A chefe da
diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, desde que assumiu o cargo, vem fazendo campanha pela
divisão de Jerusalém. O governo francês chegou a encaminhar um
pedido para o reconhecimento da Palestina este ano, e a entrega da porção
Oriental de Jerusalém como capital da Palestina.
Com assento
permanente no Conselho de Segurança da entidade, a postura francesa é muito
influente. Mas segundo a imprensa internacional, o pedido não foi adiante por
intervenção dos Estados Unidos no último momento.
Surgiu então a
possibilidade de se utilizar um artifício diplomático e pedir que o Muro das
Lamentações passe a ser considerado parte da Esplanada das Mesquitas.
A ideia foi apresentada ao Conselho Executivo da UNESCO, que tem 58 países
membros. A maioria deles é de nações muçulmanas, o que lhes garantiria o apoio.
Enquanto o
assunto não é votado na ONU, os conflitos da chamada
“intifada das facas” continua fazendo vítimas em Israel. Mesmo
com o governo do premiê Benjamin Netanyahu tomando uma série de medidas para
aumentar a segurança, a França pediu o envio de “observadores internacionais”
para Jerusalém, mais especificamente, ao complexo do Monte do Templo
O pedido, que
pode ser incluído em uma declaração do Conselho de Segurança da ONU, enviaria
uma força internacional da ONU para a capital do Estado judeu. Netanyahu acredita
que essa seria uma violação de sua soberania.
“Israel
rejeita a proposta francesa no Conselho de Segurança porque não inclui nenhuma
menção à incitação à violência e ao terrorismo dos palestinos”, declarou o
primeiro-ministro israelense. O ministério das Relações Exteriores de Israel
acusa Paris de “recompensar o terrorismo palestino”.
Quarenta e um
palestinos, a maioria agressores com facas, morreram desde o início dos
confrontos. Foram oito vítimas fatais do lado israelense, além de dezenas de feridos.
Ônibus foram incendiados no maior terminal de Jerusalém neste final de semana.
Grupos extremistas pedem que todos os árabes ataquem os judeus. A proporção de
árabes israelenses é de quase 20% da população.
Neste domingo,
o papa Francisco afirmou acompanhar “com grande inquietação” a situação de
violência que tomou conta da Terra Santa.
Em 2013, os
Estados Unidos chegaram a cogitar que Jerusalém Oriental e seus lugares
sagrados sejam administrados por um conselho internacional. Ele seria formado
por representantes palestinos e israelenses, além de países muçulmanos como
Turquia e Arábia Saudita. Como muitos desses locais são sagrados para os
cristãos, o Vaticano ficaria
encarregado.
Dezenas de palestinos
incendiaram na sexta-feira o túmulo de José, um dos 12 filhos do
patriarca Jacó. Neste domingo, um grupo de israelenses que visitavam o túmulo
de José foram atacados por palestinos antes de uma ação do exército que retirou
todos do local.
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