipse, com a
participação de todas as nações da Terra e que, em seu desfecho, aponta para
uma derrota dos aliados do anticristo.
“A noção de que o ISIS possa recorrer à figura
messiânica de Jesus Cristo pode ser facilmente explicada teologicamente, porque
o Corão não só reconhece a divindade e a existência do Messias Jesus Cristo,
bem como do culto mariano e da existência da Virgem Maria. Mas é totalmente
contraditória com a prática do grupo guerrilheiro: porque durante o assassinato
da praia da Líbia, os 21 cristãos coptas não foram poupados por terem gritado
‘Jesus Cristo!’ nas suas expiações finais”, comentou o jornalista Augusto
Ramos, no Blasting News.
Esses relatos aumentam as especulações de que o
Estado Islâmico seja resultado de iniciativas de governos de diversos países,
para manipular a política internacional e gerar demandas militares.
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