Estamos disponibilizando pra você todo início de semana, mais um comentário sobre cada lição da EBD. Assim fazemos, para que os irmãos possam melhor preparar sua aula. Cada item, contém um comentário, para que o amado leitor entenda melhor os tópicos da lição. Estudaremos esta semana a lição de nº 9 desse quarto trimestre, que tem como título: Bênção e Maldição na Família de Noé. Para cada tópico, deixamos o nosso comentário. Fizemos cuidadosa pesquisa a respeito dessa tão importante lição. Buscamos auxílio e Ainda recorremos a vários mestres no assunto, para que pudéssemos aplicá-lo para o seu melhor entendimento. Em caso de dúvidas com relação ao assunto, deixe seu comentário, a sua dúvida, no final desta postagem, que responderemos com todo prazer a sua pergunta. Espero que satisfaça a todos, e tenha uma boa aula.
INTRODUÇÃO
A história de
Noé e de sua família não se encerra com sua saída da Arca. Houve um fato triste
que trouxe julgamento a um de seus descendentes, e a futura divisão das terras
do novo mundo. Esta lição nos mostra o quanto devemos ensinar nossos
filhos sobre o respeito para conosco, e o preço que se paga por não se ter o
devido cuidado no tocante à embriaguez, mesmo para aqueles que já
nasceram de novo. Se por um lado a Bíblia nos adverte sobre o mau uso do vinho,
do qual o crente deve se abster, por outro lado nos é dito sobre a consequência
da bebida e do deboche no lar de pessoas que conhecem a Deus. Portanto,
eduquemos a nós mesmos e aos nossos filhos.
Comentário
Logo depois do dilúvio, uma ordem renovada é estabelecida. A fidelidade
de Noé, que ocasionou a sua libertação, é agora manifesta numa expressão de
culto a Deus quando ele desembarca da Arca e logo oferece ao Senhor um
sacrifício agradável e Deus o abençoou, a Noé e seus filhos, Jafé (o mais
velho), Sem (o do meio) e Cam (o mais jovem). Deus lhes ordena o mesmo que a
Adão: "Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra". Foi-lhes dado
domínio sobre todos os animais e permissão de matar e comer, mas foi-lhes
avisado para não beber do sangue. Deus deu a Noé o governo de toda a terra.
Depois disso, Noé plantou uma vinha, fez vinho e embebedou-se. Seu ato trouxe
grande tristeza sobre sua descendência, pois Cam pecou contra seu pai, durante
a bebedeira. Isso trouxe uma maldição sobre ele e sua descendência por todas as
gerações vindouras.
1. A
destemperança do patriarca. Embriagado,
o patriarca desnuda-se em sua tenda, indiferente à censura que poderia sofrer
da esposa, filhos e netos (Gn 9.21). Se não vigiarmos, o mesmo ocorrerá
conosco. Eis por que, devemos agir com sobriedade em todas as instâncias da
vida. Não foi sem razão que Paulo recomendou aos obreiros a abstinência de
bebidas alcoólicas (1 Tm 3.3). Um bêbado, ainda que nascido de novo, age sempre
de forma inconsequente.
Comentário
As Escrituras vêem o vinho favoravelmente, isso inferimos de textos como
Nm 15.5-10; Dt 14.26; Sl 104.15 e Jo 2.1-11, e ao mesmo tempo, advertem
sobriamente do seu perigo (Is 5.22; Pv 21.17; 23.20-21, 29-35; Is 28.7),
particularmente no desleixo moral exemplificado pela auto-exposição (Lm 4.21;
Hc 2.15). Os nazireus, sacerdotes exercendo o ofício e governantes tomando
decisões deveriam se abster do vinho (Nm 6.3,4; Lv 10.9; Pv 31.4-5). Noé
embriagado, desnuda-se e assim como Adão, o cabeça original da raça humana,
pecou no comer (Gn 3.6), Noé, o cabeça da raça pós-diluviana, pecou no beber. A
exposição da nudez é desmoralizante publicamente (2Sm 6.16) e incompatível com
uma vida na presença de Deus. Alguns sugerem vários tipos de males que tiveram
lugar na tenda de Noé. Enquanto a linguagem empregada pode deixar espaço para
certos pecados sexuais (Lv 18), pessoalmente não encontro nenhuma razão para
presumir qualquer má conduta por parte de Noé, além da indiscreta bebedeira e
sua conseqüente nudez. A posição exegética de que o pecado de Cam e Canaã tenha
sido contemplar de modo desrespeitoso a nudez do pai, encontra sua confirmação
no versículo 25 que atesta que Sem e Jafé, para não recair no mesmo erro. Talvez
a melhor descrição para a conduta e condição de Noé seja a palavra “impróprio”.
Também não há como interpretar como um ato homossexual entre Cam e seu pai.
Note ainda, que a referência utilizada pelo comentarista para afirmar que Paulo
“recomendou aos obreiros a abstinência de bebidas alcoólicas” (1Tm 3.3), na
verdade, o termo “dado ao vinho” sugere alguém “viciado”, e não se trata de
recomendação mas de uma exigência! – “Convém, pois, que...” “Convém” é verbo
intransitivo e indica ação ou fato.
2. A
irreverência de Cam. O
destempero de Noé é flagrado por seu filho, Cam. Ao invés de calar-se e,
discretamente, resguardar a honra do pai, saiu a depreciar-lhe a imagem (Gn
9.22). Ao que parece, ele não era muito diferente daqueles que pereceram no
dilúvio. Mais tarde, atitudes como as de Cam seriam arroladas como faltas
graves pela Lei de Moisés (Lv 18.7). Não entreguemos o faltoso ao vitupério. Se
agirmos com amor, poderemos recuperá-lo plenamente (Tg 5.20). Doutra forma,
perderemos almas mui preciosas aos olhos de Deus. Lembremo-nos da recomendação
de nosso Senhor, de buscar a reconciliação (Mt 18.15-18).
Comentário
Fitar a nudez alheia, seja com lascívia ou com desdém, é moralmente
errado. O olhar malicioso e desdenhoso de Cam a seu pai, a quem ele deveria ter
reverenciado, era particularmente repreensível (Êx 21.15-17). Se já é errado
divulgar o pecado de outrem (Pv 10.12), muito mais ainda o do próprio pai. A
história condena ainda a falta de respeito aos pais. O pecado de Cam consistiu
em não honrar, nem respeitar seu pai; ao invés de cobri-lo, ele expôs a sua
condição deplorável. Noé lança uma maldição que foi direcionada não para seu
filho Cam que o teria visto naquela situação desnudo e sim, ao seu neto, filho
mais novo de Cam, de nome Canaã. Talvez Canaã estivesse de alguma maneira
envolvido no pecado de Cam, ou tivesse os mesmos defeitos de caráter do seu
pai. A maldição prescrevia que os descendentes de Canaã (os quais não eram
negros) seriam oprimidos e controlados por outras nações. Por outro lado, os
descendentes de Sem e Jafé teriam a benção de Deus (vv. 26,27). Essa profecia
de Noé era condicional à todas as pessoas a quem ela foi dirigida. Qualquer
descendente de Canaã que se voltasse para Deus receberia, também, a bênção de
Sem (Js 6.22-25; Hb 11.31); mas também quaisquer descendentes de Sem e de Jafé
que se desviassem de Deus teriam a maldição de Canaã (Jr 18.7-10).
3. O
respeitoso gesto de Sem e Jafé. Diante
da atitude irreverente e maldosa do irmão mais novo, Sem e Jafé tomaram
"uma capa, puseram-na sobre ambos os seus ombros e, indo virados para
trás, cobriram a nudez do seu pai; e os seus rostos eram virados, de maneira
que não viram a nudez do seu pai" (Gn 9.23). Ajamos como Sem e Jafé, e
muitos escândalos serão evitados no arraial dos santos. Isso não significa que
os pecados serão acobertados. Todavia, o pecador tem de ser tratado com
dignidade, a fim de que venha a experimentar plena restauração. Como
gostaríamos de ser tratados em semelhantes circunstâncias? Sem e Jafé agiram amorosa
e nobremente.
Comentário
Ao contrário de Cam e Canaã, Sem e Jafé evitaram cuidadosamente de
incidir no mesmo equívoco de seu irmão e sobrinho (v.23). Ao despertar do sono
e recuperar-se da embriaguez, Noé toma conhecimento dos atos de seus filhos, e seguindo
a tradição do seu tempo pronuncia maldições e bênçãos segundo o agir de cada um
deles.
II
- O JUÍZO DE NOÉ SOBRE A IRREVERÊNCIA DE CAM
Já passada a
embriaguez, Noé toma conhecimento do que lhe fizera o filho mais novo. Todavia,
sendo um homem justo, não poderia deixá-lo sem disciplina.
Comentário
Deuteronômio 27.16 reforça a reação de Noé após despertar da embriagues:
“Maldito quem desonrar o seu pai ou a sua mãe”. Na antiga sociedade hebraica,
ver a nudez de pai ou mãe era considerado uma calamidade social grave, e um
filho ou filha ver tal nudez propositadamente era um lapso sério da moralidade
entre pais e filhos. De acordo com os padrões da época, Cam errou gravemente,
como se não bastasse, correu até seus irmãos, fazendo do incidente um motivo de
zombaria.
1. A maldição
de Canaã. O patriarca castiga
indiretamente a Cam, lançando sobre o filho deste uma pesada maldição:
"Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos" (Gn
9.25). À primeira vista, parece que o patriarca condena os cananeus à
servidão. Mas o caso era bem mais grave. Eles seriam punidos com a perda de
suas terras aos filhos de Abraão, o mais notável descendente de Sem, depois de
Jesus Cristo. Quanto aos demais filhos de Cam, haveriam de construir grandes e
admiráveis civilizações como a egípcia e a etiópica (Gn 10.6). Aliás, o Egito
foi um poderoso e culto império, acerca do qual há uma profecia maravilhosa (Is
19.18-25).
Comentário
Cam teve outros filhos além de Canaã (Cuxe, Mizraim e Pute – Gn 10.6), a
maldição foi especificamente para Canaã e seus descendentes, isto é, os
cananeus da Palestina, e não Cuxe e Pute, que provavelmente se tornaram os
ancestrais dos etíopes e dos povos negros da África bem como, dos líbios. O
cumprimento dessa maldição fez-se à época da vitória de Josué (1400 a.C.) e
também na conquista da Fenícia e dos demais povos cananeus pelos persas. O Blog Voltemos ao Evangelho publicou um artigo do Pr americano
John Piper, onde ele afirma que “Primeiro, Noé toma essa ocasião do pecado de
seu filho Cam e a usa para fazer uma predição sobre a prosperidade do filho
mais novo de Cam, Canaã. Basicamente a predição é que os cananitas
eventualmente seriam subjugados pelos descendentes de Sem e Jafé. [...] Cam
tinha quatro filhos de acordo com Gênesis 10.6. “Os filhos de Cam: Cuxe,
Mizraim, Pute e Canaã”. Ora, em termos gerais, Cuxe é provavelmente o ancestral
dos povos da Etiópia; Mizraim é o ancestral dos egípcios; e Pute é o ancestral
dos povos do norte da África, os líbios. Mas Canaã é o único dos quatro filhos
que não é ancestral de povos africanos. Gênesis 10.15–18 cita os descendentes
de Canaã: “Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e a Hete, e aos jebuseus, aos
amorreus, aos girgaseus, aos heveus, aos arqueus, aos sineus, aos arvadeus, aos
zemareus e aos hamateus”. Todos esses povos eram habitantes de Canaã e
proximidades, não da África. E a predição de Noé se tornou verdade quando as
nações cananitas foram expulsas pelos israelitas por causa de sua perversidade
(Deuteronômio 9.4–5). Então a maldição não recai sobre os povos africanos, mas
sobre os cananitas. Segundo, a nação predita de Noé não dita como o povo de
Deus deve tratar cananitas individuais. Por exemplo, cinco capítulos depois, em
Gênesis 14.18, Abraão, descendente de Sete, encontra um cananita nativo chamado
Melquisedeque, que era homem justo e “sacerdote do Deus Altíssimo”, e que abençoou
Abraão. Abraão deu a ele o dízimo dos seus espólios. Então nem mesmo o fato de
que Deus ordena julgamento sobre nações perversas dita a nós como devemos
tratar indivíduos nas mesmas nações. Terceiro, em Gênesis 12, Deus coloca em
ação um grande plano de rendenção para todas as nações, para resgatá-las dessa
e de qualquer outra maldição de pecado e julgamento. Ele chama a Abrão para
todas as nações e faz uma aliança com ele e promete: Abençoarei os que te
abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as
famílias da terra”. “Todas as famílias da terra” inclui as famílias cananitas.
Então o que vemos é que, com Abraão, Deus está colocando em ação um plano de
redenção que derruba cada maldição sobre qualquer pessoa que recebe a bênção de
Abraão, a saber, o perdão e a aceitação de Deus que vem através de Jesus
Cristo, a semente de Abraão (Gálatas 3.13–14)”.
2. A bênção
de Sem e Jafé. Ao galardoar a
atitude respeitosa e reverente de Sem e Jafé, o patriarca concede-lhes uma
bênção eterna: "Bendito seja o Senhor, Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por
servo. Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por
servo" (Gn 9.26,27). A irreverência e o deboche vêm destruindo muitos
jovens promissores. A sociedade atual caracteriza-se pela insolência e por uma
irreverência sem limites. Que tais coisas não nos invadam as igrejas, pois
santidade convém à casa de Deus (Sl 93.5). Eduquemos nossos filhos e
netos, para que não sejam amaldiçoados e venham a perder a herança que lhes
reservou o Senhor. Quem ama instrui, educa e disciplina.
Comentário
Notemos agora a beleza exegética da bênção sobre Sem: “Para Sem o nome
divino usado é YHWH El enquanto para Jafé éElohîm. Os
dois nomes são significativos dentro do contexto da promessa messiânica a Sem.
O texto não diz “Bendito seja Sem”, mas “Bendito seja YHWH El de Sem”, isto é, “YHWH será tanto o
Deus quanto a bênção de Sem”! É aos descendentes de Sem que é confiada a
Aliança e o conhecimento do Senhor e é através dela que o Messias é dado ao
mundo!” A bênção de Jafé está subordinada a de Sem: “habite ele nas tendas
de Sem”, o que equivale a dizer que Jafé e Sem teriam relações diplomáticas
amigáveis! Todavia, Elohîm engrandeceria a Jafé de tal forma que Canaã lhe
seria servo (v.27). Além de Canaã receber a sua sentença imprecatória, esta foi
reforçada em cada bênção pronunciada a seus irmãos. Os cananitas seriam escravos
tanto dos semitas (linhagem judaica) quanto dos jafetitas (povos indo-europeus).
III
- CUMPRE-SE A MALDIÇÃO DE CANAÃ
Noé não se
limitou a abençoar a Sem e a Jafé, nem a amaldiçoar a Cam. O patriarca, na
verdade, definiu o futuro messiânico de seus filhos. Passados aproximadamente
700 anos, sua profecia começa a cumprir-se.
1. Canaã
perde a sua herança. Cam,
através de seu caçula, Canaã, não demorou a ocupar toda a terra que, no tempo
de Josué, seria conquistada pelos hebreus. As possessões cananitas iam de
Sidom, passando por Gerar e Gaza, até Sodoma e Gomorra (Gn 10.19). Sim, os
sodomitas também eram descendentes de Cam. Tratava-se, de fato, de uma gente
tão vil e tão debochada quanto seu patriarca; não demonstrava nenhum temor a
Deus. Tendo em vista a degradação moral dos descendentes de Canaã,
promete o Senhor ao semita Abraão: "À tua semente tenho dado esta terra,
desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates, e o queneu, e o quenezeu, e o
cadmoneu, e o heteu, e o ferezeu, e os refains, e o amorreu, e o cananeu, e o
girgaseu, e o jebuseu" (Gn 15.18-21). Todas essas nações eram da linhagem
de Canaã.
Comentário
É lamentável que passagens como esta sejam usadas para justificar a
escravidão. A maldição foi, antes de tudo, profética contra um futuro inimigo do povo de
Deus, algo plenamente confirmado pela história posterior dos cananeus. Os
cananeus recebem a maldição, não por serem uma raça diferente, mas por causa de
sua depravação moral e dos deuses a quem adoravam (Lv 18.2-23). Não nos
esqueçamos de Raabe, a mulher Cananéia, que foi integrada ao povo de Deus.
Portanto, a maldição de Canaã deve ser interpretada dentro do contexto do
Antigo Testamento e identificada como a vitória dos israelitas sobre os
cananeus, habitantes da terra prometida. O Pr Esdras Costa Bentho, colunista da
CPADNEWS, escreve em seu artigo A
Maldição de Noé, a homossexualidade e a raça negra: “Acredita-se que para
que a maldição recaísse sobre Canaã, ele tenha participado de alguma forma do
desrespeitoso ato de seu pai Cam. Das 63 ocorrências do termo ārar (maldição)
no Antigo Testamento, o verbo ocorre por 12 vezes como antônimo do verbo
abençoar (bārak), e um desses casos é o versículo 25 do texto em apreço.
Seguindo os conceitos anteriores (Gn 3.14, 17; 4.11), o sentido primário é de
que Canaã e sua descendência estariam banidos, cercados de obstáculos e sem
forças para resistirem seus inimigos tornando-se escravos dos escravos (ebed
‘abādîm). Devemos notar, contudo, que embora Cam tivesse outros filhos além de
Canaã (Cuxe, Mizraim e Pute – Gn 10.6), a maldição foi especificamente para
Canaã e seus descendentes, isto é, os cananeus da Palestina, e não Cuxe e Pute,
que provavelmente se tornaram os ancestrais dos etíopes e dos povos negros da
África. O cumprimento dessa maldição fez-se à época da vitória de Josué (1400
a.C.) e também na conquista da Fenícia e dos demais povos cananeus pelos
persas. Por fim, não se trata de uma maldição dirigida aos negros africanos
como costuma afirmar certos intérpretes. Os canaanitas foram totalmente
extintos segundo a posição de vários biblistas e historiadores.”
2. A bênção
de Sem na pessoa de Israel. Depois de uma peregrinação de quarenta anos
pelo Sinai, Israel, o ramo messiânico da grande família de Sem, desapossa Canaã
daquela terra tão formosa (Js 6.21). Os que lhe escapam à espada, são
submetidos a trabalhados forçados (Js 17.13).
Comentário
Gênesis 10.21 a 32 apresenta uma relação de nações oriundas de Sem. A
Bíblia é uma grande fonte de informações a respeito das genealogias árabes. E
os árabes são um povo semita (descendentes de Sem), tanto quanto os judeus.
Concentrando o relato apenas no ramo que deu origem aos judeus a partir de
Héber, temos que: a civilização Cananéia era tão corrupta que coexistir com
eles seria uma grave ameaça à sobrevivência e ao bem-estar da nação dos
hebreus. Israel é o instrumento do julgamento de Deus contra aqueles que se
recusaram a honrá-lo.
3. Jafé
participa da bênção de Sem. O
Evangelho veio-nos através de Cristo, o mais ilustre dos semitas. Logo após a
morte dos apóstolos, porém, foram os filhos de Jafé que se encarregariam de
proclamar o Evangelho até os confins da Terra. Jafé teve suas possessões
alargadas desde a Europa às Américas. E, pela fé em Cristo, habitamos nas
tendas de Sem (Gn 9.27). A profecia de Noé cumpriu-se rigorosamente.
Comentário
Os povos descendentes de Jafé foram os povos que
conquistaram a Europa e a Ásia, tendo de fato uma “largueza de terras”. Esses
povos tornaram-se os ancestrais de grandes nações como: Rússia, Lituânia,
Polônia, Alemanha, Grécia, Roma, França, Ilhas Britânicas etc… Mathew Henry
comentando a bênção de Jafé escreve: “Alguns entendem estas palavras como se
referino totalmente a Jafé, com a finalidade de denotar, em primeiro lugar: A
sua prosperidade exterior, que a sua semente seria tão numerosa e tão vitoriosa
que eles deveriam ser senhores das tendas de Sem, o que foi cumprido quando o
povo judeu, a raça mais iminente de Sem, foi tributário primeiro dos gregos e
depois dos romanos, ambos da semente de Jafé. Observe que a prosperidade
externa não é uma marca infalível da verdadeira igreja. As tendas de Sem nem
sempre são as tendas do conquistador. Ou, em segundo lugar, isto denota a
conversão dos gentios, e a entrada deles na Igreja. E então deveríamos entender
que Deus persuadiria Jafé (porque este é o significado da palavra), e então,
sendo assim persuadido, ele habitaria nas tendas de Sem, isto é, judeus e
gentios seriam reunidos no aprisco do Evangelho.
CONCLUSÃO
A grande lição
que podemos extrair do texto que ora estudamos é que devemos agir com amor e
cuidado ante nossos irmãos surpreendidos em faltas e pecados. Ajamos com amor,
a fim de que sejam recuperados. Assim faria Jesus. Que em nossos arraiais não
haja lugar para irreverências nem desrespeitos. Além disso, cuidemos da
educação de nossos filhos e netos. Somos responsáveis por suas almas.
Comentário
Alguém já disse, e com razão, que Noé foi o maior evangelista de todos os
tempos, porque, embora, ninguém creu em sua pregação, levou para a arca da
salvação toda a sua família. Vale a pergunta: “O que adianta ao homem ganhar o
mundo inteiro e perder a sua família?” Que sabor tem um homem chegar ao topo da
pirâmide e alcançar sucesso em sua vida profisional e fianceira e deixar para
trás sua família? Nenhum sucesso vale a pena se o preço a pagar é o fracasso da
família. Noé não entrou sozinho na arca. Levou sua mulher, seus três fihos e
suas três noras. Ninguém de sua família fiou para trás. Todos foram salvos e
sobreviveram ao dilúvio. O exemplo de Noé deve nos motivar a lutar por nossa família.
Nosso tesouro mais precioso não são os bens que granjeamos, mas a família que
temos. Nossos fihos valem mais do que toda a riqueza do mundo. Nossa família
merece nossos melhores investimentos e deve ser o alvo das nossas orações mais
fervorosas. Nenhum homem pode abrir mão de sua família. Nenhum pai pode
desistir de ver seus fihos salvos e seguros dentro da arca da salvação. A
salvação dos fihos é mais importante do que o sucesso deles. A salvação da
família deve ser o nosso mais alto ideal, a nossa mais intensa luta, a nossa
mais doce alegria. (Fonte: Devocionário Cada Dia - Hernandes Dias Lopes). Noé,
o “pregoeiro da justiça” é para nós um exemplo magnífico. Devem imitá-lo na fé inabalável que teve na
promessa divina, e na firmeza diante das zombarias de seus contemporâneos que
se recusaram a receber sua mensagem.]. “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e
isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.
Missionário Vicente
Dudman
Natal-RN
Novembro de 2015
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