Estamos disponibilizando pra você todo início de semana, mais um comentário sobre cada lição da EBD. Assim fazemos, para que os irmãos possam melhor preparar sua aula. Cada item, contém um comentário, para que o amado leitor entenda melhor os tópicos da lição. Estudaremos esta semana a lição de nº 7 desse quarto trimestre, que tem como título: A família que sobreviveu ao dilúvio. Para cada tópico, deixamos o nosso comentário. Fizemos cuidadosa pesquisa a respeito dessa tão importante lição. Buscamos auxílio e Ainda recorremos a vários mestres no assunto, para que pudéssemos aplicá-lo para o seu melhor entendimento. Em caso de dúvidas com relação ao assunto, deixe seu comentário, a sua dúvida, no final desta postagem, que responderemos com todo prazer a sua pergunta. Espero que satisfaça a todos, e tenha uma boa aula.
INTRODUÇÃO
Resistindo
sistematicamente ao Espírito de Deus, o mundo de Lameque depravara-se
irreversível e totalmente. A apostasia, agora, era universal. Adultos, jovens e
crianças; todos corrompidos. Por isso, o Senhor anuncia um juízo também
universal: o Dilúvio.
Em meio
àquela geração, sobressai a justiça de Noé. Divinamente alertado, o patriarca
constrói uma arca, na qual sobrevive, com a sua família, à grande inundação.
O mesmo
desafio cabe hoje à igreja do Senhor. Se por um lado, cabe-nos proclamar o
Evangelho até aos confins da Terra, por outro, devemos preservar nosso lar em meio
a uma sociedade que jaz no maligno.
Comentário
Chegamos ao
capítulo 6 de Gênesis e ao relato do Dilúvio Universal. Pouco o mundo sabe
acerca dos relatos bíblicos, mas poucos desconhecem a história do dilúvio e de
como Deus salvou a Noé e sua familía numa arca. Muitas teorias contra e a favor
da veracidade do fato; alguns afirmam que foi local, outros defendem que foi
universal. Um dilúvio é conhecido e retratado em diversas culturas, fora do
relato bíblico do livro de Gênesis. Conforme o relato de Gênesis, essa
catástrofe abrangeu se não toda a terra, engoliu toda a humanidade, isto também
é o que se deduz dos relatos que são encontrados em todos os continentes e
entre quase todos os povos da terra. Todos estes relatos se referem a um
dilúvio destrutivo ocorrendo logo no início de suas respectivas histórias.
Notávelmente parecidos, todos afirmam que somente um ou poucos indivíduos foram
salvos e foram encarregados de repovoar a terra. Já é sabido que, até agora, os
antropólogos já reuniram cerca de 250 a 300 dessas histórias, o que somente
comprova a veracidade do relato de Gênesis. A intenção do dilúvio foi a
destruição da raça humana, totalmente depravada e sem recuperação; já a arca,
foi designada para salvar Noé e sua família e assegurar o cumprimento do
propósito divino para a criação e da promessa de salvação de Gênesis 3.15.
Apenas Noé era justo em seus dias. “Disse
o Senhor a Noé: Entra na arca, tu e tua casa, porque reconheço que tens sido
justo diante de mim no meio desta geração.” (Gn 7.1). É interessante
notar que, o que Deus resolveu destruir já era fadado à destruição: os homens
eram depravados e corruptos por dentro e em si mesmos; o relacionamento do
homem com seu semelhante se resumia numa palavra – violência!
Em toda
aquela geração, apenas Noé podia ser considerado justo e íntegro. Por essa
razão, Deus anuncia-lhe o Dilúvio, instruindo-o a construir a arca de salvação.
Comentário
O caráter de Noé é descrito por duas palavras: justiça eintegridade (Gn
6.9).O hebraico saddiq – justiça, é uma palavra forense
comumente usada com referência aos homens. Significa que eles se ajustam a um
padrão. Noé se ajustou ao padrão divino e encontrou a aprovação de Deus. No
entanto, apesar de haver a aprovação divina, esta não implica em perfeição por
parte de Noé. Implica simplesmente em que, aquelas coisas que Deus procura num
homem, estavam presentes em Noé; Ele foi um homem que guardou a Palavra de
Deus, que satisfez a expectativa de Deus para o homem, enquanto que o resto da
humanidade estava depravada. A segunda palavra hebraica é tamim – íntegro (completo), em Noé, não faltou nenhuma
qualidade essencial.
1. O anúncio
do Dilúvio. Já
decidido a destruir a Terra, o Senhor acha graça em Noé (Gn 6.8). O patriarca
soube como preservar moral e espiritualmente a esposa e os filhos. No entanto,
pelo que inferimos do texto sagrado, nada pôde fazer aos seus irmãos e
sobrinhos, pois estes também haviam se deixado corromper pelo exemplo de
Lameque.
Ao justo e
íntegro Noé, anuncia Deus o Dilúvio; “O fim de toda carne é vindo perante a
minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a
terra” (Gn 6.13). O patriarca sabia, através da fé, que o juízo era certo.
Quanto aos seus contemporâneos, preferiram ignorar a iminência do castigo
divino.
Comentário
É importante
salientar que não foram as obras de Noé que o preservaram do
julgamento, mas a graça. “Mas
Noé achou graça diante do Senhor” (Gn 6.8). Salvação é pela graça,
mediante a fé, não por obras, mas para boas obras. (Ef 2.8-10). Deus revelou
Seu plano de um juízo global catastrófico aproximadamente um milênio antes a
Enoque, que deu a seu filho o nome de Metusalém para celebrar a memorável
revelação. O nome Metusalém transmite um mau presságio e significa
literalmente, “Quando ele morrer, isso
será enviado”. Não é por coincidência que Metusalém morreu apenas alguns
meses antes do grande Dilúvio e que sua vida seja a mais longa registrada em
toda a história. A humanidade não estava apenas corrompida, mas era cheia de
violência; o mundo estava pronto para o juízo (v.11). E, embora Deus tenha
suspendido a execução da raça humana por muitos anos, Ele finalmente cumpriu o
que havia prometido.
2. Um juízo
que parecia improvável. Se considerarmos Gênesis 2.5, concluiremos que, naquele tempo, a
terra não era regada pela chuva como nos dias de hoje (Gn 2.6). Portanto, como
acreditar no Dilúvio se nem chuva havia? Dessa forma, os “cientistas” da época
devem ter questionado sarcasticamente a Noé. Nossa geração assim reage quanto à
vinda de Cristo (2Pe 3.4). O que parece improvável, porém, está prestes a
acontecer. Jesus está às portas.
Comentário
De onde
vieram as águas que inundaram a terra? A Bíblia afirma que “No ano seiscentos da vida de Noé, no mês
segundo, aos dezessete dias do mês, romperam-se todas as fontes do grande
abismo, e as janelas do céu se abriram” (Gn 7.11). As fontes do grande
abismo referem-se a uma espécie de sistema subterrâneo de reservatórios de água
que se precipitaram sobre a superfície terrestre. Muito provavelmente como hoje
vemos os geysers atuarem. Relativamente a isto, é interessante notar que, mesmo
hoje, existe água suficiente debaixo da Terra para substituir a água dos oceanos
mais de 10 vezes.
II. A CONSTRUÇÃO DA ARCA
A fim de
escapar ao Dilúvio, o patriarca foi orientado a construir um grande navio.
Obediente, ele levou o projeto adiante.
1. A planta
da arca. A
salvação é pela fé, mas a fé salvadora conduz-nos às boas obras (Ef 2.8-10).
Por isso Noé, movido por uma forte convicção quanto à iminência do juízo
divino, pôs-se a construir o grande barco.
A planta da
arca, mesmo que bastante simples, era eficaz: “Faze para ti uma arca da madeira
de gofer; farás compartimentos na arca e a betumarás por dentro e por fora com
betume. E desta maneira farás: de trezentos côvados o comprimento da arca, e de
cinquenta côvados a sua largura, e de trinta côvados a sua altura. Farás na
arca uma janela e de um côvado a acabarás em cima; e a porta da arca porás ao
seu lado; far-lhe-ás andares baixos, segundos e terceiros” (Gn 6.14-16).
O texto
sagrado nos mostra que a Arca era um enorme barco, e sem leme. A finalidade da
arca não era navegar, mas flutuar durante a grande inundação. O patriarca
cumpriu a vontade divina; em suas promessas, repousou. Deus é o nosso piloto.
Não se aflija. Deus está no comando.
Comentário
Construída
com madeira de gofer – palavra que significa "abrigar-se em" - uma
madeira usada para construir. É considerada como a maior parte dos ciprestes. “De acordo com a Bíblia, a Arca de Noé era
uma grande barcaça construída de madeira e impermeabilizada com betume. Suas
dimensões eram aproximadamente 450 pés de comprimento, 75 pés de largura e 45
pés de altura com três andares interiores. Aparentemente, uma “janela” foi
construída ao seu teto. (Gênesis 6:14-16). As dimensões da Arca tornam-a a
maior embarcação marítima conhecida existente antes do século XX e suas
proporções são surpreendemente semelhantes às encontradas nos grandes
transatlânticos atuais”.http://www.christiananswers.net/portuguese/q-abr/abr-a001p.html. Suas dimensões em medida padrão são de 35m de comprimento, 22,5m de
largura e 13,5m de altura (no hebraico: o côvado era uma medida linear de cerca
de 45 centímetros). Possuía 3 andares. Note o leitor que era uma arca, não um
navio, construída para flutuar e não para navegar- não possuía leme! O
criacionista holandês Johan Huibers decidiu arregaçar as mangas e construiruma
réplica da arca de Noé. Ele resolveu erigir a embarcação como uma demonstração
de sua fé na verdade literal da Bíblia. Com 150 côvados de comprimento, 30 de
altura e 20 de largura (67,5 metros x 13,5 x 9,0), a arca tem três andares e é
totalmente funcional. As madeiras empregadas foram o cedro e o pinho, uma vez
que até hoje os teólogos não concluíram o que seria o gôfer, madeira utilizada
na arca original (Gênesis 6:14). Aberta à visitação após dois anos de
construção, deixou o público boquiaberto, apesar de ter apenas metade do
comprimento da original. Huibers pretende criar um zoológico no primeiro dos
três pavimentos.
2. A
construção da arca. Enquanto Noé e seus filhos construíam a arca, apregoavam o juízo
divino. Por isso, ele é chamado de pregoeiro da justiça (2Pe 2.5). Assim faz a
Igreja. Enquanto aguardamos a volta de Cristo, proclamemos o Evangelho e o fim
de todas as coisas (1Pe 3.20). O Senhor não tarda.
Comentário
Por 120 anos
(Gn 6.3) Noé esforçou-se na construção da arca enquanto pregava o juízo
vindouro; 120 anos foi o prazo para que o homem abandonasse o caminho ímpio e
se voltasse para Deus. Em meio à iniqüidade e maldade generalizadas daqueles
dias, Deus achou em Noé um homem que ainda buscava comunhão com Ele e que era
varão justo. Hebreus 11.7 declara que Noé foi feito herdeiro da justiça que é
segundo a fé. O Novo Testamento também declara que Noé não somente era justo,
como também pregador da justiça (2 Pe 2.5). Nisso, ele é exemplo do que os
pregadores devem ser.
III. O DILÚVIO
Concluída a
arca, Noé e sua família entram na formidável embarcação. Passados sete dias,
veio o Dilúvio.
1. O
Dilúvio. Caiu
uma chuva torrencial durante quarenta dias e quarenta noites (Gn 7.12). Oceanos,
mares e rios confundem-se em ondas sucessivas, intermináveis e destruidoras. O
fim de um mundo corrupto e depravado havia chegado.
Noé, porém,
estava seguro. Junto a ele, a esposa, os três filhos e suas respectivas
mulheres. Ao todo oito pessoas (Gn 7.7). E, para conservar a vida sobre a nova
Terra, os animais: dois de cada espécie, macho e fêmea (Gn 6.19).
Comentário
Como já
vimos até agora, o Dilúvio descrito no livro de Gênesis foi, sem dúvida, um
evento cataclísmico histórico. Ele ficou preservado na memória de muitas
culturas, mais de duzentas e cinquenta. Evidências de uma inundação global são
encontradas em todos os continentes, nos desertos, nas mais altas montanhas e,
até mesmo, nos oceanos.Sugiro a leitura deste artigo:http://narrativabiblica.blogspot.com.br/2012/03/evidencias-e-explicacoes-sobre-o.html].
2. O Dilúvio
foi local ou Universal? Em 26 de dezembro de 2004, ocorreu um tsunami no Oceano Índico,
cujo epicentro deu-se na costa da Indonésia. Apesar de local, o fenônemo foi
sentido em várias partes do mundo. O que não diremos do Dilúvio? Acreditamos na
universalidade da grande inundação. A narrativa bíblica é bastante clara: “E as
águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que
havia debaixo de todo o céu foram cobertos” (Gn 7.19).
Comentário
Encontramos
narrativas de um dilúvio ocorrido em tempos remotos em quase todas
as culturas mundo a fora, algumas delas muito semelhantes com o relato de
Gênesis. A história babilônica do dilúvio, descoberto em tabuletas de argila é
o Épico de Gilgamesh. O mito sumério de Gilgamesh conta os feitos do rei da
cidade de Uruk, Gilgamesh, que parte em uma jornada de aventuras em busca da
imortalidade, nesta busca encontra as duas únicas pessoas imortais: Utanapistim
e sua esposa, estes contam à Gilgamesh como conquistaram tal sorte, esta é a
história do dilúvio. O casal recebeu o dom da imortalidade ao sobreviver ao
dilúvio que consumiu a raça humana. Na tradição suméria, o homem foi dizimado
por incomodar aos deuses. Os elementos comuns incluem a construção de um navio
e tomar todos os tipos de animais na mesma. Byron Nelson, em seu livro,
"The Deluge Story in Stone",tem tabuladas as características comuns
das lendas, inundação de muitas culturas e os comparou com o relato bíblico.
Os
contemporâneos de Noé tiveram mais de um século para se arrependerem e voltar
para Deus. Fizeram-se, porém surdos à proclamação do juízo divino.
1. Um juízo
universal. A
inundação foi universal como universal foi o juízo divino sobre a Terra. O
relato bíblico é impressionante e preciso: “E expirou toda carne que se movia
sobre a terra, tanto de ave como de gado, e de feras, e de todo o réptil que
rasteja sobre a terra, e de todo homem” (Gn 7.21).
Apenas Noé e
a sua família, bem como os animais que se encontravam com eles na arca, foram
preservados. A geração de Noé teve tempo para ouvir sua mensagem e ver a arca
sendo construída, mas não deu ouvidos à pregação e ao trabalho daquele servo de
Deus, e foi destruída. O pior juízo, contudo, achava-se no além.
Comentário
Gênesis 7.11
afirma que “se romperam todas as
fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram”. É aparente,
a partir de Gênesis 1.6-7 e 2.6 que o ambiente pré-dilúvio era muito diferente
do que o que temos hoje. Pedro também descreve a universalidade do dilúvio em
2Pe 3.6-7, onde afirma: “Pelas quais
coisas pereceu o mundo de então, coberto com as águas do dilúvio, Mas os céus e
a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se
guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios.”
Nestes versos Pedro compara o julgamento “universal” vindouro ao dilúvio do
tempo de Noé e afirma que o mundo que outrora existia foi inundado com água.
Também, a promessa de Deus (Gn 8.21; 9.11; 15) de nunca mais mandar tal dilúvio
já teria sido quebrada se se tratasse apenas de uma inundação local. Além
disso, todos os homens no mundo de hoje, segundo Gênesis 9.1,19, descendem dos
três filhos de Noé, e muitos escritores bíblicos posteriores aceitaram a
historicidade do Dilúvio mundial (Is 54.9; 1Pe 3.20; 2Pe 2.5; Hb 11.7). Por
último, o Senhor Jesus Cristo creu no Dilúvio universal e o tomou como o tipo
de destruição vindoura do mundo, quando Ele retornar (Mt 24.37-39; Lc
17.26-27).
2. O juízo
divino no inferno. Não
resta dúvida de que toda aquela geração pereceu e foi lançada no inferno, onde
aguarda a última ressurreição, a fim de comparecer ao Juízo Final (Ap
20.11-15). Eles sabem que isso acontecerá,pois o Senhor Jesus, no interlúdio
entre a sua morte e ressurreição, esteve no Hades, onde lhes proclamou a
eficácia da justiça divina.
Escreve o
apóstolo Pedro: “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o
justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas
vivificado no espírito, no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão, os
quais, noutro tempo, foram desobedientes quando a longanimidade de Deus
aguardava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca, na qual poucos, a
saber, oito pessoas, foram salvos, através da água” (1Pe 3.18-20 — ARA).
A geração de
Noé recusou-se a ouvi-lo, mas viu-se obrigada a escutar o Senhor Jesus que,
além de pregoeiro da justiça, apresentava-se, agora, como Rei dos reis e Senhor
dos senhores. Sua pregação não era redentiva, mas vindicativa.
Comentário
Há um
equivoco aqui quanto ao que Jesus fez entre sua morte e ressurreição, bem como
uma interpretação equivocada do texto de 1Pe 3.18-20. As Escrituras em lugar
algum afirmam que Cristo desceu ao inferno; que o diabo possuía as chaves da
morte e do inferno, que Jesus as tomou dele; uma segunda chance de salvação aos
desobedientes após sua morte. Note, ainda, o seguinte: Inferno (o
lago de fogo) é o lugar final e definitivo de julgamento para os perdidos; Hades é
um lugar temporário. Então, Jesus não foi ao “Inferno – lago de fogo” porque “Inferno” é uma esfera futura que somente entrará em vigor após o
Julgamento do Grande Trono Branco! (Ap 20.11-15). Entenda, ainda, que Seol
(AT)/Hades(NT) é uma esfera com duas divisões (Mt 11.23; 16.18; Lc 10.15;
16.23; At 2.27:31), o território dos salvos e o dos perdidos. O território dos
salvos é chamado “Paraíso” e “Seio de Abraão”. Os territórios dos salvos e dos
perdidos são separados por um “grande abismo” (Lc 16.26). Quando Jesus subiu
aos Céus, Ele levou consigo os ocupantes do Paraíso (os crentes)! (Ef 4.8-10).
O lado perdido do Seol/Hades permaneceu intacto. Todos os mortos incrédulos
para lá vão e esperam seu futuro julgamento final. Jesus foi ao Seol/Hades?
Sim, de acordo com Lucas 23.43: na Cruz, anos mais tarde, Jesus disse ao ladrão
ao Seu lado: “Hoje mesmo estarás
comigo no Paraíso”; então, Ele removeu do Paraíso todos os
justos que já haviam morrido e os levou consigo aos Céus. Infelizmente, em
muitas traduções da Bíblia, os tradutores não são consistentes ou corretos quando
traduzem as palavras hebraica e grega para “Seol”, “Hades” e “Geena”, onde
apenas esta última corresponde à inferno, o lago de fogo. No texto de 1Pe
3.18-20 Pedro está contrastando dois estados de existência de nosso Redentor:
a) O
estado de limitação de Cristo.
"Na
carne": este estado é a natureza humana de Cristo, 1Pe 4: 1; 1 Jo 4: 2;
2Jo 7; Jo 1: 14; 1Tm 3: 16, Rm 1: 3-4. A expressão "morto na carne"
faz referência quando Jesus morreu e saiu do estado de fraqueza e de limitação.
b)
O estado de não-limitação
"Espírito
vivificado". A expressão "vivificado no espírito" se refere à
natureza divina de Jesus. Seu estado antes de sua encarnação. E foi neste
estado que Ele pregou aos "espíritos em prisão".
Quando
o texto fala que Jesus "vivificado em espírito foi e pregou, não está se
referindo a um lugar depois de sua morte, mas onde Ele estava quando havia
desobedientes dos tempos de Noé" (v. 20). Foi neste espírito que Ele
pregou através dos profetas.
"Também".
A palavra "também" do v. 19 mostra a ênfase do estado de limitação
para o estado de não-limitação. Dito de outra forma: Cristo pregou quando
estava em nosso meio, como homem (dias de Sua carne), mas também pregou como
Divino (não-limitação) nos dias de Noé através dos profetas.
2) Quando
Cristo pregou?
O ensino
desta passagem não é o que Cristo fez entre a morte e a ressurreição, mas o que
Ele fez no seu estado antes da Encarnação - estado não-limitado, no tempo de
Noé, 1Pe 1: 8-12.
3) Qual o
conteúdo da pregação? O que Cristo pregou?
Jesus pregou
o evangelho aos contemporâneos de Noé. Espiritualmente, Cristo estava presente
em Noé quando este era o "pregoeiro da justiça", 2Pe 2: 5. Em 1Pe 1:
10-11, o apóstolo mostra o evangelho sendo pregado pelos profetas. Noé
certamente pregou aos seus contemporâneos o evangelho e convocou-os ao
arrependimento.
4) Quem são
estes "espíritos em prisão"
a
quem Cristo pregou?
A expressão
"espíritos em prisão" se refere às pessoas que no tempo de Noé
(noutro tempo) rejeitaram a sua pregação e que foram consideradas
"espíritos em prisão", incapazes de fazer qualquer coisa que os
deixassem livres. Permaneceram no cativeiro espiritual; permaneceram incrédulos
quanto à mensagem pregada por Noé e na prisão de suas almas. Cristo esteve
sempre presente tipologicamente no Antigo Testamento, pregando através dos
profetas o Evangelho de Salvação, Rm 4: 3; Gl 16-9, 2Pe 2: 5.
CONCLUSÃO
Os antediluvianos
não deram crédito à pregação de Noé. Viviam para pecar. Sua depravação não
conhecia limites. A Deus não restou alternativa senão condená-los à destruição.
Nosso mundo caminha no mesmo sentido. Todavia, se formos zelosos quanto à
pregação do Evangelho, levaremos muitas almas a Cristo, antes que venha o
grande e terrível dia do Senhor.
Sua família
está segura? Jesus em breve virá.
Comentário
"Noé
era varão justo e reto em suas gerações; Ele andava com Deus.Esta é uma síntese
sublime! Toda a vida de um homem resumida em uma pequena frase – andava com
Deus! O autor da Epístola aos Hebreus escreveu: "Pela fé, Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam,
temeu, e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o
mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé" (Hb
11.7; 2 Pe 2.5). Outra síntese memorável da vida deste homem! Profeta,
pregoeiro da justiça e herdeiro da fé. Meu desejo é ser lembrado com frases
sublimes e memoráveis, como estas a respeito de Noé; para isto, preciso fazer
agora de minha vida um testemunho inabalável de fé, justiça e retidão! O grande
ensino desta história de fé é que o que será dito de você amanhã está
subordinado ao que você é e faz hoje]. “NaquEle que me garante:
"Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de
Deus" (Ef 2.8)”,
Missionário Vicente Dudman
Natal/RN
Novembro de 2015
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