Estamos disponibilizando pra você todo início de semana, mais um comentário sobre cada lição da EBD. Assim fazemos, para que os irmãos possam melhor preparar sua aula. Cada item, contém um comentário, para que o amado leitor entenda melhor os tópicos da lição. Estudaremos esta semana a lição de nº 5 desse quarto trimestre, que tem como título: Caim Era do Maligno. Para cada tópico, deixamos o nosso comentário. Fizemos cuidadosa pesquisa a respeito dessa tão importante lição. Buscamos auxílio e Ainda recorremos a vários mestres no assunto, para que pudéssemos aplicá-lo para o seu melhor entendimento. Em caso de dúvidas com relação ao assunto, deixe seu comentário, a sua dúvida, no final desta postagem, que responderemos com todo prazer a sua pergunta. Espero que satisfaça a todos, e tenha uma boa aula.
INTRODUÇÃO
O capítulo 4
de Gênesis apresenta a triste história do primeiro homicídio da Terra. Caim, o
primeiro homem nascido de mulher, matou o próprio irmão depois que teve sua
oferta recusada por Deus. O que deveria ser uma ocasião de ações de graças
enlutou a família de Adão. Caim demonstrou, dessa forma, que era do maligno,
que tinha um coração e atitudes que desagradavam a Deus.
Comentário
No capítulo
3 de Gênesis, o homem estava em perfeita comunhão com Deus, no capítulo 4 a
raça humana já não tem comunhão com Deus, antes está completamente morta e
tende para o mal. Este capítulo também revela como o pecado se espalhou na
primeira família e então na sociedade. Verdadeiramente a depravação bem cedo
floresceu e se espalhou. A oferta de Caim foi rejeitada porque ele mesmo não
era justo diante de Deus. A Bíblia toda ensina que nada do que nós oferecemos a
Deus é aceito se não estivermos corretos diante dEle [Gn 4.5, Hb 11.6; Is
1.10-15]. Caim se achou no direito te tirar a vida do próprio irmão por pura
inveja. O pecado do capítulo 3 está tomando uma nova cara. Vemos em Caim
inveja, cobiça, ódio, ira… Triste realidade: a violência cresce! Vemos
claramente a violência crescendo a cada dia. A crueldade dos homens parece não
ter fim.
I. CAIM, SEGUIDOR DE SATANÁS
1. A semente
da mulher. O
nascimento de Caim foi acolhido com ações de graças a Deus. Ao contemplar o
filhinho, exclamou Eva: “Alcancei do Senhor um varão” (Gn 4.1). Eva considerou
que seu primeiro filho foi um presente de Deus. A seguir, nasceu Abel, o
segundo filho, e a partir daí a narrativa bíblica vai apresentar as profissões
de cada um dos irmãos: Caim se tornou um lavrador, e Abel, um pastor.
Satanás,
pelo que inferimos dos fatos, não teve muito esforço em aliciar o primeiro
filho de Adão. Dessa forma, Caim entra para a História Sagrada como o primeiro
discípulo declarado do Diabo, cuja lista seria longa e enfadonha: Faraó,
Herodes, Stalin, e alguns contemporâneos nossos.
Comentário
Aqui nós
temos o relato inspirado do nascimento das primeiras crianças no mundo. O
primeiro recebeu o nome de Caim, que significa "adquirido" ou
"obtido". Alguns acreditam que Eva pensou que ele seria o Messias prometido
em Gênesis 3.15. Entretanto, parece que ela cedo aprendeu o triste fato de que
este mundo é um lugar de tristeza e vazio. O segundo filho se chamou Abel, que
quer dizer "vaidade" ou "vapor." Eva deve ter se tornado
cada vez mais consciente da destruição que o pecado produziu. Entretanto, o
nome de Caim parece mostrar que ela acreditava nas promessas de Deus. Caim foi
a primeira pessoa que mostrou o quão perverso o homem poderia ser após os
efeitos da entrada do pecado no mundo pelo evento conhecido como “A Queda”; ele
não conseguiu dominar sua natureza caída, convidou seu irmão Abel a ir para o
campo e lá o atacou matando-o. Como entender que Caim era filho do malígno? “e conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela
concebeu e deu à luz a Caim, e disse: Alcancei do SENHOR um homem.” (Gn
4.1), “não como Caim, que era do
maligno, e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras
eram más e as de seu irmão justas.” (1Jo 3.12), a resposta é que ele era
filho fisicamente de Adão e espiritualmente de Satanás: “vós tendes por pai ao diabo, e quereis
satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não
se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira,
fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.” (Jo
8.44), “disse: Ó filho do diabo, cheio
de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás
de perturbar os retos caminhos do Senhor?” (At 13.10), mesmo filiação
chamada também de filho da desobediência: “em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o
príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da
desobediência;” (Ef 2.2), “estando
nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela
graça sois salvos),” (Ef 5.6); “pelas
quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência;” (Cl
3:6). Todo aquele que comete pecado tem filiação com o diabo: “Quem comete o pecado é do diabo; porque o
diabo peca desde o princípio...”. (1 Jo 3.8). Isto posto, não apenas
Caim, Faraó, Herodes, Stalin, e alguns contemporâneos nossos, mas muitos
“crentes” em nosso meio!
2. O
agricultor. Já
homem feito, pôs-se Caim a trabalhar a terra, conforme o Senhor havia ordenado
(Gn 1.26-28). E, pelo que depreendemos, ele foi muito bem-sucedido como
agricultor. A Terra, embora amaldiçoada pela transgressão de seu pai, não lhe
negou colheita alguma. Solo arável não lhe faltava naquele mundo sem fronteira.
Comentário
Geralmente é
aceito que o nome “Caim” significa “adquirido” (do hebraico gana), porém no original a sua forma
exata é “qayin” e também pode significar “lança” ou “ferreiro”. A profissão de
Caim era lavrador da terra.
3. A
apostasia de Caim. Apesar
de seu sucesso profissional, Caim não se voltou a Deus em espírito e em verdade
(Jo 4.23). Antes, deixou-se cooptar pelo Diabo. Este, sempre oportunista, fez
daquele jovem o seu principal aliado, objetivando frustrar a redenção da
humanidade.
Mas Satanás
estava enganado. Embora sagaz, pouco sabia dos reais planos de Deus para a
nossa salvação. Enquanto isso, ia o jovem Abel tangendo o seu gado na graça
divina.
Comentário
A oferta de
Caim foi rejeitada porque ele mesmo não era justo diante de Deus. A Bíblia toda
ensina que nada do que nós oferecemos a Deus é aceito se não estivermos
corretos diante dEle [Gn 4.5, Hb 11.6; Is 1.10-15]. Caim errou no que deveria
fazer, especialmente por lhe ter faltado fé: “pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual
alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e
por ela, depois de morto, ainda fala.” (Hb 11.4), ou seja, por não crer,
ele fez diferente do que lhe foi requerido e com isso reprovado.
II. O CULTO DE CAIM
A Escritura
diz que, passado algum tempo, Caim e Abel trouxeram, do fruto do seu trabalho,
uma oferenda ao Senhor.
1. O
sacrifício rejeitado. “E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra
uma oferta ao Senhor” (Gn 4.3). É provável que ele tenha aprendido a cultuar a
Deus com o seu pai, Adão, pelo menos, exteriormente. Do fruto de sua colheita,
separou uma oferta ao Criador. Podem ter sido frutas, legumes ou cereais,
oferendas válidas (Lv 23.10).
Comentário
Note o
seguinte texto:“e a Sete também nasceu
um filho; e chamou o seu nome Enos; então se começou a invocar o nome do SENHOR.”
(Gn 4.26); aparentemente, há uma contradição, não é? Como se explica isso? “E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe
do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. E Abel também trouxe dos primogênitos
das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o SENHOR para Abel e para a sua
oferta.” (Gn 4.3,4); a resposta é simples, de fato, sempre houveram
verdadeiros adoradores a Deus, começando pelos nossos pais, Adão e Eva,
passando por outros tantos, ocorre que o que houve de especial em Gn 4.26 é que
agora a população já estava maior, se fala em adoração pública, distinta das
realizadas anteriormente, quando era restrita ao seio do lar, esta é a
diferença, uma é reservada, a outra é pública.
Abel também
pôs-se a cultuar o Senhor, oferecendo-lhe as primícias do rebanho (Gn 4.4). Diz
o texto sagrado que Deus atentou para o sacrifício de Abel, mas rejeitou o de
Caim (Gn 4.5). O problema não estava na oferta, mas no ofertante. Tanto a
oferta de animais, como a de frutos da terra, eram igualmente aceitáveis no
culto divino. Não nos esqueçamos de que o Senhor viria a reprovar até mesmo a
oferta animal ao tornar-se esta formal e impiedosa (Jr 6.20).
Comentário
No texto de
Gênesis o único indício que temos sobre o motivo de Deus não aceitar a oferta
de Caim está no versículo 7: “Se você
fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba que o pecado o ameaça à
porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo”. O problema de
Caim era “não fazer o bem”.
Muitos interpretes tentam explicar essa recusa e três possibilidades são as
mais sugeridas:
a. A primeira sugestão é que Abel ofereceu
o melhor que possuía, ao contrário de Caim. Curiosamente essa é a sugestão mais
conhecida, porém não existem indicações bíblicas que defendam essa hipótese no
texto.
b. A segunda é que Caim trouxe uma oferta onde
não houve um “derramamento de sangue”, e, desta forma, se passou por um homem
justo e sem necessidade de qualquer sacrifício pelos pecados. Essa hipótese
assume que Deus previamente havia instruído sobre o tipo de oferta que deveria
ser apresentada para fazer a expiação pelos pecados, logo, Caim desobedeceu a
essa instrução. O versículo 3 do mesmo capítulo é utilizado para defender essa
interpretação, afirmando que o sacrifício já era habitual para eles.
c. A terceira possibilidade defende que a
atitude de Caim estava errada, em seu interior em relação a sua comunhão com
Deus. Em Hebreus 11.4 é relatado que “foi pela fé” que Abel ofereceu um
sacrifício maior que o de Caim, e, por sua ira invejosa, Deus censurou Caim.
2. A atitude
interior reprovada. Por que o Senhor reprovou o sacrifício de Caim? Porque o seu culto
não passava de uma mera formalidade. Como se não bastasse, apresentava-se a
Deus com a alma tomada pelo ódio. Naquele instante, indaga-lhe o Senhor: “Por
que te iraste? E por que descaiu o teu semblante?” (Gn 4.6). Por esse motivo,
recomenda-nos Paulo: “Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar,
levantando mãos santas, sem ira nem contenda” (1Tm 2.8).
Na Igreja de
Deus não pode haver espaço para homens iracundos e contenciosos, que farão da
obra do Senhor uma causa de ganho pessoal. Deus não se agrada de pessoas que
agem dessa forma.
Comentário
O sacrifício
deve ser oferecido com fé, pois, sem fé é impossível agradar a Deus,
indiferente do sacrifício. Os dois filhos de Adão trouxeram sacrifício ao
Senhor. O Senhor se agradou de um e desagradou-se do outro. E o que levou o
Senhor agradar-se de um e do outro não agradar-se está diretamente ligado ao
procedimento de fé de cada um dos irmãos. Havia no sacrifício de Abel um
ingrediente muito importante chamado fé, ao passo que, Caim, talvez estivesse
apenas cumprindo um ritual religioso. O que separa uma vida religiosa de uma
vida de intimidade com Deus é o ingrediente “fé” no que fazemos diante de Deus
e para Deus. Note que a razão do sacrifício é evidenciar a fé do ofertante:
Hebreus 11.4 assevera: “Pela fé Abel
ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de
que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto,
ainda fala.”
3. O pecado
sempre presente. Se
Caim o quisesse, poderia reverter aquela situação, dominando o seu coração
homicida. Eis o que lhe aconselha o amoroso Deus: “Se bem fizeres, não haverá
aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será
o seu desejo, e sobre ele dominarás” (Gn 4.7).
Caim
racionaliza o seu pecado. Recusando-se a fazer o bem, permitiu que Satanás lhe
tornasse mal o coração. Neste, o homicídio foi um processo que, germinado pela
inveja, frutificou numa ira assassina (Tg 1.13-15). Se não quisermos pecar
contra Deus, não permitamos que o pecado nos germine na alma. Arranquemos,
pois, as ervas daninhas que Satanás nos lança no íntimo.
Comentário
A diferença
entre Caim e Abel pode ser vista em todas as épocas. Os Publicanos e Fariseus
nos dão um retrato disto no Novo Testamento [Lc 18.9-14]. O "caminho de
Caim" [Judas 11] é o caminho da salvação através das obras e da religião.
Deus alertou a Caim, porém, ele não deu ouvidos. Eva foi induzida a pecar e
agora Caim não podia o resistir.
III. CAIM NÃO GUARDOU O SEU IRMÃO
O crime de
Caim foi doloso. Além de mover um ódio doentio contra o irmão, dissimuladamente
levou-o até a cena do crime, onde veio a matá-lo.
1. O crime. Narra o autor sagrado que, estando ambos no
campo, longe dos olhos dos pais, Caim insurgiu-se contra Abel e o matou (Gn
4.8). Assassino dissimulado e cruel, aproveitou-se da confiança de seu irmão
para matá-lo. Esse fato deve nos servir de aviso: até que ponto estamos
nutrindo sentimentos perniciosos contra nossos irmãos a ponto de planejar
contra eles o mal ou coisa pior? Que Deus nos faça refletir sobre nossas
atitudes e não nos deixe ser pessoas como Caim.
Comentário
Caim não
teve pensamentos de arrependimento, nutriu apenas pensamentos de vingança. O
Senhor questionou Caim para que ele tivesse oportunidade de se arrepender do
seu pecado. Infelizmente o assassino então mentiu. Quando nós seguimos o diabo,
agimos da mesma forma que ele [Jo 8.44]. O primeiro homem á morrer sobre a
terra foi um filho de Deus, que foi assassinado. Na verdade o ódio de Satanás
pelos filhos de Deus é antigo [Gn 3.15; Gl 4.29]. Caim matou Abel porque ele
era justo e conhecia o evangelho [1Jo 3.11-13]. O que nos traz conforto é saber
que o primeiro homem ao morrer, foi para o céu.
2. O álibi. Quando inquirido por Deus acerca do paradeiro
do irmão, Caim desculpa-se, como se estivesse noutro lugar, quando da morte de
Abel: “Não sei; sou eu guardador do meu irmão?” (Gn 4.9). O seu álibi é
energicamente destruído pelo justo Senhor: “Que fizeste? A voz do sangue do teu
irmão clama a mim desde a terra” (Gn 4.10).
Há muito
sangue clamando no mundo. A pergunta não haverá de ser emudecida: “Onde está
Abel, teu irmão?” (Gn 4.9). O que responderemos? De fato, somos chamados a
demonstrar amor e respeito uns pelos outros, pois somos guardadores de nossos
irmãos.
Comentário
O tema do
amor fraterno ocorre muito cedo na Escritura; desde o início, fica claro que
Deus coloca uma alta prioridade na maneira como irmãos se relacionam. Nest5a
passagem, a questão da responsabilidade de um pelo outro surge pela primeira
vez. Caim pergunta: “Sou eu guardador do meu irmão?” O termo usado para
guardador (Hb shamar) significa “guardar, proteger, prestar atenção, ou
considerar.” Somos nós responsáveis pelos outros? “Sem sombra de dúvida” é a
resposta de Deus. Nós não somente somos guardadores do nosso irmão, como também
somos responsáveis pelo nosso tratamento e pela nossa maneira de relacionar-se
com os nossos irmãos (de sangue e espirituais). Em virtude do pecado de Caim
contra o seu irmão, Deus o amaldiçoa em toda a terra, retira a sua habilidade
para o cultivo da terra e o sentencia a uma vida como fugitivo e errante. Isto
indica claramente que a falta de amor fraterno destina a pessoa à esterilidade
e ausência de propósito na vida.
3. A marca
do crime. Como a
administração da justiça ainda não havia sido delegada à comunidade humana, o
Senhor põe um sinal em Caim, para que ninguém viesse reivindicar-lhe o sangue de
Abel (Gn 4.15).
Caim, de
fato, não foi penalizado com a morte, mas ficou marcado para o resto de seus
dias, dando início a uma geração de assassinos, devassos e inimigos de Deus.
Comentário
O sinal de
Caim não é identificável, mesmo porque seus descendentes pereceram no dilúvio.
O sinal não era um estigma; antes, tratava-se de uma proteção para Caim e
mostrava o incrível amor de Deus até mesmo pelos pecadores impenitentes. Deus
demonstrou a gravidade do pecado de Caim e deu-nos a entender que ele era digno
de morte, ao declarar: “A voz do sangue de teu irmão clama [por vingança] da
terra a mim” (v. 10). Não obstante, até mesmo Caim parece ter reconhecido que
ele era merecedor da morte, e pediu proteção a Deus (v. 14).
CONCLUSÃO
O exemplo de
Caim deve nos fazer lembrar de que precisamos ter uma vida íntegra diante de
Deus e demonstrar amor e respeito para com o nosso próximo.
Abel foi o
primeiro crente a ser arrolado entre os heróis da fé. Quanto a Caim, foi o
primeiro ser humano a ter o nome riscado do Livro da Vida.
O que lhe
faltava? Uma vida que agradasse a Deus e o exercício do amor fraternal. Quando
não se ama como Jesus amou, o homicídio torna-se corriqueiro na vida do homem.
Por isso, há tantos homicídios em nosso meio. Homicídios espirituais, morais e
emocionais. Lembremo-nos das palavras de João: “Porque esta é a mensagem que
ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros. Não como Caim, que
era do maligno e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas
obras eram más, e as de seu irmão, justas” (1Jo 3.11,12).
Comentário
Caim e Abel
foram pessoas gratas a Deus. Isso num tempo em que nenhuma lei prescrevia que
devessem algum tipo de oferta, ou seja, ambos deram voluntariamente (o que
também demonstra que não é porque a oferta é voluntária que ela é melhor). Cada
um deles ofertou conforme o fruto do seu trabalho. Note que o texto diz que
Caim deu um fruto da terra, enquanto Abel ofertou as primícias e a gordura (a
melhor parte). Deus se agrada de quem o coloca no lugar certo - o primeiro
lugar. De quem lhe oferece o que tem de melhor. Não de quem paga as contas e,
se sobrar oferece algo. Não de quem vai à Igreja só quando não tem um programa
melhor. Não de quem doa aquilo que ocupa espaço na sua casa e precisa se
livrar. Nem aceita a desculpa de que "não é o melhor, mas é
sincero"... aqui cabe muito bem o dito popular que reza: “de boas intenções, o inferno está cheio!”.
Diante de tudo o que foi exposto, entendo que, uma vida de entrega a Deus só
conduz a mais entrega, uma vida afastada de Deus só leva a mais pecados. Não
podemos jogar a culpa da rejeição em Deus, se somos rejeitados é porque
provocamos isso e, como Deus alerta Caim, há tempo de se corrigir, mas se não
houver correção, vai pecar ainda mais - que foi exatamente o que aconteceu.] “NaquEle
que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de
vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.
Missionário
Vicente Dudman
Natal/RN
Outubro de
2015
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