A onda de protestos nos países
muçulmanos contra o filme “A Inocência dos Muçulmanos”, que fala sobre Maomé,
figura importante do islamismo, gerou uma manifestação específica contra o
cristianismo.
O
líder muçulmano egípcio Abu Islam atacou o cristianismo segurando um exemplar
do Alcorão durante os protestos: “Esse é o livro de verdade e de paz. O lugar
certo para as palavras deste livro é sobre nossas cabeças, porque é a
verdadeira inspiração”, afirmou, referindo-se ao livro sagrado do Islã. O
clérigo complementou seu discurso, mostrando o livro cristão, que segurava na
outra mão: “Este é o livro que aquele ‘cão’ Terry Jones acredita, assim como
aqueles cristãos egípcios que vivem na América com ele. Hoje eu só posso
destruí-lo”, afirmou pouco antes de rasgar a Bíblia, e complementou: “Da
próxima vez, vou urinar sobre ela”, segundo informações da Missão Portas Abertas.
Já
o pastor Terry Jones, conhecido por também destruir um exemplar do Alcorão,
afirmou nos Estados Unidos que o filme criticado pelos muçulmanos não é
ofensivo ao islamismo: “Fomos contatados pelo produtor do filme `Inocência dos
Muçulmanos` para o ajudar a distribuir”, afirmou o polêmico pastor, que
garantiu que a produção “não pretende insultar a comunidade muçulmana, mas
revelar verdades sobre Maomé que possivelmente não são muito conhecidas”.
Jones
pontuou ainda que “é muito claro que Deus não influenciou a Maomé na escrita do
Corão”, e atacou o islamismo usando os protestos como ilustração de seu
argumento: “A recente onda de violência e as mortes não são causadas pelo
filme, não são causadas pelas atividades que temos desenvolvido e vamos
continuar a desenvolver”, disse, afirmando que os atos “mais uma vez revelam a
verdadeira natureza do Islã”, que segundo ele, “não tolera críticas a Maomé, ao
Corão ou à Sharia”, observou, referindo-se à lei islâmica.
O
procurador chefe do Egito, segundo informações do site Actualidad, irá pedir a
prisão do pastor Terry Jones e do produtor do filme, Elia Basily, também
conhecido como Nakoula Basseley. A publicação porém, não explica como o
procurador pretende conseguir a detenção dos dois.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
Nenhum comentário:
Postar um comentário