Estamos disponibilizando pra você todo início de semana, mais um comentário sobre cada lição da EBD. Assim fazemos, para que os irmãos possam melhor preparar sua aula. Cada item, contém um comentário, para que o amado leitor entenda melhor os tópicos da lição. Estudaremos esta semana a lição de nº 6 desse quarto trimestre, que tem como título: O impiedoso mundo de Lameque. Para cada tópico, deixamos o nosso comentário. Fizemos cuidadosa pesquisa a respeito dessa tão importante lição. Buscamos auxílio e Ainda recorremos a vários mestres no assunto, para que pudéssemos aplicá-lo para o seu melhor entendimento. Em caso de dúvidas com relação ao assunto, deixe seu comentário, a sua dúvida, no final desta postagem, que responderemos com todo prazer a sua pergunta. Espero que satisfaça a todos, e tenha uma boa aula.
INTRODUÇÃO
O
exemplo de Caim não demorou a generalizar-se. Se por um lado, sua descendência
destaca-se por empreendedores como Jabal e Jubal, por outro, é corrompida por
homens devassos e violentos como Lameque. Primeiro bígamo da história, este
viria a se notabilizar também por haver assassinado futilmente duas pessoas. E,
para comemorar o feito, compôs um poema. Os pecados de Caim e Lameque
alastraram-se de tal maneira que viriam a depravar, inclusive, a linhagem
piedosa de Sete. Vivemos dias semelhantes. A devassidão e a violência nunca
foram tão exaltadas. Esta geração existe como se não houvesse Deus. Entretanto,
perto está o dia do juízo sobre os praticantes da iniquidade. Lameque é o mais
perfeito símbolo da depravação total daquele período.
Comentário
Nestes poucos versículos nós temos
o desenvolvimento da civilização. Infelizmente os efeitos do pecado se
sobressaem. Mesmo aqui, os pecados que culminaram no dilúvio começaram a ser
praticados. Caim teve um filho, Enoque, e edificou uma cidade, Enoque. Tal pai,
tal filho. A linhagem de Caim constituiu uma raça de empreendedores impiedosos.
Caim, Enoque, Irade, Meujael, Metusael, Lameque formam essa linhagem. Sem
dúvida havia linhagens laterais, mas o livro menciona esta porque no fim dela
aparece Lameque, em cuja família culminam as características da linhagem.
Lameque tinha duas esposas, que lhe deram três filhos: Jabal, um boiadeiro, Jubal,
um músico e Tubalcaim, um forjador de metal. A violência de Caim repetiu-se em
Lameque, como se vê na sua “canção da espada” (Gn 4.23). Os descendentes de
Caim deixaram um legado de iniqüidade e maldade. Tornaram-se auto-suficientes e
a violência cada vez mais se multiplicava gerando uma sociedade hostil e
competitiva. Começava o olho por olho, dente por dente. Esta era uma geração
assassina e sábia. Caim e seus descendentes não estavam mais dispostos a viver
em conformidade com o padrão, então, Deus estava morto para eles. Faziam suas
próprias leis. Lameque havia matado alguém que tentou matá-lo e também outra
pessoa. Vangloriava-se disso e não necessitava da proteção de Deus como Caim. A
linhagem de Caim produziu as seguintes coisas: assassinato, cidade, poligamia,
músico, forjador de metal, poesia; mas nenhum exemplo de homens que “andavam
com Deu”.
Apesar
da Queda, o mundo antediluviano era farto e pródigo. Sua ecologia era perfeita;
sua tecnologia, considerável.
1.
Fartura de pão. A
Terra, embora amaldiçoada, era fértil e nada retinha à primeira civilização.
Todos comiam e bebiam à vontade (Mt 24.38,39). O pão não precisava ser
racionado, o azeite era abundante e o vinho escorria dos lagares. Tem-se a
impressão de que as pessoas daquela época viviam em permanente festança.
Ninguém era capaz de reconhecer que do Senhor é a Terra e a sua plenitude (Sl
24.1).
Comentário
Apesar do pecado, a Terra
pré-diluviana era um habitat perfeito; proporcionava alimentos e regalos a
todos. Por isso, os filhos de Adão davam-se ao luxo de viver irresponsável e
impiamente: “Porquanto, assim como nos
dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento,
até ao dia em que Noé entrou na arca” (MT 24.38). Aquela geração não se
angustiava com os problemas que, hoje, nos afligem. Ninguém se preocupava com a
ecologia. Água? Rios e riachos não lhes faltavam. Como possuíssem tudo em
abundância, gastavam as horas em orgias e truculências. Longevos, nem menção à
morte faziam. Comiam e bebiam, e contavam a vida em séculos, não em décadas.
2.
Saúde perfeita. Tais
facilidades propiciaram aos antediluvianos uma saúde perfeita. Não era incomum
encontrar pessoas de quase mil anos (Gn 5.27). Na genealogia de Adão,
deparamo-nos com homens mais velhos que muitos dos países do mundo. Imaginemos
a folha corrida de um pecador de 900 anos. Nove séculos de completa depravação.
Quantos roubos, assassinatos, adultérios, mentiras e intolerâncias. Aos olhos
do santo Deus, era algo abominável.
Comentário
Gênesis 1.6-7 menciona “águas
sobre” a “expansão” de águas que circundavam a terra. Tal “expansão de água”
teria criado um “efeito estufa” em toda a terra, e teria bloqueado muito da
radiação que agora chega à terra. Isto teria resultado em condições ideais de
vida na terra. Isto parece especialmente possível se considerarmos como a
duração da vida começou a encolher tão rapidamente depois do Dilúvio. Gênesis
7.11 possivelmente indica que, no Dilúvio, a “expansão de água” se derramou
sobre a terra, pondo fim às condições ideais de vida. Compare as idades antes
do Dilúvio (Gênesis 5.1-32) com as idades após o Dilúvio (Gênesis 11.10-32).
Imediatamente após o dilúvio, as idades decresceram dramaticamente.
3.
Beleza perfeita. Se
a saúde era perfeita, a beleza daquela geração era singular, haja vista a
formosura das filhas de Lameque. Não demorou para que viessem a encantar os
filhos de Sete (Gn 6.1,2). Imitando a bigamia de Lameque, estes homens, outrora
tão piedosos, tornaram-se polígamos incorrigíveis. Com tanta comida e bebida,
por que não viver em prazeres? Já que a vida era contada em séculos, ninguém
haveria de morrer amanhã. Sua filosofia não era apenas a busca pelo prazer, mas
também diabolicamente libertina. Aquela geração não possuía qualquer referência
moral ou ética.
Comentário
Sem sombra de dúvida, Adão teve
outros filhos depois de Sete, dos quais descenderam outras linhagens. A
linhagem citada parece ter sido escolhida por levar até Noé, que apresenta as
melhores características e através de quem a raça humana se perpetuou e o
descendente prometido veio. Podemos imaginar que o código genético humano ainda
não havia desenvolvido defeitos. Adão e Eva foram criados perfeitos. Certamente
eram altamente resistentes a doenças e enfermidades. Seus descendentes teriam
herdado tal vantagem, mesmo que em um menor grau. Com o passar do tempo,
entretanto, como resultado do pecado, o código genético humano em muito se
degenerou, e os seres humanos se tornaram mais e mais vulneráveis à morte e
doenças.
4.
Tecnologia avançada. O
mundo de Lameque podia ostentar um surpreendente avanço tecnológico. Adão ainda
vivia quando Tubalcaim começou a dedicar-se à metalurgia. Este foi um homem,
filho de Lameque e de Zilá, se tornou conhecido pela sua habilidade em lidar
com o cobre e o ferro (Gn 4.22). Além da metalurgia, aquela geração sabia como
trabalhar a madeira e a cerâmica. O próprio Noé, aliás, não teve dificuldades
técnicas em construir a Arca, nem os seus descendentes, após o Dilúvio,
viram-se impedidos de erguer a Torre de Babel.
Comentário
Claudionor de Andrade escreve em
sua obra de apoio a esta lição: Não há agricultura nem pecuária sem uma
indústria de base. Há de se ter, pelo menos, uma boa metal urgia para se forjar
enxadas, pás e relhas aos agricultores, e os instrumentos próprios dos
pecuaristas. É justamente aí que surge a indústria de Tubalcaim. Filho de Caim
com Zilá, foi ele “artífice de todo instrumento cortante, de bronze e de ferro”
(Gn 4.22). Não foi, portanto, o homo erectus quem descobriu o fogo. Dizem os
evolucionistas que este, ao observar os raios faiscando nas árvores, veio a
intuir ser possível dominá-lo. Também não foi Prometeu quem no-lo proporcionou,
roubando-os aos deuses do Olimpo. Se alguém descobriu o fogo não foi o homo
erectus, nem os deuses da mitologia grega, mas o justo Abel que, ao fazer sua
oferenda ao Senhor, queimou-a como cheiro suave. A partir daí, os filhos de
Adão passaram a utilizá-lo, a fim de preparar alimentos, alumiar suas casas,
etc. Tubalcaim viria a descobrir ser possível industriar o fogo e, assim,
fundir os minérios de bronze e de ferro. Ora, se a região era rica em ouro, por
que não explorá-lo? Acredito que, se a humanidade não tivesse pecado contra o
Senhor, poderia ter começado a civilização não a partir do ferro, mas do ouro.
Segundo a história secular, a Idade do Ferro teria começado por volta do ano
1200 a.C. Todavia, já na aurora da humanidade, havia um metalúrgico e fundidor
que, admirável mente, sabia como trabalhar o bronze e o ferro. Processando-os,
forjava instrumentos cortantes. Das forjas de Tubalcaim deve ter saído também
muita espada e punhal. Violência era o que não faltava àquela época.
II.
UM MUNDO TOTALMENTE DEPRAVADO
O
mundo de Lameque era ingrato e cruel. Voltando-se contra o Senhor, seus
descendentes cometeram os pecados mais hediondos e abomináveis.
Comentário
Em Rm 1.28-32, Paulo descreve os
gentios entregues à reprováveis sentimentos. Ele viu como evidência da culpa e
da servidão ao pecado o fato de que o conhecimento do juízo divino não atua
mais como força de restrição, antes, torna-se motivo para mais rebelião ainda,
sob a forma de encorajar outros ao pecado. Um sinal evidente de Deus ter
abandonado qualquer sociedade ou povo é que tais pessoas tornam-se obcecadas
pela imoralidade e perversão sexuais. A Expressão: "Também Deus Os
Entregou" À Imundícia (v 24),significa que Deus abandonou essas pessoas às
concupiscências mais baixas. A palavra "concupiscência" (gr.
epithumia) neste versículo, denota uma paixão desenfreada por prazeres sexuais
proibidos - pornografia, sensualismo, devassidão, libidinagem, lascívia e
luxuria! Deus “tirou o pé do freio” nos dias de Lameque, e os dias de hoje
apontam para esta mesma situação.
1.
Devassidão sexual. O
exemplo de Lameque logo viria a replicar-se por toda a descendência de Adão. A
família tradicional foi se degenerando. Os pecados sexuais, agora, eram
cometidos como se nada fosse proibido; não havia limites à fornicação nem ao
adultério. Até os mesmos descendentes de Sete portaram-se levianamente em meio
àquela imoralidade crassa e gritante; corromperam-se até o inferno. Relata o
autor sagrado: “Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas;
e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram” (Gn 6.2).
Comentário
Lameque, tomando para si duas
esposas, agiu em claro desacordo com as intenções de Deus. A poligamia é uma
prática contrária à ordem estabelecida por Deus na criação (Gn 2.24). Deus
tolerou a poligamia, mas nunca a aprovou. Conseqüentemente, verificamos que esse
mal sempre teve o seu devido castigo. Lameque não agiu por ignorância. Gênesis
4.24 mostra que ele conhecia as palavras de Deus. Não sentia nenhuma
necessidade da proteção que Deus havia prometido a Caim. Suas palavras, cheias
de orgulho e vanglória, manifestavam que se considerava capaz de se defender a
si mesmo. Ele mesmo poderia lutar por seus direitos! Não precisava de Deus para
nada! Vontade própria, independência e autoritarismo eram as características
dominantes de sua personalidade. Com essas características, pode-se “alcançar”
muito neste mundo pecaminoso.
2.
Violência sem limites. Os
excessos daquela gente redundaram numa geração truculenta e implacável. Os
assassinos eram cultuados como heróis: “Havia, naqueles dias, gigantes na
terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens
e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os
varões de fama” (Gn 6.4). O que dizer do nosso tempo? Embora não sejamos tão
fortes, nem tão longevos, em nada diferençamo-nos dos filhos de Lameque. Nunca
o homem fez-se tão imoral quanto hoje.
Comentário
A maldade e a corrupção daquela
geração abriram as portas para a violência. Os homens dos dias de Noé viviam
agredindo-se mutuamente, pois as Escrituras afirmam que “… encheu-se a terra de
violência” (Gn 6.11 b). Teologicamente,
Adão foi o grande responsável pela introdução do pecado no mundo (Rm 5.12).
Historicamente, porém, o pecado alastrou-se a partir de Lameque, filho de
Metusael (Gn 4.18). Foi ele o primeiro pecador confesso da história da
humanidade. De uma única feita, admitiu haver cometido duas transgressões
contra Deus. Sua confissão, todavia, não foi acompanhada de arrependimento nem
remorso; fez-se acompanhar de um medo que logo seria esquecido. Indiretamente,
confessa a bigamia. E, diretamente, o duplo homicídio. Sua confissão j az num
poema que, hoje, é conhecido como o Cântico da Espada. Se Caim teve de ser
duramente arguido por Deus para confessar o assassinato de Abel , não precisou
Lameque de arguição alguma. Espontânea e livremente, declara haver assassinado
banal mente dois homens. Um adulto, ele o matou porque o ferira. E um rapaz por
lhe ter pisado. Se recorrermos ao original , constataremos que o segundo crime
foi ainda mais grave. Lameque revel a ter assassinado um jovem. Em hebraico,
yeled pode aludir tanto a um adolescente quanto a uma criança. Logo, o seu
crime, além de banal e covarde, foi singularmente brutal . O Começo de Todas as
Coisas – Claudionor de Andrade, CPAD - p. 47. Gn 6.5: todo o desígnio do
seu coração – um retrato vívido da profundidade da depravação humana (compare
com Romanos 1.28-32).
3.
Resistência à graça divina. Por
muito tempo, o Espírito de Deus instou junto àquela geração para que se
convertesse e deixasse seus maus caminhos. Chegou, porém, o dia em que Deus deu
um basta em tudo aquilo. Declarou o Senhor: “Não contenderá o meu Espírito para
sempre com o homem, porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e
vinte anos” (Gn 6.3). A graça de Deus, ainda que perfeita e infalível, pode ser
resistida, haja vista a geração que saíra do Egito rumo a Canaã. Não obstante
os milagres que presenciara, endureceu o seu coração de tal forma, que veio a
ser rejeitada pelo Senhor (Hb 3.8). Isso significa que, mesmo hoje, há crentes
que reagem contrariamente à graça divina (Hb 3.15). Sim, apesar de saber que o
juízo divino é certo.
Comentário
termo “Contenderá” no original
hebraico é difícil de ser traduzida. Alguns estudiosos a relacionam ao termo
que significa “dominar” ou “julgar”, enquanto tradutores antigos a entendiam
como “permanecer” ou “habitar”. De qualquer forma, a sentença indica a retirada
do Espírito Santo, o doador da vida. Claudionor
de Andrade escreve: Da geração de Lameque, falou o Senhor: “O
meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias
serão cento e vinte anos” (Gn 6.3). Não sabemos por quantos anos, décadas, ou
séculos, a geração de Lameque resistiu ao Espírito Santo. Da resistência ao
Espírito de Deus, aqueles homens, mulheres e crianças passaram a blasfemar
contra a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, depravando-se total mente.
Imaginemos toda uma civilização a blasfemar contra o Espírito Santo. Fizeram-se
aqueles homens piores do que os demônios. Estes, por não serem dotados de
corpo, não podem estragar a criação física. Aqueles, pelo contrário, dotados de
corpo e alma, transgrediam tanto no campo espiritual , como âmbito terreno. Os
seguidores de Lameque eram duplamente endemoninhados.
III.
UM MUNDO CONDENADO À DESTRUIÇÃO
Noé
pregou aos seus contemporâneos durante muito tempo. Mesmo assim, a sua geração
não se curvou aos apelos divinos. Que diferença dos ninivitas, que deram
ouvidos à pregação de Jonas (Jn 3.10).
Comentário
A mensagem de Deus de julgamento
tem sempre a intenção de arrependimento e reconciliação, O arrependimento de
Nínive com a pregação de Jonas, libera a misericórdia de Deus –Deus se arrependeu.
1.
A pregação de Noé. Apresentado
como pregador da justiça, Noé cumpriu um longo e penoso ministério (2Pe 2.5).
Enquanto se dava à construção da arca, conclamava seus contemporâneos ao
arrependimento (1Pe 3.20). Se levarmos em conta Gênesis 6.3, concluiremos que o
seu ofício de pregoeiro teve a duração de 120 anos. Sem dúvida, foi o mais
longo ministério profético da Bíblia. Ele pregava com a voz e com as obras. A
construção da arca, em si, já era uma pregação carregada de eloquência.
Comentário
A sociedade adâmica fez-se tão
arrogante e insolente, tão inimiga de Deus e adversária de si mesma, que, em
breve, haveria de desaparecer da face da terra: nasceram, prosperaram,
depravaram-se totalmente e totalmente foram voltados à destruição, por haverem
rejeitado a graça divina. Em meio à essa degradação moral, ética e espiritual,
estava Noé, filho de Lameque, o décimo descendente de Adão, pela linhagem do
piedoso Sete (Gn 5.28,29); O nome Noé vem de um termo hebraico que significa
“alívio”, “descanso” ou “consolo”; Tal qual Enoque, Noé também é descrito como
um homem que andou com Deus (Gn 5.24; 6.9). A expressão “andar com Deus” aponta
para a sua conduta, caracterizada pela vida de comunhão e obediência a Deus.
Noé foi o “pregoeiro da justiça” (2Pe 2.5), essa descrição é única nas
Escrituras, mas é bem conhecida na tradição judaica. Refere-se ou a exortações
que não foram registradas no Antigo Testamento ou ao estilo de vida de Noé, que
condenava o pecado e recomendava vida justa aos seus contemporâneos.
2.
Uma geração corrompida. Apesar
das instâncias de Noé, seus contemporâneos corrompiam-se de tal forma, que se
tornaram totalmente depravados. Ao Senhor, portanto, não restava outra
alternativa a não ser destruir toda aquela civilização: “O fim de toda carne é vindo
perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os
desfarei com a terra” (Gn 6.13). A geração atual assemelha-se à de Noé. Apesar
da pregação do Evangelho, a iniquidade multiplica-se de tal modo que chega a
contaminar, inclusive, o amor dos fiéis (Mt 24.12). Comem, bebem e entregam-se
à sensualidade, como se não houvesse Deus.
Comentário
Como se não bastasse a maldade, a
corrupção e a violência, aquela geração também era caracterizada pela
incredulidade, pois não deram crédito à pregação de Noé “pregoeiro da justiça”
(2Pe 2.5). Nem mesmo a observação do milagre da entrada dos animais na arca,
fez com que eles tomassem a iniciativa de arrepender-se dos seus pecados e
entrar na arca para salvar as suas vidas. Tudo isto fez com que Deus tomasse a
iniciativa de destruir a sua criação e, através de Noé, dar início a uma nova
geração. Esta geração atual corresponda àquela.Note o seguinte do texto
referenciado (Mt 24.12): guerras, terremotos, perseguições e falsos profetas
são os sinais da vinda de Jesus, estes sinais indicam a certeza do julgamento.
O versículo 14 diz: “E será pregado este evangelho do reino por todo o
mundo...” há algum lugar onde a mensagem do Evangelho ainda não chegou com a
internet? "Haverá sinais no sol,
na lua e nas estrelas. Na terra, as nações estarão em angústia e perplexidade
com o bramido e a agitação do mar. Os homens desmaiarão de terror, apreensivos
com o que estará sobrevindo ao mundo; e os poderes celestes serão abalados.
Então, se verá o Filho do Homem vindo numa nuvem com poder e grande glória.
Quando começarem a acontecer estas coisas, levantem-se e ergam a cabeça, porque
estará próxima a redenção de vocês". (Lc 21.25-28). Não poderia
haver uma descrição mais precisa sobre o mundo atual do que esta: "Os homens desmaiarão de terror, apreensivos
com o que estará sobrevindo ao mundo". Armas nucleares são capazes
de destruir completamente o planeta. E se, por acaso, alguns terroristas
conseguirem se apossar de alguma ogiva nuclear? Jesus nos dá um fundamento para
nossa esperança nessa era de calamidades. A crise atual do planeta, "angústia e perplexidade", apenas
reforça a verdade de que a volta de Cristo está "próxima".
CONCLUSÃO
À
semelhança de Noé, proclamemos a Palavra de Deus a tempo e a fora de tempo;
esta é a nossa missão. Se nos conformarmos com o mundo, que esperança haverá
aos que ainda anseiam pelo Evangelho? Levantemo-nos como pregoeiros da justiça.
Ainda que soframos zombarias e escárnios, nossa missão não ficará inacabada.
Comentário
O Evangelho encontrou resistência
por muitos anos. Hoje, quase que da noite para o dia, a Europa Oriental se
libertou das cadeias de ferro do comunismo, o muro de Berlim caiu, o poderoso
Império Soviético se ruiu. Em pouco tempo, praticamente metade do planeta abriu
os braços para receber o evangelho. Não há barreiras para a Internet. Lugares
antes inalcançáveis, são inundados com o Evangelho. Assim, a mensagem da Cruz
Ensanguentada está verdadeiramente sendo espalhado por "todo o mundo"
como nunca foi visto antes. Estes são os dias preditos por Jesus quando
declarou: "Este evangelho do
reino será pregado em todo o mundo" e "então virá o fim" - "Os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como
tesouro, e se guardam para o fogo... mas nos, segundo a Sua promessa,
aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça" (2 Pd
3).] “NaquEle que me
garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é
dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Missionário
Vicente Dudman
Natal/RN
Novembro de
2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário