De acordo com um relatório
do jornal “Líbano Hoje”, em sua versão para o inglês, o grupo jihadista
Ansar al-Sharia, assumiu alguns meses atrás o controle de uma grande área do
Iêmen e já impôs a lei islâmica, ou sharia. Poucos dias depois, o grupo crucificou
e expôs em praça pública, três homens, acusando-os de serem agentes a serviço
dos EUA.
O
analista de terrorismo Walid Shoebat confirma que a inscrição colocada na cruz
de uma das vítimas diz: “Ele foi crucificado por três dias, de acordo com a
sharia”.
Shoebat
afirma que as penalidades segundo a sharia foram aplicadas em homens acusados
de passar informações para as forças americanas que possibilitaria ataques de
“drones” sem piloto que sobrevoaram o país.
De
acordo com a tradução de Shoebat, o relatório do grupo jihadista diz: “Aquele
que eles apelidaram de ‘capitão’ foi executado e crucificado, durante três
dias, na entrada da cidade de Jaar, na província de Abyan, para ser visto por
todos que entram e saem da cidade. Dois sauditas e um iemenita foram executados
pela espada, durante e madrugada, pelas mãos do Ansar al-Sharia, e [os
terroristas] absolveram o quarto réu da execução por causa de sua pouca idade .
A
acusação seria forte. Esses homens teria plantado rastreadores em carros que
pertencem a líderes da Al Qaeda. Assim, eles seriam alvos fáceis para os drones
ou UAVs (Veículo Aéreo Não Tripulado).
De
acordo com Shoebat, as crucificações na região são “algo novo”. O relatório a
que ele teve acesso afirma que esse tipo de “incidente” segue a seqüência de
eventos que ocorreram anteriormente no Afeganistão e no Iraque, onde o Islã é a
religião estatal e a sharia é levada à risca. O que mudou no Iêmen é o fato de
parte do país estar nas mãos de grupos ligados a Al-Qaeda, que praticamente
exerce a função de governo.
Os
extremistas muçulmanos tomaram parte do Iêmen em meio a uma recente tentativa
de revolução que visou derrubar o presidente. No último ano, fontes indicam que
ocorreram oito execuções por causa da lei islâmica: três por crucificação e
cinco por decapitação.
Há
relatos de crucificações semelhantes na Tunísia, segundo canal Tunísia-Sat.
Mas
a situação mais preocupante é a do Egito. Embora tenha sido negada pelo
presidente Mohamed Morsi durante um encontro com líderes cristãos do país.
Em
um comunicado de imprensa após essa reunião em 22 de agosto, o Bispo
Episcopal-Anglicano do Egito, Mouneer Hanna Anis, disse que está esperançoso.
“O presidente nos garantiu que está trabalhando para realizar o sonho de que o
Egito seja um país democrático e moderno, onde os direitos da cidadania e
previstos na nova Constituição sejam cumpridos”, disse Anis.
Shoebat
acredita que, para Morsi, o encontro foi meramente uma oportunidade de aparecer
ao lado de cristãos nas fotos, mas que seu discurso é ‘morno e distorcido’, no
que se refere às minorias como judeus e cristãos. Recentemente
ele foi visto em uma mesquita orando pelo fim dos judeus na terra.
Al
Dostour, um conceituado jornal egípcio publicou uma matéria sob o título
“Dissidentes da Irmandade Muçulmana crucificam em frente ao palácio
presidencial no Egito”, que mostrava fotos de um homem egípcio nu, crucificado
e com parte do corpo arrancada. O motivo seria uma tentativa de intimidação aos
que protestavam contra o presidente egípcio. A rede Arabic Sky News reproduziu
a matéria em seu site, mas o governo nega as acusações.
Ao
mesmo tempo, a liderança da Irmandade Muçulmana egípcia e os líderes salafistas
que atuam no parlamento estão debatendo a crucificação como uma forma aceitável
de punição, pois o país deverá adotar oficialmente a sharia em breve.
Os
embates com os coptas do Egito parecem ter aumentado significativamente nos
últimos tempos. Um vídeo postado no YouTube mostra coptas lutando
violentamente contra os muçulmanos, que estariam, sequestrando mulheres cristãs
e fazendo-as de escravas.
Vários
jornais árabes também referenciadas as crucificações, e uma série de sites
relataram eles, incluindo um que postou uma imagem de um homem que tinha sido
alvo, mas aparentemente sobreviveram com uma ferida aberta no seu lado.
Shoebat
lembra que a “aplicação estrita” da lei islâmica sempre gera problemas em um
país, especialmente no que diz respeito ao trato com os que não seguem o Islã.
A expectativa é que em todo Oriente Médio e norte da África, os cristãos possam
ver a perseguição aumentar e voltarem a ser crucificados, como ocorria nos
tempos do Império Romano.
Fonte: Gospel Prime
Nenhum comentário:
Postar um comentário