As operações aconteceram em
campos suspeitos de pertencer aos terroristas do Boko Haram nas cidades de
Bulajilin e Manawashe. O Exército também afirmou ter matado 30 supostos
insurgentes do Boko Haram e ter recuperado armas e munições. Os reféns
libertados foram levados ao campo de deslocados de Mubi, no Estado vizinho de
Adamawa.
O comunicado também afirma
ter matado em uma emboscada quatro suspeitos que planejavam ataques suicidas na
cidade de Gubula, no estado de Adamawa.
Segundo a Anistia
Internacional, o Boko Haram sequestrou ao menos 2.000 mulheres e meninas na
Nigéria desde janeiro. Em abril de 2014, o sequestro de cerca de 200 estudantes
na cidade de Chibok provocou forte comoção em todo o mundo, bem como críticas
contra o então presidente, Gooluck Jonathan, por sua fraca resposta à situação
das jovens.
O Exército nigeriano
reivindicou nos últimos meses uma série de missões bem-sucedidas contra o Boko
Haram no intuito de encerrar a insurgência de seis anos do grupo islâmico. No
final de setembro, as autoridades nigerianas anunciaram o resgate de 241
mulheres e crianças em operações contra os insurgente no nordeste do país, e no
começo de agosto, o Exército alegou ter libertado 178 pessoas, incluindo mais
de 100 crianças, na cidade de Aulari, 70 km ao sul de Maiduguri, a capital do
estado de Borno.
Na terça-feira, a Força
Aérea nigeriana declarou ter bombardeado depósitos de veículos e combustível do
grupo em um esforço para deteriorar ao máximo seus recursos. O comandante da
aviação, Sadique Abubakar, afirmou em um comunicado que os bombardeios abrem
caminho para um ataque final das tropas terrestres.
O atual presidente,
Muhammadu Buhari, que ascendeu ao poder em maio com a promessa de destruir o
Boko Haram, deu aos seus comandantes o prazo de derrotar o grupo até o fim de
dezembro.
A violência do Boko Haram
matou pelo menos 17 mil pessoas e forçou cerca de 2,5 milhões a fugir de suas
casas desde 2009. O Boko Haram também tem organizado ataques em Camarões, Chade
e Níger. Uma força regional multinacional envolvendo Nigéria, Camarões, Chade,
Níger e Benim tem tentado combater os insurgentes.
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